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Paris, 03 dez (Lusa) - O «site» WikiLeaks, que desde domingo está a divulgar telegramas norte-americanos, voltou hoje a estar acessível num novo endereço (wikileaks.ch) após seis horas de interrupção a nível mundial, noticiou a agência francesa AFP.
O «WikiLeaks mudou-se para a Suíça", anunciou o grupo na rede social Twitter.
O fornecedor de serviço de domínios EveryDNS.net (Domain Name System, DNS) tinha anunciado anteriormente em comunicado ter interrompido o serviço ao WikiLeaks na sequência de ataques maciços contra o «site» de divulgação de documentos secretos.
«EveryDNS.net forneceu um serviço de sistema de nome de domínio ao wikileaks.org até às 03:00 TMG (mesma hora em Lisboa), altura em que este serviço foi interrompido», de acordo com um comunicado no «site» EveryDNS.net.
Empresas como a EveryDNS.net fornecem nomes de domínios e transformam-nos em endereços IP (Internet Protocol), que indicam o local de um determinado equipamento (normalmente computadores) numa rede privada ou pública. Quando o serviço é interrompido, o "site" é desativado.
Numa mensagem publicada na rede social Twitter, o WikiLeaks reconhece que o seu domínio foi "morto" pelo EveryDNS.net.
O WikiLeaks começou no domingo a divulgar cerca de 250 000 despachos diplomáticos confidenciais morte-amereicanos, causando forte embaraço a vários governos.
O WikiLeaks afirma que tem sofrido interrupções desde que começou a divulgar milhares de telegramas confidenciais dos Estados Unidos.
De acordo com a AFP, o «site» Wikileaks continua alojado em França, nos servidores da sociedade OVH, e na Suécia.
Ao mesmo tempo que o «site» foi encerrado, a Scotland Yard anunciou à imprensa britânica que o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, poderá ser detido no sábado.
A Interpol indicou na terça-feira ter emitido um mandado de captura internacional contra Julian Assange, procurado na Suécia no âmbito de uma investigação por "violação e agressão sexual" a duas mulheres.
A 18 de novembro, a justiça sueca lançou um mandado de captura contra o australiano de 39 anos para o interrogar "por suspeitas razoáveis de violação, agressão sexual e coerção", crimes alegadamente cometidos em agosto deste ano.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
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