quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Guiné-Bissau debate caminho para a paz e desenvolvimento


OJE – LUSA

O Parlamento da Guiné-Bissau lança na quinta-feira uma conferência nacional para a paz e desenvolvimento, um fórum de debate que irá auscultar os guineenses sobre as causas de conflitos no país e propor soluções, revelou hoje fonte parlamentar.

Segundo Serifo Nhamadjo, primeiro vice-presidente do Parlamento guineense, o lançamento da conferência será presidido por Malam Bacai Sanhá, na presença dos demais titulares dos órgãos da soberania do país, chefias militares, organizações da sociedade civil e ainda de representantes da comunidade internacional sedeados em Bissau.

"A conferência visa identificar e analisar as causas dos sucessivos conflitos no país, permitir à sociedade exprimir livremente os sentimentos recalcados, identificar as causas das contradições das instituições estatais e não estatais e propor mecanismos e estratégias de prevenção de conflitos", declarou o responsável.

A conferência, que tem o presidente Malam Bacai Sanhá como presidente de honra, tem seis meses para auscultar todas as sensibilidades guineenses dentro e fora do país e "o tempo que for necessário" para formular estratégias de resolução dos conflitos, disse ainda Nhamadjo.

Na prática, a conferência será lançada na quinta-feira e depois seguir-se-á uma série de debates sectoriais, a nível dos militares, da diáspora (África e Europa) e sociedade civil, explicou o responsável pela comissão que prepara a conferência, que tem como lema: Caminhos para a Consolidação da Paz e Desenvolvimento".

Serifo Nhamadjo afirmou que a ideia foi abraçada por "todas as sensibilidades" guineenses e a nível dos representantes da comunidade internacional também foi bem acolhida, sendo o Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) a entidade que coordena a angariação de fundos para apoiar a iniciativa.

Na abertura da conferência estão previstas as intervenções do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, do presidente do Parlamento, Raimundo Pereira, e do presidente da Republica, Malam Bacai Sanhá.

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