Separatistas de Cabinda - Foto: FLEC VOA NEWS
Tati nega acusação mas diz que governo deve demonstrar "seriedade". Activistas dizem que Tati não tem mandato para negociar com Luanda.
O governo de Angola acusou a FLEC-FAC de ter abandonado conversações que decorriam há meses e de ter regressado à via militar.
Num comunicado, o executivo revelou que foi efectuada uma operação militar contra a FLEC, nos dias 1, 2 e 3 deste mês.
Segundo Luanda, a operação conjunta das FAA e da Polícia Nacional resultou na desarticulação das bases da FLAC e das suas unidades na fronteira, junto às povoações de Inhuca e Massabi.
A ofensiva deu-se, segundo o governo, um dia depois de a FLEC-FAC ter atacado, a 28 de Fevereiro, uma coluna logística civil com escolta militar, ataque semelhante a outro, desencadeado no dia 8 de Novembro.
O governo acusa a FLEC-FAC de “desistir das conversações” na altura em que se esperavam a assinatura de acordos rubricados anteriormente, para a cessação de hostilidades.
As negociações decorriam com uma facção da FLEC-FAC, que rompeu com Nzita Tiago, e que é liderada por Alexandre Tati. Tati disse à VOA que não abandonou as negociações e está pronto a reatá-las mas quer provas de seriedade do governo.
Em Cabinda, elementos da sociedade civil como Belchior Tati e José Tibúrcio Zinga Luemba, dizem que as conversações foram interrompidas mas frisaram que, na sua opinião, Tati não tinha legitimidade para negociar em nome de todos os Cabindas.
Lembram que quem negoceia sem essa legitimidade, como Bento Bembe, não consegue resolver o problema.
Elementos da sociedade civil cabindenses disseram que em primeiro lugar deveria haver um acordo entre todas as organizações de Cabinda.
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