ORLANDO CASTRO – NOTÍCIAS LUSÓFONAS
Os portugueses para quem os tostões contam (todos os que não são deste PS) ficaram a saber que – dentro da filosofia de José Sócrates de comer e calar – vão também ver a tarifa de electricidade aumentada em 3,8%. E o governo através do dogmático Orçamento de Estado explica que a electricidade é um, mais um, luxo. Tem razão. Os portugueses bem podem aprender a viver sem comer... às escuras.
No entanto, como bem disse hoje o sumo pontífice do PS e perito dos peritos, o primeiro-ministro José Sócrates, a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2011 protege o emprego e o país da crise internacional.
Ora á está. Os 700 mil desempregados, bem como os 20 por cento de miseráveis e outros tantos de potenciais miseráveis, podem começar a pensar que vão encher a barriga. De promessas, de demagogia, é claro. Mas quando não há comida... qualquer coisa serve.
"Este orçamento é o orçamento que protege o país da crise internacional, protege a nossa economia, protege o emprego", afirmou o primeiro-ministro à margem da cerimónia de inauguração da nova base da companhia aérea Easyjet, em Lisboa.
José Sócrates disse ainda que o documento apresentado no sábado pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, "é absolutamente indispensável e necessário" para que Portugal "possa enfrentar as suas dificuldades".
O primeiro-ministro salientou ainda que o documento "protege o modelo social" em que o país quer viver. "Julgo que todos aqueles que têm conhecimento de como está o mundo, como estão as incertezas dos mercados mundiais, como estão as incertezas económicas em todos os países desenvolvidos, sabem perfeitamente que o país tem necessidade deste orçamento", reforçou.
José Sócrates, no caso, pensa que se é bom primeiro-ministro só porque se usa gravata. Se calhar só porque conhece as cores do arco-íris, também pensa que é pintor.
Ninguém, ou quase ninguém (pudera!), se atreve a dizer ao chefe que ele vai nu. É confrangedor o culto ao chefe e aos diferentes “chefinhos” por parte dos socialistas. Eu sei que, quando o chefe passar de bestial a besta, não vão faltar socialistas com o dedo em riste... nem que seja uma prótese.
Mas, mesmo assim, tenho alguma dificuldade em entender como é que socialistas inteligentes continuam de cócoras e, parafraseando Renato Sampaio, têm “falta de coragem para escreverem o que pensam”.
Não fui eu quem escreveu: "Há um clima propício a comportamentos com raízes profundas na nossa História, desde os esbirros do Santo Ofício até aos bufos da PIDE". Quem o disse foi Manuel Alegre.
Mas a vida é mesmo assim. O presente (e se calhar o futuro) está para os que sabem assinar apenas o que lhe mandam, para os que têm coluna vertebral amovível e que quase sempre a deixam em casa, para os que pensam com a cabeça do chefe, seja ele qual for.
Estas são, aliás, características que podem abrir a qualquer cidadão lugares bem remunerados na Assembleia da República portuguesa, nos partidos, no governo, nas empresas públicas etc..
São cada vez mais os exemplos (políticos, empresariais etc.) dos que se julgam pianistas só porque compraram um piano. Aliás, continuam a ter em cima do piano a foto em que aparecem a cumprimentar José Sócrates (o cartão do partido, esse está na carteira).
Por outras palavras, se se medir o nível intelectual deste Portugal “made in Largo do Rato” pelo número de pianos, obras de arte etc. é certo que o país está bem colocado.
José Sócrates continua, reconheço, a fazer um deslumbrante “play-back” de Luciano Pavaroti. O problema é quando quer mesmo cantar. Nessa altura o que aparece é bem pior do que o Zé Cabra...
18.10.2010 - orlando.s.castro@gmail.com
Os portugueses para quem os tostões contam (todos os que não são deste PS) ficaram a saber que – dentro da filosofia de José Sócrates de comer e calar – vão também ver a tarifa de electricidade aumentada em 3,8%. E o governo através do dogmático Orçamento de Estado explica que a electricidade é um, mais um, luxo. Tem razão. Os portugueses bem podem aprender a viver sem comer... às escuras.
No entanto, como bem disse hoje o sumo pontífice do PS e perito dos peritos, o primeiro-ministro José Sócrates, a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2011 protege o emprego e o país da crise internacional.
Ora á está. Os 700 mil desempregados, bem como os 20 por cento de miseráveis e outros tantos de potenciais miseráveis, podem começar a pensar que vão encher a barriga. De promessas, de demagogia, é claro. Mas quando não há comida... qualquer coisa serve.
"Este orçamento é o orçamento que protege o país da crise internacional, protege a nossa economia, protege o emprego", afirmou o primeiro-ministro à margem da cerimónia de inauguração da nova base da companhia aérea Easyjet, em Lisboa.
José Sócrates disse ainda que o documento apresentado no sábado pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, "é absolutamente indispensável e necessário" para que Portugal "possa enfrentar as suas dificuldades".
O primeiro-ministro salientou ainda que o documento "protege o modelo social" em que o país quer viver. "Julgo que todos aqueles que têm conhecimento de como está o mundo, como estão as incertezas dos mercados mundiais, como estão as incertezas económicas em todos os países desenvolvidos, sabem perfeitamente que o país tem necessidade deste orçamento", reforçou.
José Sócrates, no caso, pensa que se é bom primeiro-ministro só porque se usa gravata. Se calhar só porque conhece as cores do arco-íris, também pensa que é pintor.
Ninguém, ou quase ninguém (pudera!), se atreve a dizer ao chefe que ele vai nu. É confrangedor o culto ao chefe e aos diferentes “chefinhos” por parte dos socialistas. Eu sei que, quando o chefe passar de bestial a besta, não vão faltar socialistas com o dedo em riste... nem que seja uma prótese.
Mas, mesmo assim, tenho alguma dificuldade em entender como é que socialistas inteligentes continuam de cócoras e, parafraseando Renato Sampaio, têm “falta de coragem para escreverem o que pensam”.
Não fui eu quem escreveu: "Há um clima propício a comportamentos com raízes profundas na nossa História, desde os esbirros do Santo Ofício até aos bufos da PIDE". Quem o disse foi Manuel Alegre.
Mas a vida é mesmo assim. O presente (e se calhar o futuro) está para os que sabem assinar apenas o que lhe mandam, para os que têm coluna vertebral amovível e que quase sempre a deixam em casa, para os que pensam com a cabeça do chefe, seja ele qual for.
Estas são, aliás, características que podem abrir a qualquer cidadão lugares bem remunerados na Assembleia da República portuguesa, nos partidos, no governo, nas empresas públicas etc..
São cada vez mais os exemplos (políticos, empresariais etc.) dos que se julgam pianistas só porque compraram um piano. Aliás, continuam a ter em cima do piano a foto em que aparecem a cumprimentar José Sócrates (o cartão do partido, esse está na carteira).
Por outras palavras, se se medir o nível intelectual deste Portugal “made in Largo do Rato” pelo número de pianos, obras de arte etc. é certo que o país está bem colocado.
José Sócrates continua, reconheço, a fazer um deslumbrante “play-back” de Luciano Pavaroti. O problema é quando quer mesmo cantar. Nessa altura o que aparece é bem pior do que o Zé Cabra...
18.10.2010 - orlando.s.castro@gmail.com
.
Sem comentários:
Enviar um comentário