quinta-feira, 7 de abril de 2011

HAITI: A VIDA E A SAÚDE DUM POVO IRMÃO

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Juan Diego Nusa Peñalver (enviado especial) - GRANMA

ENQUANTO o Haiti já não parece ser notícia para alguns atores internacionais que vão embora do país, a brigada médica cubana reafirmou, na reunião de balanço anual, efetuada em Porto Príncipe, seu compromisso a favor da vida e da saúde deste irmão povo caribenho.

O chefe da missão médica cubana neste país, doutor Lorenzo Somarriba, ofereceu uma ampla panorâmica de um ano de trabalho, marcado por duas catástrofes sofridas por esta nação: a emergência derivada do terremoto devastador de janeiro de 2010, que em segundos matou mais de 300 mil pessoas e destruiu a fraca infraestrutura desta empobrecida nação, e uma terrível epidemia de cólera, que embora começa a peder terreno, ainda não foi vencida.

A reunião provocou uma profunda reflexão sobre as medidas para fortalecer o sistema nacional de saúde haitiano, nomeadamente o atendimento primário, a partir do projeto Cuba-Venezuela e dos acordos tripartites com o Brasil e outros países neste setor, e como eliminar e evitar a propagação desta epidemia de cólera.

Destaca neste esforço a terminação de dez hospitais comunitários de referência, financiados com verbas da ALBA, dois centros de saúde e um armazém para medicamentos e equipamentos médicos, atendidos por nossa brigada, responsável por 60 unidades do programa de saúde Cuba-Venezuela e com médicos em 87 centros do ministério da Saúde e População deste país.

Em meio a estas difíceis condições, nossos cooperadores realizaram durante o ano passado mais de 1,7 milhão de consultas (22,4%) de visitas às casas, 37.846 operações e 10.170 partos.

Destaca o fato de que nossos brigadistas sanitários atenderam ao 30% dos doentes de cólera no Haiti e somente tiveram que lamentar 6% do total de mortos por essa causa, o que demonstra a consagração na luta pela vida da família haitiana.

Na estratégia de trabalho para eliminar este padecimento letal foram recolocados os serviços das unidades e centros de tratamento da cólera, visando dispor do pessoal estritamente necessário, para poder garantir o resto do atendimento médico dos nossos cooperadores.

Agradeceu-se o apoio da Organização Mundial da Saúde, do Escritório Pan-americano da Saúde, do Programa Mundial de Alimentos e da Unicef.

Neste contexto, fez-se uma profunda análise sobre como poupar recursos materiais e financeiros, sobre uma maior educação econômica dos dirigentes, o controle dos meios básicos e uso racional dos equipamentos médicos, privilegiando o método clínico de diagnóstico.

Nas intervenções da chefa do grupo de trabalho do Partido, doutora Alina Cárdenas e do nosso embaixador, Ricardo García, e outros, dedicou-se especial atenção à preparação da reserva e ao melhoramento do trabalho da medicina cubana, nestes 12 anos de presença no Haiti. Neste setor, os resultados são específicos e confiantes a favor do futuro.

A reunião concluiu com duas notícias: a eleição da doutora Alina Cárdenas como delegada ao 6º Congresso do Partido, e a informação de que por segundo dia consecutivo, desde o início da epidemia, há mais de quatro meses, foram registrados menos de 100 casos de cólera nas regiões atendidas pela brigada médica cubana.

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