Esquerda.net – Carta Maior
A polícia belga chegou a recorrer a canhões de água e a gás lacrimogéneo para dispersar os vários milhares de pessoas que se manifestaram, quinta-feira, em resposta ao apelo de sindicatos belgas e europeus, marcando o início da reunião dos líderes da União Europeia na capital belga. Manifestantes protestaram contra planos de austeridade e reformas econômicas previstas no "pacto para o euro".
Milhares de trabalhadores juntaram-se na capital belga contra os planos de austeridade e as reformas econômicas previstas no “pacto para o euro” que os sindicatos dizem ser demasiado favoráveis às empresas e que deverá ser aprovado pelos 27 ainda esta sexta-feira.
Os manifestantes bloquearam as estradas principais no centro da cidade, causando engarrafamentos na zona onde as instituições europeias têm sede e onde tem lugar o encontro dos líderes governamentais dos Estados-membros da EU.
Foi numa zona próxima do local da cúpula, para onde convergiam esta manhã várias marchas de protesto, que a polícia usou equipamento pesado para impedir a aproximação dos manifestantes.
As grandes centrais sindicais belgas e europeias multiplicaram os protestos. O sindicato socialista FGBT decidiu organizar, antes da manifestação da Confederação Europeia dos Sindicatos (CES), marchas que partiram das quatro entradas de Bruxelas, perturbando o tráfego em vários bairros.
Já a CES convocou uma manifestação para a rua de La Loi, que terá juntado cerca de 15 mil pessoas, segundo a porta-voz da confederação, Audrey Lhoest, citada pela Lusa.
Quanto ao maior sindicato belga, a central CSC, demarcou-se destes protestos para não contribuir para um bloqueio da capital e organizou, quinta-feira de manhã, uma manifestação junto ao Atomium, um edifício emblemático em forma de átomo, na qual participaram “5 mil a 7mil manifestantes”, segundo a central.
O “pacto para o euro”, anteriormente designado pacto para a competitividade, inclui várias matérias em relação às quais os países da zona euro devem apresentar compromissos concretos. Entre as áreas de atuação figuram o controle do custo dos salários, a adoção de limites ao endividamento público nas legislações nacionais, a adaptação da idade de reforma à esperança de vida e a “harmonização” dos impostos sobre as empresas.
“O exame anual do crescimento pela Comissão Europeia e o pacto para a competitividade da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, Nicolas Sarkozy, atiram os salários e os direitos sociais perigosamente para baixo”, afirmou a CES num comunicado.
Embora as propostas franco-alemãs tenham sido atenuadas no projeto do “pacto para o euro”, os sindicatos belgas temem que este ponha em causa o sistema de indexação automática dos salários à inflação em vigor na Bélgica.
Fotos: A polícia belga usou canhões de água e gás lacrimogéneo para dispersar os milhares de manifestantes do sindicato socialista FGBT, que ocuparam as quatro das principais estradas de Bruxelas. Foto Eric Lalmand/EPA/LUSA
A polícia belga chegou a recorrer a canhões de água e a gás lacrimogéneo para dispersar os vários milhares de pessoas que se manifestaram, quinta-feira, em resposta ao apelo de sindicatos belgas e europeus, marcando o início da reunião dos líderes da União Europeia na capital belga. Manifestantes protestaram contra planos de austeridade e reformas econômicas previstas no "pacto para o euro".
Milhares de trabalhadores juntaram-se na capital belga contra os planos de austeridade e as reformas econômicas previstas no “pacto para o euro” que os sindicatos dizem ser demasiado favoráveis às empresas e que deverá ser aprovado pelos 27 ainda esta sexta-feira.
Os manifestantes bloquearam as estradas principais no centro da cidade, causando engarrafamentos na zona onde as instituições europeias têm sede e onde tem lugar o encontro dos líderes governamentais dos Estados-membros da EU.
Foi numa zona próxima do local da cúpula, para onde convergiam esta manhã várias marchas de protesto, que a polícia usou equipamento pesado para impedir a aproximação dos manifestantes.
As grandes centrais sindicais belgas e europeias multiplicaram os protestos. O sindicato socialista FGBT decidiu organizar, antes da manifestação da Confederação Europeia dos Sindicatos (CES), marchas que partiram das quatro entradas de Bruxelas, perturbando o tráfego em vários bairros.
Já a CES convocou uma manifestação para a rua de La Loi, que terá juntado cerca de 15 mil pessoas, segundo a porta-voz da confederação, Audrey Lhoest, citada pela Lusa.
Quanto ao maior sindicato belga, a central CSC, demarcou-se destes protestos para não contribuir para um bloqueio da capital e organizou, quinta-feira de manhã, uma manifestação junto ao Atomium, um edifício emblemático em forma de átomo, na qual participaram “5 mil a 7mil manifestantes”, segundo a central.
O “pacto para o euro”, anteriormente designado pacto para a competitividade, inclui várias matérias em relação às quais os países da zona euro devem apresentar compromissos concretos. Entre as áreas de atuação figuram o controle do custo dos salários, a adoção de limites ao endividamento público nas legislações nacionais, a adaptação da idade de reforma à esperança de vida e a “harmonização” dos impostos sobre as empresas.
“O exame anual do crescimento pela Comissão Europeia e o pacto para a competitividade da chanceler alemã, Angela Merkel, e do presidente francês, Nicolas Sarkozy, atiram os salários e os direitos sociais perigosamente para baixo”, afirmou a CES num comunicado.
Embora as propostas franco-alemãs tenham sido atenuadas no projeto do “pacto para o euro”, os sindicatos belgas temem que este ponha em causa o sistema de indexação automática dos salários à inflação em vigor na Bélgica.
Fotos: A polícia belga usou canhões de água e gás lacrimogéneo para dispersar os milhares de manifestantes do sindicato socialista FGBT, que ocuparam as quatro das principais estradas de Bruxelas. Foto Eric Lalmand/EPA/LUSA
.
Sem comentários:
Enviar um comentário