ORLANDO CASTRO, jornalista – NOTÍCIAS LUSÓFONAS
O secretário-geral do Partido Socialista, por sinal também primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, advertiu hoje – segundo a Lusa - a direita de que não conseguirá aproveitar a crise “para atacar o Estado”, sublinhando que o PS manter-se-á firme na “garantia de serviços públicos” na educação e saúde. Isso é que é firmeza socialista. Tirar aos milhões que têm pouco, ou nada, para dar aos poucos que têm milhões é mesmo a imagem de marca deste PS.
No discurso de encerramento do XIV congresso da Federação Distrital do PS/Porto, José Sócrates aproveitou para deixar “uma mensagem simples à direita” em Portugal.
“Se querem aproveitar esta crise como pretexto para atacar o Estado e para realizar aquilo que foram sempre os seus intentos - umas vezes mais, outras vezes menos disfarçados - não conseguirão porque o Partido Socialista manter-se-á firme em que a Constituição deve manter, no caso da educação e da saúde, uma garantia de serviços públicos que assegure a igualdade”, afirmou.
Sócrates tem razão. O PS, este PS pelo menos, está mesmo firme na educação, na saúde e na igualdade. Firme, é claro, para os que são do PS, para os que vivem à custa do PS, para os que querem viver à custa do PS, para os que querem ser do PS para verem se acabam o estágio das novas oportunidades que lhe quer ensinar a viver sem comer.
O secretário-geral socialista disse ainda que a mobilização do PS “é muito importante” neste momento para que “assegure” uma “imagem” do partido aos portugueses. Sócrates pode estar descansado. Os portugueses sabem bem qual é a imagem do PS. Sempre que olham para os pratos vazios... lá está a sagrada imagem deste partido.
“Aqui está um partido socialista que quer servir os portugueses, no qual os portugueses podem ter confiança, que tem responsabilidade, que não vira a cara às dificuldades e que nunca deixa de tomar as medidas que são necessárias para servir o interesse geral”, enfatizou José Sócrates.
Nem os socialistas acreditam no que o chefe diz. Mas estar de acordo com ele é mais do que meio caminho andado para o sucesso, pelo menos enquanto ele for o dono do país.
Apesar das necessidades básicas que todos os portugueses têm, a maioria comida no prato, é para mim, hoje como ontem, confrangedor o culto ao chefe por parte dos socialistas. Eu sei que já há muitos a dar sinais de que a todo o momento (basta o chefe deixar de o ser) podem mudar de barricada. Mas, mesmo assim, tenho alguma dificuldade em entender como é que socialistas inteligentes continuam de cócoras e, parafraseando Renato Sampaio (o discípulo de Sócrates que lidera a distrital do PS no Porto), têm “falta coragem para escreverem o que pensam”.
Sobre o Orçamento do Estado para 2011, José Sócrates não tem dúvidas e, julga ele, raramente se engana. Vai daí garante o que tem garantido às segundas, quartas e sextas e desmentido às terças, quintas e sábados:
“Este orçamento abriga Portugal e dá segurança às empresas, às famílias, para que elas possam obter crédito, para que elas possam ter condições de financiamento que permitam fazer investimentos”, sustentou.
Garante a Lusa que isto foi dito por José Sócrates. E foi com certeza. Só falta saber se ele não estava numa daqueles típicas performances de primeiro-ministro do Burkina Faso, de presidente de Angola ou da Venezuela. Uma coisa é obrigar os portugueses a ter a barriga vazia, outra é gozar à grande com a dignidade que (ainda) têm.
Considerando que o orçamento apresentado “defende o crescimento e o emprego”, o secretário-geral do PS afirmou que estes sairiam ameaçados se nada se fizesse ou se nenhuma medida fosse tomada. A veracidade da tese de Sócrates pode, só por si, ser aquilatada através das consulta aos 700 mil desempregados.
Segundo Sócrates, o PS “é um partido de confiança”, no qual os portugueses “sabem que podem confiar”, já que está “preparado para responder às situações mais difíceis, venham elas de fora” ou de dentro.
É verdade. O PS é Portugal e Portugal é o PS. E não venha para cá o António Barreto dizer que “o primeiro-ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas”?
E não venha para cá o António Barreto dizer que “este é o mundo em que vivemos: a mentira é uma arte. Esta é a nossa sociedade: o cenário substitui a realidade. Esta é a cultura em vigor: o engano tem mais valor do que a verdade”-
23.10.2010 - orlando.s.castro@gmail.com
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O secretário-geral do Partido Socialista, por sinal também primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, advertiu hoje – segundo a Lusa - a direita de que não conseguirá aproveitar a crise “para atacar o Estado”, sublinhando que o PS manter-se-á firme na “garantia de serviços públicos” na educação e saúde. Isso é que é firmeza socialista. Tirar aos milhões que têm pouco, ou nada, para dar aos poucos que têm milhões é mesmo a imagem de marca deste PS.
No discurso de encerramento do XIV congresso da Federação Distrital do PS/Porto, José Sócrates aproveitou para deixar “uma mensagem simples à direita” em Portugal.
“Se querem aproveitar esta crise como pretexto para atacar o Estado e para realizar aquilo que foram sempre os seus intentos - umas vezes mais, outras vezes menos disfarçados - não conseguirão porque o Partido Socialista manter-se-á firme em que a Constituição deve manter, no caso da educação e da saúde, uma garantia de serviços públicos que assegure a igualdade”, afirmou.
Sócrates tem razão. O PS, este PS pelo menos, está mesmo firme na educação, na saúde e na igualdade. Firme, é claro, para os que são do PS, para os que vivem à custa do PS, para os que querem viver à custa do PS, para os que querem ser do PS para verem se acabam o estágio das novas oportunidades que lhe quer ensinar a viver sem comer.
O secretário-geral socialista disse ainda que a mobilização do PS “é muito importante” neste momento para que “assegure” uma “imagem” do partido aos portugueses. Sócrates pode estar descansado. Os portugueses sabem bem qual é a imagem do PS. Sempre que olham para os pratos vazios... lá está a sagrada imagem deste partido.
“Aqui está um partido socialista que quer servir os portugueses, no qual os portugueses podem ter confiança, que tem responsabilidade, que não vira a cara às dificuldades e que nunca deixa de tomar as medidas que são necessárias para servir o interesse geral”, enfatizou José Sócrates.
Nem os socialistas acreditam no que o chefe diz. Mas estar de acordo com ele é mais do que meio caminho andado para o sucesso, pelo menos enquanto ele for o dono do país.
Apesar das necessidades básicas que todos os portugueses têm, a maioria comida no prato, é para mim, hoje como ontem, confrangedor o culto ao chefe por parte dos socialistas. Eu sei que já há muitos a dar sinais de que a todo o momento (basta o chefe deixar de o ser) podem mudar de barricada. Mas, mesmo assim, tenho alguma dificuldade em entender como é que socialistas inteligentes continuam de cócoras e, parafraseando Renato Sampaio (o discípulo de Sócrates que lidera a distrital do PS no Porto), têm “falta coragem para escreverem o que pensam”.
Sobre o Orçamento do Estado para 2011, José Sócrates não tem dúvidas e, julga ele, raramente se engana. Vai daí garante o que tem garantido às segundas, quartas e sextas e desmentido às terças, quintas e sábados:
“Este orçamento abriga Portugal e dá segurança às empresas, às famílias, para que elas possam obter crédito, para que elas possam ter condições de financiamento que permitam fazer investimentos”, sustentou.
Garante a Lusa que isto foi dito por José Sócrates. E foi com certeza. Só falta saber se ele não estava numa daqueles típicas performances de primeiro-ministro do Burkina Faso, de presidente de Angola ou da Venezuela. Uma coisa é obrigar os portugueses a ter a barriga vazia, outra é gozar à grande com a dignidade que (ainda) têm.
Considerando que o orçamento apresentado “defende o crescimento e o emprego”, o secretário-geral do PS afirmou que estes sairiam ameaçados se nada se fizesse ou se nenhuma medida fosse tomada. A veracidade da tese de Sócrates pode, só por si, ser aquilatada através das consulta aos 700 mil desempregados.
Segundo Sócrates, o PS “é um partido de confiança”, no qual os portugueses “sabem que podem confiar”, já que está “preparado para responder às situações mais difíceis, venham elas de fora” ou de dentro.
É verdade. O PS é Portugal e Portugal é o PS. E não venha para cá o António Barreto dizer que “o primeiro-ministro José Sócrates é a mais séria ameaça contra a liberdade, contra autonomia das iniciativas privadas e contra a independência pessoal que Portugal conheceu nas últimas três décadas”?
E não venha para cá o António Barreto dizer que “este é o mundo em que vivemos: a mentira é uma arte. Esta é a nossa sociedade: o cenário substitui a realidade. Esta é a cultura em vigor: o engano tem mais valor do que a verdade”-
23.10.2010 - orlando.s.castro@gmail.com
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