PSD quer clarificação política que conduza a um novo Governo
JORNAL DE NOTÍCIAS – 22 março 2011
21h41m
O PSD vai apresentar um projecto de resolução para chumbar o Programa de Estabilidade e Crescimento e para uma clarificação política que conduza a eleições e a um novo Governo de maioria alargada, afirmou esta terça-feira o líder parlamentar social-democrata, Miguel Macedo.
Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, o líder parlamentar do PSD remeteu a divulgação do conteúdo do projecto de resolução social-democrata para quarta-feira, mas antecipou que este vai no sentido do "chumbo do PEC".
O PSD pretende também, com o seu projecto de resolução, "contribuir para uma clarificação política", que entende ser "a única forma de o país poder vir a contar com um Governo de maioria alargada e de repor o respeito e a credibilidade abaladas de um primeiro-ministro que comprometeu o país em Bruxelas sem respeitar o presidente da República e sem consultar a Assembleia da República", adiantou Miguel Macedo.
O líder parlamentar do PSD defendeu que é o momento de "ouvir o povo" em eleições antecipadas.
"O PSD, quero reafirmá-lo hoje e agora, com a autoridade de ter sido o único partido que, em 2010, viabilizou alguns dos documentos essenciais para o país, quer publicamente dizer que, nesta ocasião, já só uma mudança de Governo e de políticas é capaz de repor a credibilidade, a respeitabilidade e a confiança que foram postas em causa. Em democracia, não há que ter medo de ouvir o povo. Só tem medo da vontade popular quem está agarrado ao poder e não tem a consciência tranquila", disse.
No debate de quarta-feira sobre o PEC, uma das intervenções do PSD será feita pela e antiga ministra das Finanças e anterior presidente do partido, Manuela Ferreira Leite, disse fonte social-democrata citada pela Agência Lusa.
Questionado se o projecto do PSD se destina a derrubar o Governo, Miguel Macedo reiterou que, para além de rejeitar este PEC, os sociais-democratas pretendem "uma clarificação política", que consideram ser do interesse do país, "na medida em que essa clarificação política pode contribuir para um Governo de maioria em Portugal".
De um lado está o "interesse nacional" e "do outro lado, está um mero interesse de sobrevivência do Governo e do primeiro-ministro, o que leva alguns, de resto, com grande insistência no dia de hoje, a fazer declarações e a tomar atitudes de verdadeiro desespero, próprias de quem só parece preocupado com a eventual perda do poder", sustentou o líder parlamentar do PSD.
Cavaco diz que ficou sem margem de manobra para actuar
20:09
O presidente da República afirmou esta terça-feira, no Porto, que a rapidez com que a crise política evoluiu "reduziu substancialmente" a sua margem de manobra para actuar preventivamente.
"Esta questão passou muito rapidamente para o plano dos partidos e da Assembleia da República. Pela forma como o programa foi apresentado, pela falta de informação, pelas declarações que foram feitas quase nas primeiras horas ou até nos primeiros dias, tudo isso reduziu substancialmente a margem de manobra de um presidente da República actuar preventivamente", frisou.
Cavaco Silva recusou-se a "antecipar cenários" e a fazer "especulações em público" antes do "debate importante que vai ter lugar na Assembleia da República".
Numa declaração à margem do centenário da Universidade do Porto, o chefe de Estado recusou pronunciar-se sobre se teria sido possível evitar esta crise política, referindo que "não é tempo de fazer comentários sobre essa matéria".
"Não sou comentador nem analista político. Um presidente da República nunca o deve ser. Sou totalmente isento e imparcial em relação às forças políticas e nunca entrarei no debate, na disputa dos partidos", disse, escudando-se a comentar o apelo feito hoje por Mário Soares para que tente evitar eleições.
Para o presidente, "este é um tempo em que o Parlamento, o Governo e os partidos vão expressar as suas posições, que todos esperamos com grande sentido de responsabilidade".
Cavaco Silva referiu que, "nesta altura, o Presidente da República, como último garante do normal funcionamento das instituições democráticas, deve actuar com muita ponderação, medindo as palavras que utiliza, com serenidade e com alguma reserva, procurando recolher o máximo de informação".
"É isso que tenho vindo a fazer. A recolher o máximo de informação, para que, se for necessário, poder tomar as decisões que considere as melhores para o país", realçou.
Cavaco Silva admitiu que a apresentação do novo Plano de Estabilidade e Crescimento por parte do Governo "terá apanhado de surpresa os partidos políticos e os portugueses", mas escusou-se a fazer comentários sobre o que se passou.
"Entendo que neste momento não devo antecipar cenários nem fazer quaisquer especulações na praça pública. Devo manter alguma reserva", disse.
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JORNAL DE NOTÍCIAS – 22 março 2011
21h41m
O PSD vai apresentar um projecto de resolução para chumbar o Programa de Estabilidade e Crescimento e para uma clarificação política que conduza a eleições e a um novo Governo de maioria alargada, afirmou esta terça-feira o líder parlamentar social-democrata, Miguel Macedo.
Em declarações aos jornalistas, no Parlamento, o líder parlamentar do PSD remeteu a divulgação do conteúdo do projecto de resolução social-democrata para quarta-feira, mas antecipou que este vai no sentido do "chumbo do PEC".
O PSD pretende também, com o seu projecto de resolução, "contribuir para uma clarificação política", que entende ser "a única forma de o país poder vir a contar com um Governo de maioria alargada e de repor o respeito e a credibilidade abaladas de um primeiro-ministro que comprometeu o país em Bruxelas sem respeitar o presidente da República e sem consultar a Assembleia da República", adiantou Miguel Macedo.
O líder parlamentar do PSD defendeu que é o momento de "ouvir o povo" em eleições antecipadas.
"O PSD, quero reafirmá-lo hoje e agora, com a autoridade de ter sido o único partido que, em 2010, viabilizou alguns dos documentos essenciais para o país, quer publicamente dizer que, nesta ocasião, já só uma mudança de Governo e de políticas é capaz de repor a credibilidade, a respeitabilidade e a confiança que foram postas em causa. Em democracia, não há que ter medo de ouvir o povo. Só tem medo da vontade popular quem está agarrado ao poder e não tem a consciência tranquila", disse.
No debate de quarta-feira sobre o PEC, uma das intervenções do PSD será feita pela e antiga ministra das Finanças e anterior presidente do partido, Manuela Ferreira Leite, disse fonte social-democrata citada pela Agência Lusa.
Questionado se o projecto do PSD se destina a derrubar o Governo, Miguel Macedo reiterou que, para além de rejeitar este PEC, os sociais-democratas pretendem "uma clarificação política", que consideram ser do interesse do país, "na medida em que essa clarificação política pode contribuir para um Governo de maioria em Portugal".
De um lado está o "interesse nacional" e "do outro lado, está um mero interesse de sobrevivência do Governo e do primeiro-ministro, o que leva alguns, de resto, com grande insistência no dia de hoje, a fazer declarações e a tomar atitudes de verdadeiro desespero, próprias de quem só parece preocupado com a eventual perda do poder", sustentou o líder parlamentar do PSD.
Cavaco diz que ficou sem margem de manobra para actuar
20:09
O presidente da República afirmou esta terça-feira, no Porto, que a rapidez com que a crise política evoluiu "reduziu substancialmente" a sua margem de manobra para actuar preventivamente.
"Esta questão passou muito rapidamente para o plano dos partidos e da Assembleia da República. Pela forma como o programa foi apresentado, pela falta de informação, pelas declarações que foram feitas quase nas primeiras horas ou até nos primeiros dias, tudo isso reduziu substancialmente a margem de manobra de um presidente da República actuar preventivamente", frisou.
Cavaco Silva recusou-se a "antecipar cenários" e a fazer "especulações em público" antes do "debate importante que vai ter lugar na Assembleia da República".
Numa declaração à margem do centenário da Universidade do Porto, o chefe de Estado recusou pronunciar-se sobre se teria sido possível evitar esta crise política, referindo que "não é tempo de fazer comentários sobre essa matéria".
"Não sou comentador nem analista político. Um presidente da República nunca o deve ser. Sou totalmente isento e imparcial em relação às forças políticas e nunca entrarei no debate, na disputa dos partidos", disse, escudando-se a comentar o apelo feito hoje por Mário Soares para que tente evitar eleições.
Para o presidente, "este é um tempo em que o Parlamento, o Governo e os partidos vão expressar as suas posições, que todos esperamos com grande sentido de responsabilidade".
Cavaco Silva referiu que, "nesta altura, o Presidente da República, como último garante do normal funcionamento das instituições democráticas, deve actuar com muita ponderação, medindo as palavras que utiliza, com serenidade e com alguma reserva, procurando recolher o máximo de informação".
"É isso que tenho vindo a fazer. A recolher o máximo de informação, para que, se for necessário, poder tomar as decisões que considere as melhores para o país", realçou.
Cavaco Silva admitiu que a apresentação do novo Plano de Estabilidade e Crescimento por parte do Governo "terá apanhado de surpresa os partidos políticos e os portugueses", mas escusou-se a fazer comentários sobre o que se passou.
"Entendo que neste momento não devo antecipar cenários nem fazer quaisquer especulações na praça pública. Devo manter alguma reserva", disse.
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*Título FB
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