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terça-feira, 29 de março de 2011

Lula da Silva diz que "o FMI não resolve o problema de Portugal"

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José Sócrates e Lula da Silva em Lisboa - foto ORLANDO ALMEIDA/GLOBAL IMAGENS

JORNAL DE NOTÍCIAS – 28 março 2011

O Fundo Monetário Internacional "não resolve o problema de Portugal, como não resolveu o problema do Brasil", defende o ex-presidente brasileiro Lula da Silva. "Se quiser, a Europa vai encontrar soluções" para os problemas do país, disse, num jantar com José Sócrates, em Lisboa.

"O FMI não resolve o problema de Portugal, como não resolveu o problema do Brasil, como não resolveu outros problemas. Toda a vez que o FMI tentou cuidar das dívidas dos países, o FMI criou mais problemas para os países do que soluções", afirmou o ex-presidente do Brasil.

À margem de um jantar informal com o primeiro-ministro demissionário, José Sócrates, esta segunda-feira à noite, em Lisboa, Lula da Silva disse ainda que "a Europa é muito grande" e que, "se a Europa quiser, vai encontrar soluções para Portugal, para a Grécia, para Espanha".

Questionado sobre se o Brasil vai ou não comprar dívida portuguesa, o ex-presidente do Brasil remeteu essa questão para a actual presidente brasileira, Dilma Rousseff, que chega esta terça-feira a Lisboa, mas deixou um recado: "Eu acho que tudo o que devêssemos fazer para ajudar Portugal deveríamos fazer. Acho que Portugal merece essa compreensão do Brasil", afirmou.

No entanto, para Lula da Silva "é importante que [o primeiro-ministro, José] Sócrates e Cavaco Silva, presidente da República, conversem com a presidente do Brasil para ver o que é possível fazer".

Em relação à crise política com que Portugal se debate, o ex-presidente brasileiro disse acreditar que "o povo português terá sabedoria suficiente para resolver o problema da crise política".

"O FMI não resolve o problema de Portugal, como não resolveu o problema do Brasil, como não resolveu outros problemas. Toda a vez que o FMI tentou cuidar das dívidas dos países, o FMI criou mais problemas para os países do que soluções", afirmou o ex-presidente do Brasil.

À margem de um jantar informal com o primeiro-ministro demissionário, José Sócrates, esta segunda-feira à noite, em Lisboa, Lula da Silva disse ainda que "a Europa é muito grande" e que, "se a Europa quiser, vai encontrar soluções para Portugal, para a Grécia, para Espanha".

Questionado sobre se o Brasil vai ou não comprar dívida portuguesa, o ex-presidente do Brasil remeteu essa questão para a actual presidente brasileira, Dilma Rousseff, que chega esta terça-feira a Lisboa, mas deixou um recado: "Eu acho que tudo o que devêssemos fazer para ajudar Portugal deveríamos fazer. Acho que Portugal merece essa compreensão do Brasil", afirmou.

No entanto, para Lula da Silva "é importante que [o primeiro-ministro, José] Sócrates e Cavaco Silva, presidente da República, conversem com a presidente do Brasil para ver o que é possível fazer".

Em relação à crise política com que Portugal se debate, o ex-presidente brasileiro disse acreditar que "o povo português terá sabedoria suficiente para resolver o problema da crise política".

"É importante que as pessoas tenham maturidade para compreender as razões da crise económica, detectar correctamente quem é o causador desta crise e sabemos que a atitude mais correta é todo o mundo assumir as responsabilidades para encontrar uma solução para a crise", afirmou Lula da Silva.

Por sua vez, José Sócrates escusou-se a comentar "os assuntos domésticos" de Portugal, afirmando apenas que "os problemas de Portugal resolvem-se com a confiança dos mercados", sublinhando que essa é "a única ajuda de que Portugal precisa" e que é nisso que o país está a trabalhar.

José Sócrates destacou ainda "a excelente relação" de Lula da Silva e do Brasil com Portugal: "O presidente Lula foi um grande amigo do nosso país, que se empenhou desde sempre, desde que iniciou as suas funções [de presidente] em estreitar as relações não apenas políticas, culturais e históricas mas também económicas entre Portugal e o Brasil", afirmou Sócrates.

1 comentário:

Anónimo disse...

QUE A EUROPA E SÓ A EUROPA SOLUCIONE OS PROBLEMAS PORTUGUESES!

1 ) A persistência de Portugal a favor de sua inteira inserção na Europa e na OTAN, uma vez mais reafirmada em sua posição no Conselho de Segurança da ONU em relação à Líbia, é um indicador claro suficiente para que se obrigue Portugal a só dever encontrar soluções no espaço em que escolhei inserir-se e obstinadamente defende.

2 ) A ajuda a partir de Timor, Brasil e Angola, recorrendo a fundos de petróleo, é uma afronta aos países do Sul e tem um significado muito negativo para o Sul: deve ser completamente posto de parte um "socorro" desta natureza.

3 ) O Sul deve definitivamente dizer não à OTAN, não ao AFRICOM: os negócios das elites angolanas em Portugal têm nesse sentido de ter um fim imediato.

4 ) A capacidade líquida financeira do Sul deve ser aplicada estrategicamente no Sul, nunca num parceiro membro da OTAN como Portugal.

5 ) Em Angola deve-se fazer imediatamente uma filtragem nos relacionamentos com Portugal: bastou o colonialismo português, pelo que historicamente se torna imperioso que Portugal não venha integrar ou reforçar com seu modo subtil e servil, políticas de neo colonialismo ao abrigo da hegemonia!

6 ) As Forças Armadas dos países do Sul do quadro da CPLP devem redobrar a sua atenção para com as ostensivas mensagens da OTAN e do AFRICOM que lhes estão a ser transmitidas por Portugal: a passagem de conceitos do interesse e conveniência dessa Organização são a natureza evidente dos conceitos militares das políticas neo coloniais.

7 ) Uma advertência muito particular deve ser feita a Cabo Verde, extremamente sensível e vulnerável a esses conceitos: basta de exercícios com a OTAN e bilateralmente com seus membros, bem como basta a política de portas abertas em relação ao AFRICOM!

8 ) Os portugueses não devem vir para Angola a coberto das mal paradas parcerias público-privadas em curso: não venham ocupar, com salários dezenas de vezes superiores, os lugares de trabalho dos angolanos mal pagos!

Martinho Júnior.

Luanda.