domingo, 27 de março de 2011

Defesa da privatização da CGD prova que PSD não é alternativa - Jerónimo

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ACL – LUSA

Lisboa, 26 mar (Lusa) - O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje que a privatização da Caixa Geral de Depósitos admitida pelo líder do PSD, Passos Coelho, é a demonstração de que os sociais-democratas não são "alternativa" ao PS.

"Passos Coelho afirma que quer privatizar parte da Caixa Geral de Depósitos, mas o Governo, no PEC e na discussão no Conselho Europeu, claramente a aumentar a receita pela via da alienação de mais empresas públicas, privatizando nunca esclarecendo bem o quê e quando", afirmou o líder comunista aos jornalistas.

O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, admitiu numa entrevista à agência noticiosa Reuters, abrir a Caixa Geral de Depósitos ao capital privado.

Para o secretário-geral do PCP, "o PSD não tem alternativa, isso foi reconhecido pelo PSD e pelo seu líder", considerando que socialistas e sociais-democratas, "no essencial, têm um ponto comum, que é salvar esta política desgraçada que levou o país onde levou, mudando apenas os interpretantes".

"Estamos inquietos com a situação. Ao contrário do que se possa pensar, o PCP considera que quanto pior, pior e não quanto pior, melhor", afirmou aos jornalistas à entrada para um debate com jovens comunistas, na Casa do Alentejo, em Lisboa.

"Hoje o povo português está a sofrer as consequências de uma política errada, dentro em breve vai ter nas mãos a possibilidade de reafirmar que a soberania reside nesse mesmo povo, designadamente através de eleições. Pode muito bem dizer 'agora, já basta', agora é precisa a rutura e a mudança é nesta batalha que vamos estar", sustentou.

Na intervenção que realizou na abertura do debate, Jerónimo de Sousa manifestou-se confiante no "bom ambiente em torno do partido" que afirma existir no país.

"Existe um bom ambiente em torno do partido, o partido agora pode ir a qualquer lado, de Trás-os-Montes às Flores, às vezes até me doem as costas", afirmou, referindo-se ao apoio recebido.

"O peso do preconceito [em relação ao PCP] pode reflectir-se nestas eleições, mas o ambiente é bom, ao nível do prestígio do partido", afirmou.

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