Correio do Brasil, com DW - de Trípoli e Berlim – 23 março 2011
Estados Unidos, França e Reino Unido concordaram na noite passada que a Otan deverá ter um papel-chave nas ações militares na Líbia, mas não chegaram a um acordo sobre a liderança das operações. As potências ocidentais querem um acordo que também agrade a Turquia e não deixe de fora os países árabes.
Sob grande pressão interna para limitar o envolvimento dos Estados Unidos no conflito, o presidente Barack Obama afirmou que “sem dúvida” um acordo será fechado em breve e que os custos da operação ficarão sob controle – apesar de a oposição norte-americana exigir cortes no orçamento.
– Aqueles que são membros da Otan querem um papel para a Otan. Mas também queremos integrar nossos outros parceiros. Não queremos que aqueles que não fazem parte da Otan se sintam de fora – argumentou a secretária de Estado Hillary Clinton.
A França tem defendido a criação de um comitê especial de ministros do Exterior dos países que participam da operação, incluindo os árabes. Esse comitê teria o controle político da operação.
Divergências
Ainda nesta terça-feira, em Bruxelas, o comando da Otan concordou em implementar um embargo de armas à Líbia e finalizou o planejamento para executar o bloqueio aéreo autorizado pelas Nações Unidas, caso seja necessário. Objeções feitas pelos franceses e turcos, no entanto, impediram um acordo que pusesse a Otan no comando das operações.
A França, que lançou os primeiros ataques na Líbia, ainda apresenta resistências em dar à Otan a liderança das operações no país africano. O ministro do Exterior, Alain Juppé, disse que os demais ministros dos países que participam da ação militar na Líbia deverão se encontrar nos próximos dias para criar uma estrutura política clara.
– Uma vez que tenhamos a estrutura política (…) nós usaremos, naturalmente, o planejamento e a capacidade de intervenção da Otan – comentou Juppe.
Reação da Alemanha
O ministério alemão da Defesa ordenou a retirada de todos os seus navios das operações da Otan no mar Mediterrâneo após a decisão da organização de reforçar o embargo de armas contra a Líbia.
– O ministro decidiu colocar sob comando nacional as duas fragatas e os dois navios menores da Marinha alemã que se encontram no Mediterrâneo – afirmou o porta-voz do ministério.
Há aproximadamente 550 soldados a bordo das quatro embarcações. Segundo o ministro Thomas de Maizière, a Bundeswehr precisaria de um mandato do Parlamento alemão para participar de operações da Otan na Líbia.
A Alemanha, membro não-permanente do Conselho de Segunrança da ONU, absteve-se de votar pela zona de exclusão aérea na Líbia na quinta-feira passada.
Situação na Líbia
Num discurso transmitido por um canal de televisão estatal, Gaddafi prometeu às forças fiéis ao governo revidar os ataques internacionais. Depois de uma noite relativamente calma, novos ataques foram registrados na manhã desta quarta-feira na capital Trípolis.
Segundo a rede norte-americana de televisão CNN, explosões foram ouvidas na região. A localidade exata dos ataques ainda é desconhecida.
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Estados Unidos, França e Reino Unido concordaram na noite passada que a Otan deverá ter um papel-chave nas ações militares na Líbia, mas não chegaram a um acordo sobre a liderança das operações. As potências ocidentais querem um acordo que também agrade a Turquia e não deixe de fora os países árabes.
Sob grande pressão interna para limitar o envolvimento dos Estados Unidos no conflito, o presidente Barack Obama afirmou que “sem dúvida” um acordo será fechado em breve e que os custos da operação ficarão sob controle – apesar de a oposição norte-americana exigir cortes no orçamento.
– Aqueles que são membros da Otan querem um papel para a Otan. Mas também queremos integrar nossos outros parceiros. Não queremos que aqueles que não fazem parte da Otan se sintam de fora – argumentou a secretária de Estado Hillary Clinton.
A França tem defendido a criação de um comitê especial de ministros do Exterior dos países que participam da operação, incluindo os árabes. Esse comitê teria o controle político da operação.
Divergências
Ainda nesta terça-feira, em Bruxelas, o comando da Otan concordou em implementar um embargo de armas à Líbia e finalizou o planejamento para executar o bloqueio aéreo autorizado pelas Nações Unidas, caso seja necessário. Objeções feitas pelos franceses e turcos, no entanto, impediram um acordo que pusesse a Otan no comando das operações.
A França, que lançou os primeiros ataques na Líbia, ainda apresenta resistências em dar à Otan a liderança das operações no país africano. O ministro do Exterior, Alain Juppé, disse que os demais ministros dos países que participam da ação militar na Líbia deverão se encontrar nos próximos dias para criar uma estrutura política clara.
– Uma vez que tenhamos a estrutura política (…) nós usaremos, naturalmente, o planejamento e a capacidade de intervenção da Otan – comentou Juppe.
Reação da Alemanha
O ministério alemão da Defesa ordenou a retirada de todos os seus navios das operações da Otan no mar Mediterrâneo após a decisão da organização de reforçar o embargo de armas contra a Líbia.
– O ministro decidiu colocar sob comando nacional as duas fragatas e os dois navios menores da Marinha alemã que se encontram no Mediterrâneo – afirmou o porta-voz do ministério.
Há aproximadamente 550 soldados a bordo das quatro embarcações. Segundo o ministro Thomas de Maizière, a Bundeswehr precisaria de um mandato do Parlamento alemão para participar de operações da Otan na Líbia.
A Alemanha, membro não-permanente do Conselho de Segunrança da ONU, absteve-se de votar pela zona de exclusão aérea na Líbia na quinta-feira passada.
Situação na Líbia
Num discurso transmitido por um canal de televisão estatal, Gaddafi prometeu às forças fiéis ao governo revidar os ataques internacionais. Depois de uma noite relativamente calma, novos ataques foram registrados na manhã desta quarta-feira na capital Trípolis.
Segundo a rede norte-americana de televisão CNN, explosões foram ouvidas na região. A localidade exata dos ataques ainda é desconhecida.
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1 comentário:
QUANDO O CONDOR PASSA!
1 ) Os rebeldes que possuem forças terrestes de grande mobilidade e operam com armamento médio, tinham uma lacuna: não possuiam força aérea, nem marinha de guerra.
2 ) Até hoje ninguém deu uma explicação razoável sobre as armas que os rebeldes detêm e sobre como, onde e quem foi treinado para as operar.
3 ) Mas essas explicações afinal pouco importam por que como não tinham força aérea, agora têm-na e de 1ª classe, com direito a AWACS e aos apoios de satélite: a Força Aérea da França e dos outros comparsas Europeus e Árabes...
4 ) Dentro de dias ninguém vai ficar espantado que eles consigam supremacia no mar, pois as bases navais da Líbia foram destroçadas e é fácil ganhar supremacia no Golfo de Sirtre e isso por que para bombardear a Líbia, os vasos de ataque das esquadras aliadas só precisam de estar em águas da Itália!...
5 ) Como as operações na Líbia estão a correr muito bem, é bom aproveitar e começar a atacar um a um os países africanos: já alguma vez viram pera mais doce e tão à mão de semear?
Martinho Júnior
Luanda.
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