sexta-feira, 6 de agosto de 2010

BISSAU EXIGE ESCLARECIMENTO DE ASSASSÍNIOS

Nino Vieira assassinado

Manifestação para exigir esclarecimento de assassínios de figuras do Estado

NOTÍCIAS LUSÓFONAS

Cerca de três dezenas de pessoas manifestaram-se hoje nas ruas de Bissau para exigir que a justiça da Guiné-Bissau esclareça as circunstâncias do assassínio de dirigentes do país em 2009, entre os quais o ex-Presidente ‘Nino’ Vieira.

A manifestação foi convocada por familiares e amigos de ‘Nino’ Vieira, do ex-chefe das forças armadas, Tagmé Na Waié e dos ex-deputado, Baciro Dabó e Helder Proença, todos assassinados, entre Março e Junho de 2009, em circunstancias ainda por esclarecer.

A manifestação, que decorreu de forma pacífica, juntou dirigentes políticos de vários partidos, nomeadamente do PAIGC (no poder), PRS, PRID, Partido Jovem e outras forças politicas da oposição.

Durante a caminhada, entre a sede da meteorologia em Bissau até à Procuradoria-geral da Republica, os manifestantes trajados com camisolas com as efígies de 'Nino' Vieira, Tagmé Na Waié, Baciro Dabó e Helder Proença, gritavam palavras de ordem como “queremos a justiça”, “abaixo aos assassínios” e “queremos a verdade”.

Mesmo com a chuva que fustigou Bissau durante a hora da marcha, os manifestantes não arredaram o pé.

Já em frente a Procuradoria-geral da Republica, uma delegação dos manifestantes esteve reunida com o procurador-geral, Amine Saad, de quem receberam informações sobre o rumo das investigações aos quatro assassínios.

À saída da audiência com o Procurador, Roberto Ferreira Cacheu, antigo secretário de Estado da Cooperação Internacional e actual deputado disse aos jornalistas que o grupo gostou das explicações dadas por Amine Saad, embora tencione continuar a exigir justiça.

“O procurador informou-nos que logo após as férias judiciais, os processos serão encaminhados para o tribunal. Mas o procurador fez notar que, se dependesse do Ministério Público, já se tinha feito luz sobre os assassínios. O Procurador está sem meios para levar avante as investigações”, disse Robeto Cacheu, criticando a comunidade internacional pelas promessas ainda por cumprir em relação a apoios.

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