ANGOLA 24 HORAS – 29 março 2011
Ao contrário do 7 de Março, desta vez o protesto tem rostos visíveis e o pedido de realização foi confirmado pelo Governo Provincial de Luanda. Poderá ter lugar no largo da Independência, no próximo Sábado, 2 de Abril, a partir das 13 horas.
O Governo Provincial de Luanda negou comentar o assunto à Ecclesia.
No entanto, sabe-se que os solicitantes pretendem manifestar-se para exigir liberdade de expressão às autoridades angolanas.
Desta vez, o rosto responsável apresenta-se com o nome de Carbono Casimiro.
“Demos entrada do documento ao Governo provincial e não tivemos nenhuma notificação, nem a impedir nem a dar qualquer informação. Quer dizer que eles consentiram, de qualquer modo. Temos uma cópia em que a senhora do Guichet do GPL acusou a recepção” – disse Casimiro.
“Tentamos sair a 7 de Março, mas fomos detidos injustamente, sem explicação nenhuma, sem o mínimo de justificação. Acredito que é por tentarmos nos expressar publicamente. Tão-somente por isso. Então isso gerou o motivo principal desta segunda tentativa de manifestação à liberdade de expressão” – acrescentou.
Carbono Casimiro disse por outro lado que não se pode de forma alguma associar um acto cívico à guerra.
“Se for associar um acto cívico à guerra, então eles institucionalizaram a guerra. Puseram aquilo na constituição e está lá a guerra. Mas não é isso. Aquilo é uma manifestação pacífica, um acto em que o cidadão tem a oportunidade de mostrar a sua opinião, o seu descontentamento ou expressar-se. Não vejo como associar isso à guerra” – afirmou ainda.
Massion Chitombe outro jovem assumido esclareceu que durante o protesto serão feitas alusões à situação política e social do país.
Chitombe pede garantias de tranquilidade e segurança aos órgãos policiais.
“Não vejam a nossa posição como um acto de tentar desestabilizar o país. Não é o que nós queremos. Simplesmente vamos para lá pacificamente e vamos pedir que os órgãos de segurança estejam lá para evitar que haja actos de vandalismo” – reforçou.
Vai em debate nesta quinta feira no Parlamento angolano as discussões sobre a Lei que visa controlar a internet. Na proposta o governo angolano quer que os órgãos de comunicações eletrônicas sejam criminalizados pelos órgãos de segurança do estado.
Para mais informações: CENTRAL ANGOLA - MANIFESTAÇÃO
Apostolado /Angola24horas.com
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