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Os australianos vão renovar o Parlamento em eleições legislativas antecipadas, este sábado.
Os trabalhistas liderados pela primeira-ministra, Julia Gillard, tentam conservar a maioria, mas o resultado parece incerto.
A economia australiana tem resistido à crise global e Gillard mantém o optimismo, com a promessa de mais benefícios sociais e de manter o desemprego baixo.
Em Junho, Gillard, de 48 anos, tornou-se na primeira mulher chefe do governo na Austrália, depois de Kevin Rudd se ter afastado da liderança do partido trabalhista. Não foi, portanto, eleita pelo povo.
Rudd tinha derrotado os conservadores três anos antes, pelo que este quase empate técnico entre as duas principais forças na corrida lembra um pouco o que se passou no Reino Unido, referem os analistas.
A líder trabalhista promete continuar a investir nas infra-estruturas, nomeadamente 30 mil milhões de euros numa rede de alta velocidade que vai cobrir 93 por cento do território australiano.
Até agora, este é um sector em que a vastidão do país tem sido entrave ao desenvolvimento…
Gilliard anunciou, também, que vai aumentar os impostos do carvão e do ferro, o que já criou uma onda de protestos dos mineiros e dos industriais do sector.
O sistema do país não esta em causa nestas legislativas, mas Gilliard não hesita em defender o sistema republicano para depois do reinado de Isabel II.
O rival, Abbot, como a maioria dos australianos, vota na continuidade de um sistema considerado comodamente resolvido na Austrália.
Tony Abbott, de 52 anos, tem centrado a campanha no caos em que está mergulhado o Partido Trabalhista, no tamanho da dívida do país, na imigração e no aumento do número de imigrantes ilegais que procuram chegar de barco à Austrália, em busca de asilo.
“Um governo que desperdiça dinheiro não pode ser bom gestor para a economia”, disse Abbott.
Por isso, o candidato liberal promete combater a imigração ilegal, cortar a despesa pública, equilibrar o orçamento e reduzir os impostos.
Os lobbies de ambas as partes quanto às prováveis soluções para a imigração ilegal estão a ser seguidos com muito interesse: Abott que reabrir o centro de detenção das ilhas Nauru. Mas a socialista Gilliar prefere enviar os detidos para um país como Timor Leste, sob a bandeira da ONU.
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