Lisboa é a segunda cidade fora do Brasil onde votam mais brasileiros
PEDRO CRISÓSTOMO – PÚBLICO
São para cima de 200 mil os eleitores brasileiros que votam fora do Brasil, para as presidenciais do próximo domingo, e as duas cidades portuguesas onde há votantes externos, Lisboa e Porto, estão no topo da lista.
Lisboa é a segunda cidade do mundo – e a primeira no ranking das capitais – com 12360 votantes brasileiros. Um número que acompanha a tendência da contagem entre países, já que Portugal está no segundo lugar da lista, logo a seguir aos Estados Unidos.
Nova Iorque é a cidade que tem mais eleitores externos (21076). O Porto surge em quinto (10822), imediatamente a seguir a Boston e a Milão, segundo dados de Junho, os últimos divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal brasileiro, sobre a distribuição do eleitorado no exterior.
Para as eleições de domingo, o Consulado Brasileiro em Lisboa não dispões de dados específicos sobre o perfil dos votantes, fez saber por email ao PÚBLICO o vice-cônsul Ernando Cavalcante das Neves. Na estatística geral a nível mundial relativa a 2009, existiam mais mulheres do que homens na distribuição eleitoral, com o ensino superior ou médio completos, e com predominância na faixa etária entre os 36 e os 45 anos.
Voto obrigatório
Para os estrangeiros, à semelhança de qualquer cidadão a residir no Brasil, a Constituição determina que o voto é obrigatório para quem tem entre 18 e 70 anos. O voto é facultativo apenas para as pessoas maiores de 70 anos ou jovens entre os 16 e os 18 anos incompletos. A excepção acontece ainda para situações de analfabetismo – correspondentes, há um ano, aos cerca de 2400 brasileiros espalhados pelo mundo que não sabem ler nem escrever.
Ao contrário do que ocorre no Brasil, onde no próximo domingo os 192 milhões de habitantes vão às urnas para as chamadas “Eleições Gerais”, para escolher a Presidência, deputados e senadores, no estrangeiro, os emigrantes votam apenas para eleger o Presidente e o Vice-Presidente.
Como em Portugal existem apenas dois locais de voto, que vão estar abertos das oito da manhã às 17 da tarde de dia 3 de Outubro, a lei prevê uma cláusula “justificativa” para os casos em que os “eleitores inscritos no exterior” não podem comparecer no local de voto que lhes está destinado, neste caso, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e no Hotel Ipanema, no Porto.
Nas duas principais cidades portuguesas, os cerca de 23 mil eleitores estão distribuídos por dezenas de secções de voto, correspondentes a uma média superior a 300 eleitores em cada.
*Título FB
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PEDRO CRISÓSTOMO – PÚBLICO
São para cima de 200 mil os eleitores brasileiros que votam fora do Brasil, para as presidenciais do próximo domingo, e as duas cidades portuguesas onde há votantes externos, Lisboa e Porto, estão no topo da lista.
Lisboa é a segunda cidade do mundo – e a primeira no ranking das capitais – com 12360 votantes brasileiros. Um número que acompanha a tendência da contagem entre países, já que Portugal está no segundo lugar da lista, logo a seguir aos Estados Unidos.
Nova Iorque é a cidade que tem mais eleitores externos (21076). O Porto surge em quinto (10822), imediatamente a seguir a Boston e a Milão, segundo dados de Junho, os últimos divulgados pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal brasileiro, sobre a distribuição do eleitorado no exterior.
Para as eleições de domingo, o Consulado Brasileiro em Lisboa não dispões de dados específicos sobre o perfil dos votantes, fez saber por email ao PÚBLICO o vice-cônsul Ernando Cavalcante das Neves. Na estatística geral a nível mundial relativa a 2009, existiam mais mulheres do que homens na distribuição eleitoral, com o ensino superior ou médio completos, e com predominância na faixa etária entre os 36 e os 45 anos.
Voto obrigatório
Para os estrangeiros, à semelhança de qualquer cidadão a residir no Brasil, a Constituição determina que o voto é obrigatório para quem tem entre 18 e 70 anos. O voto é facultativo apenas para as pessoas maiores de 70 anos ou jovens entre os 16 e os 18 anos incompletos. A excepção acontece ainda para situações de analfabetismo – correspondentes, há um ano, aos cerca de 2400 brasileiros espalhados pelo mundo que não sabem ler nem escrever.
Ao contrário do que ocorre no Brasil, onde no próximo domingo os 192 milhões de habitantes vão às urnas para as chamadas “Eleições Gerais”, para escolher a Presidência, deputados e senadores, no estrangeiro, os emigrantes votam apenas para eleger o Presidente e o Vice-Presidente.
Como em Portugal existem apenas dois locais de voto, que vão estar abertos das oito da manhã às 17 da tarde de dia 3 de Outubro, a lei prevê uma cláusula “justificativa” para os casos em que os “eleitores inscritos no exterior” não podem comparecer no local de voto que lhes está destinado, neste caso, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e no Hotel Ipanema, no Porto.
Nas duas principais cidades portuguesas, os cerca de 23 mil eleitores estão distribuídos por dezenas de secções de voto, correspondentes a uma média superior a 300 eleitores em cada.
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