quarta-feira, 20 de abril de 2011

CUBA – O DESFILE DO 50º ANIVERSÁRIO



Fidel Castro Ruz

Hoje tive o privilégio de apreciar o impressionante desfile com que nosso povo comemorou o 50º Aniversário da proclamação do caráter Socialista da Revolução e da vitória de Praia Girón.

Também se iniciou nesse dia o Sexto Congresso do Partido Comunista de Cuba.

Desfrutei muito da narração pormenorizada e da música, gestos, rostos, inteligência, marcialidade e combatividade de nosso povo; a Mabelita na cadeira de rodas com o rosto feliz e às crianças e adolescentes de “La Colmenita” multiplicados várias vezes.

Vale a pena ter vivido para o espetáculo de hoje, e vale a pena lembrar sempre os que morreram para torná-lo possível.

Ao iniciar-se nesta tarde o Sexto Congresso pude constatar, nas palavras de Raúl e no rosto dos delegados ao máximo evento de nosso Partido, o mesmo sentimento de orgulho.

Podia estar na praça, talvez uma hora debaixo do sol e do calor reinante, mas não três horas. Atraído pelo calor humano ali presente, ter-me-ia criado um dilema.

Acreditem que senti dor quando vi que alguns de vocês me procuravam na tribuna. Pensava que todos compreenderiam que não posso já fazer o que tantas vezes fiz.

Prometi-lhes ser um soldado das idéias, e esse dever ainda o posso cumprir.

Fidel Castro Ruz - 16 de abril de 2011

COMENTÁRIO DE MARTINHO JÚNIOR: AS VITÓRIAS DA REVOLUÇÃO

Foram muitas as vitórias da Revolução, mas aquelas que foram ganhas de armas na mão foram talvez das mais decisivas, para Cuba, para a América Latina, para Angola e para África.

Em Angola houve muitas batalhas ganhas, que em grande parte foram um vitorioso rescaldo da vitória de Girón:

Em 1975, as batalhas de Cabinda, de Kifangondo e do Ebo, decisivas para a independência e para a constituição da República Popular de Angola bem como, anos mais tarde, a vitória do Cuito Cuanavale, decisiva para o fim do “apartheid” na África do Sul e para garantia das independências da Namíbia e do Zimbabwe, banindo-se de toda a África Austral o espectro dos “bantustões”… e das bombas atómicas dos racistas sul africanos…

Há 50 anos era provavelmente impossível avaliar o alcance daquela vitória em Girón, mas hoje acho que todas as nações, países e povos das duas martgens do Atlântico, particularmente as nações formadas sobre as antigas rotas dos escravos, recordam-na também como uma vitória estratégica sua!

50 anos depois, faz-se com a memória de Girón a maior prova de vida: aquela que pouco a pouco garante o resgate do subdesenvolvimento de milhões e milhões de deserdados da Terra!

Martinho Júnior - Luanda.

In http://pt.cubadebate.cu/reflexoes-fidel/2011/04/17/o-desfile-do-50-aniversario/#comment-11

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