CORREIO DO BRASIL, com Adital - de Cartum
O Fórum Social Mundial (FSM), que se desenvolvia em Dacar, no Senegal, após seis dias repletos de atividades autogestionadas, marcha, assembleias de convergência e mobilizações, os participantes de mais de 120 países se despediram do evento que, desde 2001, reúne grandes contingentes de ativistas sociais para concretizar a construção de ‘outro mundo possível’.
Reunidos na Assembleia dos Movimentos Sociais, os membros das organizações participantes divulgaram a declaração, na noite passada, fruto de vários momentos de debate, troca de experiências e aprendizado. Muitas das demandas presentes no documento já estão na pauta dos movimentos desde o primeiro fórum, realizado em Porto Alegre. A intenção é mostrar que os povos continuam preparados e motivados para a luta por uma civilização humana livre até que ela se concretize verdadeiramente.
A realização do FSM em Dacar foi uma oportunidade de reafirmar o apoio à luta dos povos da África e do Costa do Marfim por democracia soberana e participativa. O direito à autodeterminação dos povos de Tunes, na Tunísia, do Egito e do mundo árabe também foi lembrado, já que recentemente estas nações despertaram e iniciaram uma luta pela democracia real e pela construção do poder popular.
Em sua declaração, os movimentos ressaltam que a luta contra o capitalismo continuará sendo priorizada. Por consequência, também segue firme a batalha contra as transnacionais que “sustentam o sistema capitalista, privatizam a vida, os serviços públicos e os bens comuns como a água, o ar, a terra, as sementes e os recursos naturais”.
– Exigimos a soberania dos povos na definição de nosso modo de vida. Exigimos políticas que protejam as produções locais que dignifiquem as práticas no campo e conservem os valores ancestrais da vida. Denunciamos os tratados neoliberais de livre comércio e exigimos a livre circulação de seres humanos – manifestam.
Desde já, os movimentos sociais chamam a uma união e mobilização especialmente do continente africano durante a Conferência do Clima das Nações Unidas – COP 17 em Durban, na África do Sul e na conferência Rio +20, no próximo ano, para que se possa exigir mais uma vez respeito aos direitos da Mãe Terra e o fim do acordo de Cancun, considerado ilegítimo. Desde a Cúpula dos Povos Contra as Mudanças Climáticas e pelos Direitos da Mãe Terra, os acordos firmados em Cochabamba, na Bolívia, são considerados a melhor saída para desacelerar o aquecimento global e garantir a justiça climática e a soberania alimentar.
Dentro da agenda unificada de lutas, a violência contra a mulher também é citada como um mal que deve ser combatido para garantir o desenvolvimento integral dos povos e nações. Ainda hoje, mulheres e meninas são abusadas em territórios ocupados militarmente e criminalizadas quando participam de lutas sociais. Com o mesmo intuito de defesa, os movimentos manifestam que também defendem a diversidade sexual e repudiam a violência sexista.
Deste FSM também saiu fortalecida a luta contra a criminalização do protesto social, as ocupações militares e em prol de uma comunicação livre, alternativa e democrática. E por tudo isso, desde já, todos e todas são chamados a fazer do dia 20 de março um dia mundial de solidariedade com o levantamento do povo árabe e africano, assim como fortalecer o 12 de outubro como dia de ação global contra o capitalismo.
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O Fórum Social Mundial (FSM), que se desenvolvia em Dacar, no Senegal, após seis dias repletos de atividades autogestionadas, marcha, assembleias de convergência e mobilizações, os participantes de mais de 120 países se despediram do evento que, desde 2001, reúne grandes contingentes de ativistas sociais para concretizar a construção de ‘outro mundo possível’.
Reunidos na Assembleia dos Movimentos Sociais, os membros das organizações participantes divulgaram a declaração, na noite passada, fruto de vários momentos de debate, troca de experiências e aprendizado. Muitas das demandas presentes no documento já estão na pauta dos movimentos desde o primeiro fórum, realizado em Porto Alegre. A intenção é mostrar que os povos continuam preparados e motivados para a luta por uma civilização humana livre até que ela se concretize verdadeiramente.
A realização do FSM em Dacar foi uma oportunidade de reafirmar o apoio à luta dos povos da África e do Costa do Marfim por democracia soberana e participativa. O direito à autodeterminação dos povos de Tunes, na Tunísia, do Egito e do mundo árabe também foi lembrado, já que recentemente estas nações despertaram e iniciaram uma luta pela democracia real e pela construção do poder popular.
Em sua declaração, os movimentos ressaltam que a luta contra o capitalismo continuará sendo priorizada. Por consequência, também segue firme a batalha contra as transnacionais que “sustentam o sistema capitalista, privatizam a vida, os serviços públicos e os bens comuns como a água, o ar, a terra, as sementes e os recursos naturais”.
– Exigimos a soberania dos povos na definição de nosso modo de vida. Exigimos políticas que protejam as produções locais que dignifiquem as práticas no campo e conservem os valores ancestrais da vida. Denunciamos os tratados neoliberais de livre comércio e exigimos a livre circulação de seres humanos – manifestam.
Desde já, os movimentos sociais chamam a uma união e mobilização especialmente do continente africano durante a Conferência do Clima das Nações Unidas – COP 17 em Durban, na África do Sul e na conferência Rio +20, no próximo ano, para que se possa exigir mais uma vez respeito aos direitos da Mãe Terra e o fim do acordo de Cancun, considerado ilegítimo. Desde a Cúpula dos Povos Contra as Mudanças Climáticas e pelos Direitos da Mãe Terra, os acordos firmados em Cochabamba, na Bolívia, são considerados a melhor saída para desacelerar o aquecimento global e garantir a justiça climática e a soberania alimentar.
Dentro da agenda unificada de lutas, a violência contra a mulher também é citada como um mal que deve ser combatido para garantir o desenvolvimento integral dos povos e nações. Ainda hoje, mulheres e meninas são abusadas em territórios ocupados militarmente e criminalizadas quando participam de lutas sociais. Com o mesmo intuito de defesa, os movimentos manifestam que também defendem a diversidade sexual e repudiam a violência sexista.
Deste FSM também saiu fortalecida a luta contra a criminalização do protesto social, as ocupações militares e em prol de uma comunicação livre, alternativa e democrática. E por tudo isso, desde já, todos e todas são chamados a fazer do dia 20 de março um dia mundial de solidariedade com o levantamento do povo árabe e africano, assim como fortalecer o 12 de outubro como dia de ação global contra o capitalismo.
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