
ONU quer reunião de governantes para debater subida do preço dos alimentos
HSF – LUSA
Lisboa, 03 Set (Lusa) - As Nações Unidas apelaram a um encontro entre diversos governantes para discutirem o recente aumento global no preço dos alimentos, noticia o site da BBC.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), o encontro deve ter lugar a 24 de setembro, provavelmente em Roma.
O apelo da ONU surge depois de o primeiro ministro russo, Vladimir Putin, ter informado que vai prolongar o embargo das exportações de cereais, pois muita da produção cerealífera do país foi afetada pela onda de calor.
"Nas últimas semanas, os mercados mundiais de cereais registaram um aumento repentino dos preços internacionais do trigo, devido a preocupações com a escassez deste cereal", assinalou a FAO.
Vladimir Putin não revelou até quando o embargo às exportações de cereais russos - decretado em agosto e que devia durar até dezembro - se vai prolongar, mas alertou que não terminará antes das colheitas de 2011.
A Rússia é um dos maiores produtores mundiais de trigo, cevada e centeio e foi atingida por uma seca este verão, tendo a onda de calor destruído colheitas em muitas partes do país, o que fez disparar os preços.
A colheita deste ano pode atingir 60 milhões de toneladas, mas a Rússia precisa de quase 80 milhões para consumo interno.
Outros produtores de cereais muito consumidos também se queixaram de escassez, fazendo com que o preço do trigo nas bolsas internacionais de mercadorias tenha subido mais de 50 por cento desde o início de julho.
O efeito da subida dos preços do trigo reflecte-se no índice global da FAO relativo aos preços dos alimentos, que abrange 55 produtos alimentares e no qual aquele cereal atingiu, em agosto, o preço mais alto em dois anos.
O aumento do preço podia afetar sobretudo bens como o pão ou a cerveja, mas como os cereais também são usados na alimentação dos animais, é provável que se estenda a produtos lácteos, ovos e carne.
Segundo o economista da ONU Abdolreza Abbassian, a subida será mais sentida nos países em desenvolvimento, como demonstrou o facto de o aumento dos preços ter levado a população a tomar as ruas de Maputo, em Moçambique, esta semana.
"Mesmo um pequeno aumento no preço dos alimentos, que é tão importante para eles, pode desencadear um problema", alertou Abdolreza Abbassian, segundo quem a carestia pode mesmo ter influência na "estabilidade política dos países".
*** Este texto escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
HSF – LUSA
Lisboa, 03 Set (Lusa) - As Nações Unidas apelaram a um encontro entre diversos governantes para discutirem o recente aumento global no preço dos alimentos, noticia o site da BBC.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), o encontro deve ter lugar a 24 de setembro, provavelmente em Roma.
O apelo da ONU surge depois de o primeiro ministro russo, Vladimir Putin, ter informado que vai prolongar o embargo das exportações de cereais, pois muita da produção cerealífera do país foi afetada pela onda de calor.
"Nas últimas semanas, os mercados mundiais de cereais registaram um aumento repentino dos preços internacionais do trigo, devido a preocupações com a escassez deste cereal", assinalou a FAO.
Vladimir Putin não revelou até quando o embargo às exportações de cereais russos - decretado em agosto e que devia durar até dezembro - se vai prolongar, mas alertou que não terminará antes das colheitas de 2011.
A Rússia é um dos maiores produtores mundiais de trigo, cevada e centeio e foi atingida por uma seca este verão, tendo a onda de calor destruído colheitas em muitas partes do país, o que fez disparar os preços.
A colheita deste ano pode atingir 60 milhões de toneladas, mas a Rússia precisa de quase 80 milhões para consumo interno.
Outros produtores de cereais muito consumidos também se queixaram de escassez, fazendo com que o preço do trigo nas bolsas internacionais de mercadorias tenha subido mais de 50 por cento desde o início de julho.
O efeito da subida dos preços do trigo reflecte-se no índice global da FAO relativo aos preços dos alimentos, que abrange 55 produtos alimentares e no qual aquele cereal atingiu, em agosto, o preço mais alto em dois anos.
O aumento do preço podia afetar sobretudo bens como o pão ou a cerveja, mas como os cereais também são usados na alimentação dos animais, é provável que se estenda a produtos lácteos, ovos e carne.
Segundo o economista da ONU Abdolreza Abbassian, a subida será mais sentida nos países em desenvolvimento, como demonstrou o facto de o aumento dos preços ter levado a população a tomar as ruas de Maputo, em Moçambique, esta semana.
"Mesmo um pequeno aumento no preço dos alimentos, que é tão importante para eles, pode desencadear um problema", alertou Abdolreza Abbassian, segundo quem a carestia pode mesmo ter influência na "estabilidade política dos países".
*** Este texto escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Sem comentários:
Enviar um comentário