Marina Silva defende mudança de paradigma, unindo economia e ecologia
FO – LUSA
Rio de Janeiro, 20 ago (Lusa) - A candidata à presidência do Brasil Marina Silva, do Partido Verde (PV), defendeu hoje uma "mudança de paradigma" para o Brasil, que reúna a economia à ecologia e ao uso sustentável dos recursos.
"Temos uma candidatura que é um novo projeto para o Brasil. O aspeto da sustentabilidade está em todas as nossas diretrizes e se presentifica nas propostas de infraestrutura, saúde, educação, cultura e desenvolvimento económico", expôs a candidata às eleições de outubro, numa conversa com a imprensa estrangeira.
Segundo a candidata verde, o Brasil é o país que reúne as "melhores condições para fazer as transformações em plena crise ambiental global".
Marina Silva enfatizou que o país tem 11 por cento da água doce do planeta, 22 por cento das espécies vivas, a maior área de floresta tropical do planeta, com mais de metade do território de florestas, além de 300 milhões de área agriculturável e uma matriz energética limpa em 45 por cento.
Segundo Marina Silva, o desafio do século XXI é "juntar economia e ecologia" e o diferencial da sua candidatura é, justamente, o "uso dos recursos em bases sustentáveis".
A sua posição face ao petróleo a ser explorado na camada pré-sal vai no sentido de investir os recursos gerados pela extração em fontes de energias alternativas.
"Não podemos nos acomodar com essa fonte de geração de energia. Temos que investir pesadamente na energia de biomassa e na energia eólica", defendeu, referindo a necessidade de aplicar tecnologias, melhores práticas e precaução na exploração de petróleo, "para evitar que aconteça aqui o que aconteceu no Golfo do México".
"Nossa posição em relação ao pré-sal é que deve ser explorado em condições seguras e parte dos investimentos deve ser utilizada para a geração das fontes renováveis de energia que substituirão o petróleo", frisou.
Ao ser questionada sobre a construção de centrais hidroelétricas na Amazónia, Marina Silva disse não ser contrária às barragens, mas defende rigor nos estudos de viabilidade dos projetos.
"O Brasil tem um imenso potencial de energia de hidroeletricidade, 64 por cento desse potencial está na Amazónia. Não podemos preterir dessa fonte de energia. No entanto, temos que olhar a viabilidade de cada projeto, se é viável do ponto de vista técnico, económico, social e ambiental", sustentou.
No quesito de políticas sociais, a candidata do Partido Verde afirmou, caso seja eleita, que pretende dar continuidade ao Bolsa Família, principal programa de redução da pobreza e transferência de renda do governo de Lula da Silva.
Marina Silva reconheceu os avanços de Lula com o ingresso de 30 milhões de brasileiros que ascenderam à classe média e a retirada de outros 24 milhões da linha da pobreza.
"Vamos manter o Bolsa Família, mas acrescentando o programa social de terceira geração com igualdade de oportunidades para todos a partir da educação", indicou.
A candidata verde defendeu investimentos "severos" em educação, passando dos atuais cinco por cento do PIB brasileiro para sete por cento.
"Estamos no começo e é um bom começo", avaliou, em relação à sua campanha. "Estamos no processo para valer, disputando em cima de propostas, não é apenas a disputa do poder pelo poder", garantiu.
A candidata do PV conta com 10 por cento das intenções de voto, segundo uma sondagem eleitoral divulgada esta semana. "Estes 10 por cento são em torno de 15 milhões de pessoas acreditando em boas propostas", disse, confiante.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
FO – LUSA
Rio de Janeiro, 20 ago (Lusa) - A candidata à presidência do Brasil Marina Silva, do Partido Verde (PV), defendeu hoje uma "mudança de paradigma" para o Brasil, que reúna a economia à ecologia e ao uso sustentável dos recursos.
"Temos uma candidatura que é um novo projeto para o Brasil. O aspeto da sustentabilidade está em todas as nossas diretrizes e se presentifica nas propostas de infraestrutura, saúde, educação, cultura e desenvolvimento económico", expôs a candidata às eleições de outubro, numa conversa com a imprensa estrangeira.
Segundo a candidata verde, o Brasil é o país que reúne as "melhores condições para fazer as transformações em plena crise ambiental global".
Marina Silva enfatizou que o país tem 11 por cento da água doce do planeta, 22 por cento das espécies vivas, a maior área de floresta tropical do planeta, com mais de metade do território de florestas, além de 300 milhões de área agriculturável e uma matriz energética limpa em 45 por cento.
Segundo Marina Silva, o desafio do século XXI é "juntar economia e ecologia" e o diferencial da sua candidatura é, justamente, o "uso dos recursos em bases sustentáveis".
A sua posição face ao petróleo a ser explorado na camada pré-sal vai no sentido de investir os recursos gerados pela extração em fontes de energias alternativas.
"Não podemos nos acomodar com essa fonte de geração de energia. Temos que investir pesadamente na energia de biomassa e na energia eólica", defendeu, referindo a necessidade de aplicar tecnologias, melhores práticas e precaução na exploração de petróleo, "para evitar que aconteça aqui o que aconteceu no Golfo do México".
"Nossa posição em relação ao pré-sal é que deve ser explorado em condições seguras e parte dos investimentos deve ser utilizada para a geração das fontes renováveis de energia que substituirão o petróleo", frisou.
Ao ser questionada sobre a construção de centrais hidroelétricas na Amazónia, Marina Silva disse não ser contrária às barragens, mas defende rigor nos estudos de viabilidade dos projetos.
"O Brasil tem um imenso potencial de energia de hidroeletricidade, 64 por cento desse potencial está na Amazónia. Não podemos preterir dessa fonte de energia. No entanto, temos que olhar a viabilidade de cada projeto, se é viável do ponto de vista técnico, económico, social e ambiental", sustentou.
No quesito de políticas sociais, a candidata do Partido Verde afirmou, caso seja eleita, que pretende dar continuidade ao Bolsa Família, principal programa de redução da pobreza e transferência de renda do governo de Lula da Silva.
Marina Silva reconheceu os avanços de Lula com o ingresso de 30 milhões de brasileiros que ascenderam à classe média e a retirada de outros 24 milhões da linha da pobreza.
"Vamos manter o Bolsa Família, mas acrescentando o programa social de terceira geração com igualdade de oportunidades para todos a partir da educação", indicou.
A candidata verde defendeu investimentos "severos" em educação, passando dos atuais cinco por cento do PIB brasileiro para sete por cento.
"Estamos no começo e é um bom começo", avaliou, em relação à sua campanha. "Estamos no processo para valer, disputando em cima de propostas, não é apenas a disputa do poder pelo poder", garantiu.
A candidata do PV conta com 10 por cento das intenções de voto, segundo uma sondagem eleitoral divulgada esta semana. "Estes 10 por cento são em torno de 15 milhões de pessoas acreditando em boas propostas", disse, confiante.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
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