GABRIEL CAPRIOLI – CORREIO BRAZILIENSE
Liderada por Brasil e Peru, região sinaliza para um novo boom ocidental
A despeito de instabilidades políticas localizadas, a América Latina continua firme no caminho da recuperação econômica. Atrás apenas da Ásia, puxada pelo vertiginoso crescimento da China, a região é a que mais cresce no mundo. Os países latino-americanos dão sinais concretos de que as décadas de atrofia ficaram no passado. Uma pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em parceria com o instituto alemão Ifo, mostra que a percepção sobre as melhoras é cada vez maior. O Índice de Clima Econômico (ICE), uma espécie de termômetro do ritmo da atividade, aumentou de 5,6 para 6,0 pontos entre abril e julho, o que sugere uma fase de bonança nessa parte do mundo ocidental.
A FGV considera o resultado “muito favorável”, já que é o mais alto desde julho de 2007. De acordo com Lia Valls, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, o desempenho positivo está calcado na avaliação do momento atual, considerado promissor pelos especialistas consultados. O indicador de situação atual avançou de 4,7 para 5,8 pontos. “A mesma expectativa que temos aqui de crescimento, bem acima dos últimos anos, também está presente em outros países, como Peru e Uruguai”, observou. A melhora global do indicador na região também foi influenciada, segundo Lia, pelo peso do Brasil e do México na pesquisa.
Confiáveis
No levantamento, o Brasil manteve-se no segundo lugar do ranking, ao passar de 7,0 para 7,4 pontos, superado apenas pelo Peru, onde o índice avançou de 7,1 para 7,5 pontos. O México avançou da nona para a oitava posição na lista e registrou 4,9 pontos. Na avaliação do economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto, os investidores dos países emergentes mudaram nos últimos anos a percepção em relação aos países latino-americanos. “Não é mais uma visão homogênea. Agora, há um bloco confiável mais claro, formado por Brasil, Chile, Colômbia, Peru e México, e outro mais problemático, que inclui Venezuela e Equador”, considerou.
O mercado interno forte e dinâmico, em crescimento nos países “confiáveis”, diz Campos Neto, é um dos fatores que chamam a atenção dos investidores estrangeiros. Entretanto, ele ressalta que cada economia mantém suas particularidades. “Talvez o Chile, por exemplo, seja identificado como uma base de exportações, mas em se tratando de mercado interno, o Brasil é destaque absoluto.” O Chile, após recuperar-se de um terremoto que destruiu parte do país no início do ano, registrou crescimento de 6,5% no segundo trimestre, ante 1,5% de avanço no período imediatamente anterior. No ranking da FGV/Ifo, o país manteve a quarta colocação, com 6,8 pontos.
Liderada por Brasil e Peru, região sinaliza para um novo boom ocidental
A despeito de instabilidades políticas localizadas, a América Latina continua firme no caminho da recuperação econômica. Atrás apenas da Ásia, puxada pelo vertiginoso crescimento da China, a região é a que mais cresce no mundo. Os países latino-americanos dão sinais concretos de que as décadas de atrofia ficaram no passado. Uma pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), em parceria com o instituto alemão Ifo, mostra que a percepção sobre as melhoras é cada vez maior. O Índice de Clima Econômico (ICE), uma espécie de termômetro do ritmo da atividade, aumentou de 5,6 para 6,0 pontos entre abril e julho, o que sugere uma fase de bonança nessa parte do mundo ocidental.
A FGV considera o resultado “muito favorável”, já que é o mais alto desde julho de 2007. De acordo com Lia Valls, pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da FGV, o desempenho positivo está calcado na avaliação do momento atual, considerado promissor pelos especialistas consultados. O indicador de situação atual avançou de 4,7 para 5,8 pontos. “A mesma expectativa que temos aqui de crescimento, bem acima dos últimos anos, também está presente em outros países, como Peru e Uruguai”, observou. A melhora global do indicador na região também foi influenciada, segundo Lia, pelo peso do Brasil e do México na pesquisa.
Confiáveis
No levantamento, o Brasil manteve-se no segundo lugar do ranking, ao passar de 7,0 para 7,4 pontos, superado apenas pelo Peru, onde o índice avançou de 7,1 para 7,5 pontos. O México avançou da nona para a oitava posição na lista e registrou 4,9 pontos. Na avaliação do economista-chefe do Banco Schahin, Silvio Campos Neto, os investidores dos países emergentes mudaram nos últimos anos a percepção em relação aos países latino-americanos. “Não é mais uma visão homogênea. Agora, há um bloco confiável mais claro, formado por Brasil, Chile, Colômbia, Peru e México, e outro mais problemático, que inclui Venezuela e Equador”, considerou.
O mercado interno forte e dinâmico, em crescimento nos países “confiáveis”, diz Campos Neto, é um dos fatores que chamam a atenção dos investidores estrangeiros. Entretanto, ele ressalta que cada economia mantém suas particularidades. “Talvez o Chile, por exemplo, seja identificado como uma base de exportações, mas em se tratando de mercado interno, o Brasil é destaque absoluto.” O Chile, após recuperar-se de um terremoto que destruiu parte do país no início do ano, registrou crescimento de 6,5% no segundo trimestre, ante 1,5% de avanço no período imediatamente anterior. No ranking da FGV/Ifo, o país manteve a quarta colocação, com 6,8 pontos.
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