O PAÍS (Angola)
O clima na Chicoil está pesado, disse um dos colaboradores. Ninguém quer ser o próximo a ser preso. Elias Chimuco terá já despedido alguns trabalhadores de topo e terá ameaçado apresentar outras queixas.
No entanto, os trabalhadores dizem que o seu presidente do conselho de administração (PCA) do grupo pode estar a procurar ilibar-se das suas responsabilidades. Questionam porque apenas agora Chimuco se lembrou de cobrar uma comissão que havia resultado de um negócio efectuado em 2008. Dizem também não colher a acusação de sobrefacturação já que as entradas financeiras foram efectuadas para as contas do grupo. “Se houve sobrefacturação o beneficiado foi ele” alegam.
Dizem também ser natural que Elias Chimuco tivesse chegado a uma situação de aperto com os credores, uma vez que o grupo nada produz que gere dinheiro. “Nós não produzimos nada que possamos vender, com o que fazer dinheiro”, atirou uma das funcionárias, para concluir depois que na hotelaria apenas funciona o Lodje de Menongue e que até as anunciadas clínicas hospitalares no Lobito e Huambo falharam, por não se terem feito os devidos estudos de viabilidade, rematou.
A tensão no interior do grupo voltou a estar em níveis altos quando se soube que o PCA mandou recolher uma viatura de serviço que estava atribuída a uma funcionária, em casa desta, manhã cedo, sem que ela se tivesse apercebido. Segundo os colegas, a funcionária terá mesmo apresentado queixa de roubo de viatura à Polícia. Com esta cena, os funcionários desconfiam que Elias Chimuco pretendesse acusar a funcionária de furto da viatura.
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