domingo, 10 de abril de 2011

Portugal: NEM TUDO É CÔR-DE-ROSA NO CONGRESSO E NO PS

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Sócrates anunciou cabeças-de-lista para Porto e Lisboa - foto ARTUR MACHADO/GLOBAL IMAGENS

Sócrates recebe apoio, apresenta "trunfos" e PS mantém "ataque" ao PSD

JORNAL DE NOTÍCIAS – 10 abril 2011

O segundo dia do XVII Congresso Nacional do PS, na Exponor, em Matosinhos, fica marcado pelo apoio em torno de José Sócrates, o apelo à mobilização dos socialistas para as eleições de 5 de Junho e muitas críticas ao PSD. Francisco Assis será o cabeça-de-lista pelo círculo do Porto e Ferro Rodrigues regressa à política nacional para concorrer por Lisboa.

O secretário-geral do PS, José Sócrates, pediu a palavra a meio das intervenções para anunciar que Francisco Assis será o cabeça-de-lista pelo círculo do Porto nas próximas eleições legislativas. Ferro Rodrigues foi anunciado como cabeça-de-lista por Lisboa, cenário que o JN já tinha avançado.

"Quero dizer-te José Sócrates que estou contigo, estarei sempre contigo nesta actual luta e neste teu combate", frisou Francisco Assis. Com a "grande emoção" de voltar a um congresso socialista sete anos depois de abandonar a liderança do PS, Ferro Rodrigues defendeu que os socialistas devem manifestar disponibilidade para o diálogo depois das eleições, mas agora o tempo é de "avançar" para "a vitória".

O socialista Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, defendeu que "o PS vence não quando se entrincheira" mas quando "propõe caminhos", defendendo que os socialistas estejam disponíveis para o "combate", mas também para o "diálogo" e o "abraço".

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, afirmou que a "rasteira" passada ao Governo e a Portugal teve como consequência "levantar o PS" e acusou os partidos de não cooperarem quando era "seu dever patriótico".

Pedro Silva Pereira fez saber que o PS não é indiferente ao apelo do manifesto de personalidades portugueses para um entendimento político, mas lamentou que esse apelo apenas tenha surgido depois da crise política. Quanto às eleições de 5 de Junho, o dirigente socialista considera que os portugueses terão de escolher entre uma "liderança preparada" de José Sócrates, ou um líder do PSD "inexperiente", Passos Coelho.

António Costa, presidente da Câmara de Lisboa, afirmou que "esta é a crise da intransigência de que quem não quis o compromisso e o consenso". E "o nosso programa é conhecido, não está escondido na manga", criticou, numa indirecta ao PSD, falando ainda do "lobo mau" disfarçado de "avozinha" para enganar o "capuchinho vermelho".

O socialista José Junqueiro citou figuras do PSD como Nogueira Leite, Paulo Rangel e Pacheco Pereira para criticar o líder dos sociais-democratas, Pedro Passos Coelho, e acusou PCP e BE de serem uma esquerda "inútil".

Também António Vitorino se dirigiu aos congressistas para criticar o PSD, que acusou de "ingerência" nos assuntos internos do PS e deixou um apelo especial aos que ponderam usar o voto como protesto em Junho.

Manuel Alegre declarou que "o PS está aberto ao diálogo", sendo necessário consenso no momento de "pensar em Portugal, acima de querelas partidárias". Mas "consenso não é colocar o PS a reboque do PSD", avisou.

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