sexta-feira, 23 de julho de 2010

S. Tomé - Eleições legislativas no terreno desde 15 de Julho


MIGUEL MARTINS – RFI – Foto AFP

A campanha visando as eleições legislativas de 1 de Agosto arrancou no arquipélago neste dia 15 de Julho. Concorrem ao escrutínio onze formações políticas, numa altura em que no terreno prossegue a caça ao voto, desta feita rumo às primeiras eleições autárquicas, dia 25, dia em que na Ilha do Príncipe se realizam também eleições regionais.

A campanha eleitoral com vista às eleições autárquicas e regionais termina já no dia dia 23 do corrente mês, uma operação que tem estado a decorrer sem incidentes de vulto.

Na Região autónoma do Príncipe a UMPP, União para a mudança e Progresso do Príncipe, de Tozé Cassandra, presidente cessante do governo regional da ilha, surge como o favorito.

Ao todo são onze as formações políticas que concorrem a esta série de escrutínios com grande expectativa em torno das eleições legislativas cuja campanha deve terminar no próximo dia 30, mas quatro dentre elas acabam por se destacar: o MLSTP-PSD, o PCD, a ADI e o MDFM-PL.

É pouco provável a existência de uma maioria absoluta, devido ao elevado número de forças políticas que disputam este pleito.

O número de indecisos por ora seria elevado.

Água Grande, onde se concentra a capital, e Mé-Zóchi, são os dois distritos que mais cobiça têm suscitado devido à concentração de um elevado número de eleitores.

O "banho", ou compra de consciência dos eleitores, é um fenómeno que se volta a evocar nestas ilhas do Equador a escassos dias da votação.

O financiamento externo seria determinante para a maioria das forças políiticas que disputam o pleito, facto que penaliza os pequenos partidos.

Estas eleições são já consideradas milionárias devido ao volume de movimentação de dinheiro envolvido e ocorrem numa altura em que se aguardam os resultados do leilão petrolífero da sua zona económica exclusiva que termina em Setembro.

O arquipélago que festejou neste dia 12 de Julho trinta e cinco anos de independência continua a aguardar pelos dividendos petrolíferos, por ora a pobreza é ainda uma tónica do dia-a-dia de muitos habitantes do país.

A crise financeira que é uma nota dominante também desta campanha.

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