Eleições - Dilma Rousseff imparável para a vitória nas presidenciais do Brasil

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Dilma Rousseff cumprimenta Marina Silva durante um debate ontem na televisão (Ricardo Moraes/Reuters)

PÚBLICO – 24 setembro 2010

As sondagens no Brasil confirmam que só se acontecer um cataclismo é que a candidata do Partido dos Trabalhadores, Dilma Rousseff, não vencerá as eleições de 3 de Outubro para a presidência do país, e logo à primeira volta.

Os números acabados de divulgadar pela Vox Populi/Band/iG dão 51 por cento das intenções de voto à candidata escolhida pelo Presidente Lula da Silva para a sua sucessão. O seu adversário directo, José Serra, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), tem 24 por cento. Os dois mantiveram o resultado da sondagem efectuada na semana anterior.

Já a candidata pelos Verdes, Marina Silva, confirmou uma ligeira tendência de subida, crescendo dos oito para os dez por cento. Os brancos e nulos têm cinco por cento e os inquiridos que não sabem ainda em quem votar (ou não responderam) ascenderam a nove por cento da amostra.

A sondagem foi realizada entre 18 e 21 de Setembro e tem uma margem de erro de dois por cento. Os resultados provam que o eleitorado não vai penalizar Dilma pelo esquema de nepotismo e corrupção alegadamente montado pela sua sucessora na Casa Civil da presidência, Erenice Guerra, e que envolvia uma série de assessores e administradores nomeados pelo Governo Lula. O esquema foi exposto pela revista conservadora "Veja", e levou à demissão de Erenice e dos outros implicados, mas não atingiu Dilma que se afastou do governo em Março para se dedicar à campanha eleitoral e que sempre disse não ter conhecimento da forma como o gabinete da Casa Civil foi gerido após sua partida.

A lei eleitoral brasileira determina que o Presidente é eleito com 50 por cento mais um do total dos votos válidos. Se os resultados das sondagens se mantiverem e Dilma Rousseff for eleita à primeira volta, poderá reclamar o mais impressionante mandato político da história do Brasil – que nem mesmo o carismático e popular Lula, forçado a disputar a segunda volta nas suas duas eleições, alcançou.
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