ÓPERA MUNDI – 19 março 2011
Neste sábado (19/03) caças franceses Rafale sobrevoaram o espaço aéreo da Líbia em uma missão de reconhecimento, de acordo com fontes militares entrevistadas pela rede Al Arabiya. Logo depois, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou que as aeronaves "garantem a resolução aprovada pelas Nações Unidas" e deu um ultimato ao coronel líbio, Muamar Kadafi.
"Aviões da coalizão já estão controlando o espaço aéreo de Benghazi e abaterão aviões líbios. Ainda há tempo para Kadafi evitar o pior. Portas da diplomacia serão reabertas no momento em que ataques cessarem", disse Sarkozy, após reunião de cúpula com Estados Unidos, União Europeia e Liga Árabe sobre uma possível intervenção militar na Líbia.
A intervenção - da qual devem fazer parte também EUA, Noruega e Qatar, entre outros países - proíbe aviões militares de sobrevoarem o espaço aéreo líbio, mas não voos comerciais ou humanitários, e prevê a destruição de baterias antiaéreas e pistas de pouso de bases.
A comunidade internacional espera, assim, evitar bombardeios a áreas civis. Itália e Espanha, por sua vez, contribuirão oferecendo suas bases militares para a operação.
ONU
Hoje o chanceler líbio, Mussa Kussa, pediu ao secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, que envie ao país observadores para verificar o cessar-fogo decidido na sexta-feira (18/03).
Ontem, Ban Ki-moon classificou a decisão do Conselho de Segurança como "histórica" e disse que mostra o compromisso da comunidade internacional de proteger civis contra a violência praticada por seus próprios governos.
“Por isso, a resolução prevê todas as medidas necessárias para evitar mais vítimas e perdas de vidas humanas. É imperioso que a comunidade internacional continue a falar unanimemente. Temos que falar a uma só voz”, afirmou.
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