... e promova a reforma política
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PNE - LUSA
Macau, China, 12 nov (Lusa) - O Novo Macau Democrático entregou hoje ao Governo de Macau uma carta dirigida ao primeiro-ministro chinês a reivindicar a implementação da reforma política e a libertação dos dissidentes, como o Nobel da Paz Liu Xiaobo.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, vai deslocar-se no sábado ao território por ocasião da 3.ª conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa, estando planeados protestos por cinco associações locais.
O Novo Macau Democrático não organizará um protesto, tendo optado por entregar na sede do Governo de Macau uma petição dirigida a Wen Jiabao, esperando que o governante "receba a mensagem, implemente a reforma política e pare de ser um ator", salientou aos jornalistas na ocasião o presidente da associação, Jason Chao.
"Reivindicamos a promoção do progresso democrático e a libertação dos dissidentes, como o Nobel da Paz, Liu Xiaobo, e Zhou Lianhai (pai de uma criança afetada pela ingestão de leite contaminado com melanina)", referiu.
Zhou Lianhai foi condenado esta semana na China a dois e anos e meio de prisão por "incitar à desordem social" depois de ter liderado uma campanha pública para denunciar o escândalo do leite contaminado com melanina.
"Esperamos que o Governo chinês possa ser mais humano e exigimos a libertação de Liu Xiaobo, Zhou Lianhai e dos outros dissidentes", sublinhou Jason Chao.
Eleito este ano presidente da associação Novo Macau Democrático, Jason Chao, 23 anos, observou que Wen Jiabao "já expressou publicamente o seu desejo de reforma política na China, esperando-se, portanto, que o Governo chinês promova a sua implementação e que a mesma se estenda a Macau".
"Temos esperado muito tempo pela reforma do sistema político. Queremos que o sistema eleitoral seja mais democrático e esperamos que o primeiro-ministro chinês nos ajude e encoraje o Governo de Macau a implementar a reforma política", sustentou.
Quatro elementos do Novo Macau Democrático procuraram salientar a sua mensagem através de um cartaz em que uma fotografia do rosto de Wen Jiabao surgia em cima de uma estatueta do Óscar de "melhor ator", sobre a qual colocaram uma cruz vermelha.
"Um escritor chinês (Yu Jie) classificou Wen Jiabao, na sua obra mais recente, como o melhor ator da China, mas nós esperamos que ele não seja um ator e cumpra a sua palavra", explicou Jason Chao.
O Novo Macau Democrático atribuiu ainda, simbolicamente, o prémio "Wen Jiabao da Paz" ao chefe do Executivo de Macau, Fernando Chui Sai On, "na esperança que promova a reforma política no território o mais depressa possível".
O deputado e membro do Novo Macau Democrático, Ng Kuok Cheong, que acompanhou o grupo, justificou a aposta recente da associação nas camadas mais jovens: "Temos uma juventude com grande potencial em Macau, que tem 15 anos de escolaridade gratuita, o seu nível académico e preparação é melhor do que o nosso, por isso é altura de nos liderarem para fazermos algo em prol de Macau".
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Macau, China, 12 nov (Lusa) - O Novo Macau Democrático entregou hoje ao Governo de Macau uma carta dirigida ao primeiro-ministro chinês a reivindicar a implementação da reforma política e a libertação dos dissidentes, como o Nobel da Paz Liu Xiaobo.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, vai deslocar-se no sábado ao território por ocasião da 3.ª conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os países de língua portuguesa, estando planeados protestos por cinco associações locais.
O Novo Macau Democrático não organizará um protesto, tendo optado por entregar na sede do Governo de Macau uma petição dirigida a Wen Jiabao, esperando que o governante "receba a mensagem, implemente a reforma política e pare de ser um ator", salientou aos jornalistas na ocasião o presidente da associação, Jason Chao.
"Reivindicamos a promoção do progresso democrático e a libertação dos dissidentes, como o Nobel da Paz, Liu Xiaobo, e Zhou Lianhai (pai de uma criança afetada pela ingestão de leite contaminado com melanina)", referiu.
Zhou Lianhai foi condenado esta semana na China a dois e anos e meio de prisão por "incitar à desordem social" depois de ter liderado uma campanha pública para denunciar o escândalo do leite contaminado com melanina.
"Esperamos que o Governo chinês possa ser mais humano e exigimos a libertação de Liu Xiaobo, Zhou Lianhai e dos outros dissidentes", sublinhou Jason Chao.
Eleito este ano presidente da associação Novo Macau Democrático, Jason Chao, 23 anos, observou que Wen Jiabao "já expressou publicamente o seu desejo de reforma política na China, esperando-se, portanto, que o Governo chinês promova a sua implementação e que a mesma se estenda a Macau".
"Temos esperado muito tempo pela reforma do sistema político. Queremos que o sistema eleitoral seja mais democrático e esperamos que o primeiro-ministro chinês nos ajude e encoraje o Governo de Macau a implementar a reforma política", sustentou.
Quatro elementos do Novo Macau Democrático procuraram salientar a sua mensagem através de um cartaz em que uma fotografia do rosto de Wen Jiabao surgia em cima de uma estatueta do Óscar de "melhor ator", sobre a qual colocaram uma cruz vermelha.
"Um escritor chinês (Yu Jie) classificou Wen Jiabao, na sua obra mais recente, como o melhor ator da China, mas nós esperamos que ele não seja um ator e cumpra a sua palavra", explicou Jason Chao.
O Novo Macau Democrático atribuiu ainda, simbolicamente, o prémio "Wen Jiabao da Paz" ao chefe do Executivo de Macau, Fernando Chui Sai On, "na esperança que promova a reforma política no território o mais depressa possível".
O deputado e membro do Novo Macau Democrático, Ng Kuok Cheong, que acompanhou o grupo, justificou a aposta recente da associação nas camadas mais jovens: "Temos uma juventude com grande potencial em Macau, que tem 15 anos de escolaridade gratuita, o seu nível académico e preparação é melhor do que o nosso, por isso é altura de nos liderarem para fazermos algo em prol de Macau".
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
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