MARTINHO JÚNIOR
I – AS “ESTAFETAS” DO CAPITALISMO GLOBAL
Numa corrida de “estafetas”, o corredor que leva o “testemunho” faz a última parte do seu respectivo percurso no máximo de esforço físico, mas também atento aos pormenores “técnicos” obrigatórios nessa “passagem”.
À medida que esgota as últimas energias, redobra a “atenção técnica” e assim a corrida poderá ter o melhor seguimento quando ele terminar a sua parte e o seu companheiro de equipa prosseguir com a sua quota de obrigação.
Esta é a hora da “passagem de testemunho” dum “Ocidente” esgotado para um “Oriente” pleno de viço, pujante de recursos e isso torna-se especialmente sensível na “pista neo colonial” em que se tornou historicamente África.
O “testemunho” é o capital acumulado a partir da velhas casas financeiras, aquelas que, de acordo com o membro da House of Representatives Louis Thomas McFadden (que terá pago com a vida a sua honestidade intelectual e a sua heróica coragem), se assenhorearam da Reserva Federal dos Estados Unidos e determinaram seu percurso de ascensão e queda, como hoje contribuem para a ascensão do “Oriente”, tendo a República Popular da China como motor e charneira.
Na “pista neo colonial” africana tudo se parece repetir e o Congo é um fiel indicador da “passagem de testemunho”.
Foi com os belgas na então colónia, que os capitais detidos por grupos como o Rockefeller, ou o Rothchield se tornaram determinantes para a indústria mineira, para o “copperbelt” e para as conexões que foram erigidas no âmbito da globalização típica da época da revolução industrial: os caminhos de ferro, os portos, as companhias de navegação marítima de longo curso, a indústria transformadora nos países “desenvolvidos”, onde se garantia a produção de bens e equipamentos a partir das matérias primas provenientes de África.
Tirou-se partido da revolução industrial, num capitalismo “avançado” que foi mesmo ao longo de períodos críticos, a IIª Guerra Mundial e a Guerra Fria, garante já da moderna globalização.
O “Ocidente” contudo vai dando sinais de esgotamento e a procura de “mercados emergentes” levou no período final da Guerra Fria à “redescoberta” da China por parte das oligarquias financeiras, aproveitando a “abertura” de Mao e sobretudo Deng Xiao Ping, num “mercado” onde existe o concentrado de 1/5 da população mundial.
A “deslocalização” financeira antecipou a “deslocalização” industrial e o “modelo neo liberal” responsável pelo esforço de quem levou o “testemunho” intermédio depois do primeiro grande “estafeta” que foi o Império Britânico, dá sequência ao terceiro, a China, apta à “releitura” de Keynes.
A China “assume” África noutros moldes que não os preconizados pelos primeiros corredores anglo-saxónicos, mas com toda a atenção voltada ainda para as matérias primas, as mesmas que foram antes cobiçadas pelos europeus e norte americanos, ainda que estes não deixem de ter apetência contemporânea sobre elas.
Tal como eles os chineses ao extrair as matérias primas necessitam de estabelecer as comunicações, as ferrovias, os portos, as companhias de navegação marítima de longo curso e não perdem tempo com o esforço dos anteriores “estafetas” esgotados que eles se apresentam, gastando orçamentos trilionários em armas, em tecnologia militar de ponta, em forças armadas e mercenários, em estratégias que já nem retardar conseguem: deram o máximo e pouco mais têm agora para dar, pois parecem já não possuir nem pulmões, nem pernas…
“Tecnicamente” para os detentores do capital, o “testemunho” está a ser “bem passado” e provavelmente o milenário mosaico de culturas fortes “orientais” encaram o mundo com virtudes que nunca o “Ocidente” sequer idealizou.
A China iniciou a sua “estafeta” e de forma paciente, laboriosa e massiva, carente como está de matérias primas; precisa como nunca da “eterna pista neo colonial” africana com uma garantia: que não hajam mais tiros, para salvaguarda de sua acção e estratégias, quantas vezes onde antes europeus e norte americanos tinham os seus próprios interesses.
O “Ocidente” em África, com o advento da administração de Barack Hussein Obama, parece ter finalmente “compreendido” isso e daí o carácter “apaziguador” de suas actuais filosofias e iniciativas, desde a Argélia ao Sudão, desde a Somália à decisiva “chave” do Congo: neste momento a “passagem de testemunho” é marcado pela tentativa dum interregno na “barbárie de sangue” indispensável para a re-implementação das comunicações “re-criando” o sorvedouro “Ocidental”, ou algo parecido com ele, animado com as novas tecnologias hoje disponíveis.
Não foi por acaso que a senhora Clinton escolheu o “Oriente” e a China em particular, para a sua primeira viagem na qualidade de Chefe do Departamento de Estado, inaugurando ao mesmo tempo a filosofia multipolar de relacionamentos em contraste com o beco sem saída de George Bush.
Na fértil “pista neo colonial” de África onde continuam a sobreviver desamparados milhões de deserdados da Terra, apesar da “harmonia técnica” do momento, ficarão ainda e uma vez mais as migalhas!
Martinho Júnior
26 de Fevereiro de 2009.
I – AS “ESTAFETAS” DO CAPITALISMO GLOBAL
Numa corrida de “estafetas”, o corredor que leva o “testemunho” faz a última parte do seu respectivo percurso no máximo de esforço físico, mas também atento aos pormenores “técnicos” obrigatórios nessa “passagem”.
À medida que esgota as últimas energias, redobra a “atenção técnica” e assim a corrida poderá ter o melhor seguimento quando ele terminar a sua parte e o seu companheiro de equipa prosseguir com a sua quota de obrigação.
Esta é a hora da “passagem de testemunho” dum “Ocidente” esgotado para um “Oriente” pleno de viço, pujante de recursos e isso torna-se especialmente sensível na “pista neo colonial” em que se tornou historicamente África.
O “testemunho” é o capital acumulado a partir da velhas casas financeiras, aquelas que, de acordo com o membro da House of Representatives Louis Thomas McFadden (que terá pago com a vida a sua honestidade intelectual e a sua heróica coragem), se assenhorearam da Reserva Federal dos Estados Unidos e determinaram seu percurso de ascensão e queda, como hoje contribuem para a ascensão do “Oriente”, tendo a República Popular da China como motor e charneira.
Na “pista neo colonial” africana tudo se parece repetir e o Congo é um fiel indicador da “passagem de testemunho”.
Foi com os belgas na então colónia, que os capitais detidos por grupos como o Rockefeller, ou o Rothchield se tornaram determinantes para a indústria mineira, para o “copperbelt” e para as conexões que foram erigidas no âmbito da globalização típica da época da revolução industrial: os caminhos de ferro, os portos, as companhias de navegação marítima de longo curso, a indústria transformadora nos países “desenvolvidos”, onde se garantia a produção de bens e equipamentos a partir das matérias primas provenientes de África.
Tirou-se partido da revolução industrial, num capitalismo “avançado” que foi mesmo ao longo de períodos críticos, a IIª Guerra Mundial e a Guerra Fria, garante já da moderna globalização.
O “Ocidente” contudo vai dando sinais de esgotamento e a procura de “mercados emergentes” levou no período final da Guerra Fria à “redescoberta” da China por parte das oligarquias financeiras, aproveitando a “abertura” de Mao e sobretudo Deng Xiao Ping, num “mercado” onde existe o concentrado de 1/5 da população mundial.
A “deslocalização” financeira antecipou a “deslocalização” industrial e o “modelo neo liberal” responsável pelo esforço de quem levou o “testemunho” intermédio depois do primeiro grande “estafeta” que foi o Império Britânico, dá sequência ao terceiro, a China, apta à “releitura” de Keynes.
A China “assume” África noutros moldes que não os preconizados pelos primeiros corredores anglo-saxónicos, mas com toda a atenção voltada ainda para as matérias primas, as mesmas que foram antes cobiçadas pelos europeus e norte americanos, ainda que estes não deixem de ter apetência contemporânea sobre elas.
Tal como eles os chineses ao extrair as matérias primas necessitam de estabelecer as comunicações, as ferrovias, os portos, as companhias de navegação marítima de longo curso e não perdem tempo com o esforço dos anteriores “estafetas” esgotados que eles se apresentam, gastando orçamentos trilionários em armas, em tecnologia militar de ponta, em forças armadas e mercenários, em estratégias que já nem retardar conseguem: deram o máximo e pouco mais têm agora para dar, pois parecem já não possuir nem pulmões, nem pernas…
“Tecnicamente” para os detentores do capital, o “testemunho” está a ser “bem passado” e provavelmente o milenário mosaico de culturas fortes “orientais” encaram o mundo com virtudes que nunca o “Ocidente” sequer idealizou.
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26 de Fevereiro de 2009.
4 comentários:
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