Declarações de antigo Presidente norte-americano na biografia publicada esta semana
Amnistia Internacional
Amnistia Internacional
pede julgamento de Bush por ter admitido prática de tortura
PÚBLICO – REUTERS – 11 novembro 2010
Os Estados Unidos devem processar o antigo Presidente George W. Bush por ter permitido o recurso a tortura por afogamento simulado durante interrogatórios a suspeitos de terrorismo na prisão de Guantánamo, defende a organização de direitos humanos Amnistia Internacional.
Em causa está a afirmação de Bush na sua autobiografia “Decisions Points”, publicada na terça-feira, de ter autorizado o recurso à técnica de waterboarding (afogamento simulado) – prática considerada como tortura pela Amnistia, mas que Bush diz tratar-se de uma “técnica melhorada” para os interrogatórios, que “salvou vidas”.
“Segundo o direito internacional, qualquer [pessoa] que esteja envolvido em actos de tortura deve ser apresentado à justiça, e que não se exclua George W. Bush”, disse através de comunicado citado pela Reuters o director-adjunto da ONG, Cláudio Cordone.
A prática, segundo escreve o antigo Presidente republicano no livro, foi aplicada a três militantes da Al-Qaeda detidos em Guantánamo para evitar novos ataques terroristas e salvar vidas.
Entre eles encontrava-se Abu Zubaydah, membro da organização detido no Paquistão em 2002, a quem o director da CIA, George Tenet, ordenou a aplicação do afogamento simulado para tentar obter mais informações sobre o seu envolvimento numa tentativa suspeita de ataque ao aeroporto internacional de Los Angeles.
Bush sublinha na autobiografia que os conselheiros legais da Casa Branca garantiram que o afogamento simulado não estava na lei antitortura. “Há que confiar no julgamento das pessoas que estão à nossa volta”, escreve.
Actualmente, as directrizes de interrogatório estabelecidas nos Estados Unidos regem-se pelo Manual de Batalha do Exército, que exclui o waterboarding, desde a proibição decidida pelo actual Presidente norte-americano, Barack Obama pouco depois de ter assumido o cargo, em 2009.
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PÚBLICO – REUTERS – 11 novembro 2010
Os Estados Unidos devem processar o antigo Presidente George W. Bush por ter permitido o recurso a tortura por afogamento simulado durante interrogatórios a suspeitos de terrorismo na prisão de Guantánamo, defende a organização de direitos humanos Amnistia Internacional.
Em causa está a afirmação de Bush na sua autobiografia “Decisions Points”, publicada na terça-feira, de ter autorizado o recurso à técnica de waterboarding (afogamento simulado) – prática considerada como tortura pela Amnistia, mas que Bush diz tratar-se de uma “técnica melhorada” para os interrogatórios, que “salvou vidas”.
“Segundo o direito internacional, qualquer [pessoa] que esteja envolvido em actos de tortura deve ser apresentado à justiça, e que não se exclua George W. Bush”, disse através de comunicado citado pela Reuters o director-adjunto da ONG, Cláudio Cordone.
A prática, segundo escreve o antigo Presidente republicano no livro, foi aplicada a três militantes da Al-Qaeda detidos em Guantánamo para evitar novos ataques terroristas e salvar vidas.
Entre eles encontrava-se Abu Zubaydah, membro da organização detido no Paquistão em 2002, a quem o director da CIA, George Tenet, ordenou a aplicação do afogamento simulado para tentar obter mais informações sobre o seu envolvimento numa tentativa suspeita de ataque ao aeroporto internacional de Los Angeles.
Bush sublinha na autobiografia que os conselheiros legais da Casa Branca garantiram que o afogamento simulado não estava na lei antitortura. “Há que confiar no julgamento das pessoas que estão à nossa volta”, escreve.
Actualmente, as directrizes de interrogatório estabelecidas nos Estados Unidos regem-se pelo Manual de Batalha do Exército, que exclui o waterboarding, desde a proibição decidida pelo actual Presidente norte-americano, Barack Obama pouco depois de ter assumido o cargo, em 2009.
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