
CORREIO DO MINHO – 27 março 2011
Sócrates acusa Passos de estar rendido ao FMI e querer impor agenda “liberal” através de pedido de ajuda externa
O secretário-geral do PS, José Sócrates, acusou hoje o PSD de já se ter rendido ao FMI e de pretender de forma “disfarçada” impor a sua agenda “liberal” através da intervenção daquela instituição.
Sócrates referiu-se às palavras do líder do PSD, Pedro Passos Coelho, segundo as quais não se deve demonizar o Fundo Monetário Internacional (FMI), para defender que “esse é o ato de quem já se rendeu, esse é o ato de quem não percebeu as consequências que isso teria para o nosso país”.
“É por isso que este é o momento também para os portugueses escolherem entre aqueles que querem fazer um programa de ajuda externa, aqueles que querem o FMI e aqueles que darão tudo, o seu melhor, para que Portugal não tenha que pedir ajuda externa, não tenha nenhum programa com FMI”, afirmou.
O recém-reeleito secretário-geral socialista defendeu que “as medidas impostas por esses programas são muito mais nocivas para a qualidade de vida dos portugueses”.
“Impõem uma agenda liberal que eu não estou disponível para aceitar”, declarou.
“Compreendo também que um partido como o PSD, que defende aqui em Portugal que não deve haver limitação constitucional ao despedimento por justa causa, que não deve haver um Serviço Nacional de Saúde para todos e tendencialmente gratuito, um sistema público de ensino, eu percebo que um acordo com o FMI seja uma forma disfarçada de imporem a sua agenda”, acusou.
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