sexta-feira, 8 de abril de 2011

TRAGÉDIA EM ESCOLA DO RIO, DOR IMENSA POR TODO O BRASIL

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Redação

É inqualificável o que ontem se passou numa escola do Rio de Janeiro, um psicopata logrou penetrar nas instalações e roubar a vida a 12 crianças e ferir outras. As narrações de quem sobreviveu são dolorosas de ler, as parcelas de vídeos que nos mostram crianças a fugir angustiam-nos e entristecem-nos, transmitindo-nos alegria pelas crianças que conseguiram escapar aos atos bárbaros de um cidadão brasileiro demente que não foi devidamente acompanhado psiquiatricamente, como devia.

A tristeza invade-nos. A todos que são humanos e distantes daquelas crianças, muito mais sofrem os familiares e a comunidade próxima que os via todos os dias crescer e prepararem-se para a vida, de preferência boa, como decerto todos lhes desejavam.

O Brasil sofre por aquelas crianças e por nada mais poder fazer do que chorar as mortes dos inocentes. Todos os elementos da Fábrica dos Blogues que labora neste Página Um, assim como nas outras publicações, brasileiros, angolanos, portugueses e timorenses, comungam da tristeza, revolta e dor pelo ocorrido. A nossa solidariedade principal, o nosso gesto de ternura, vai diretamente para os familiares, colegas e amigos das crianças vítimas daquele ato tresloucado.

Familiares e amigos desmaiam em velório de vítimas do massacre em Realengo

DIOGO DIAS – O DIA – 08 abril 2011

Prefeito Eduardo Paes foi até o local e abraçou os pais das quatro meninas mortas durante ataque

Rio - O velório de quatro vítimas do massacre na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na manhã desta sexta-feira, fez com que parentes e amigos passassem mal e várias pessoas chegaram a desmaiar no cemitério Murundu, também em Realengo. Oito médicos precisaram ser chamados às pressas e duas ambulâncias estão no local. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, esteve no cemitério durante 15 minutos e abraçou os pais das crianças. Mais de 200 pessoas estiveram presentes ao cemitério.

As vítimas que estão sendo veladas no local são Bianca Rocha Tavares, de 13 anos, Géssica Guedes Pereira, que não teve a idade divulgada, Laryssa Silva Martins, de 13 anos, e Mariana Rocha de Souza, de 12 anos. Paes se emocionou ao falar sobre as atitudes que pretende tomar quanto ao local da tragédia. "Ainda vou sentar com a Claudia Costin (secretária de Educação) para conversar sobre a escola. Vamos fazer de tudo para voltar à normalidade", disse.

O prefeito conversou com a imprensa e chegou às lágrimas ao falar sobre seus filhos de 5 e 6 anos de idade. "Vim abraçar as famílias. Toda a cidade está comovida e precisamos dar carinho a estas pessoas. Mas não há consolo que resolva a dor deles", afirmou. O helicóptero da Polícia Civil homenageou as vítimas jogando pétálas de rosas sobre os caixões.



Multidão se aglomora no Cemitério Jardim da Saudade

Uma multidão compareceu ao Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste do Rio, para acompanhar o sepultamento de quatro crianças vítimas do ataque a tiros à Escola Tasso da Silveira, em Realengo. No local, foram velados e enterrados Larissa dos Santos Atanázio (13 anos), Luisa Paula da Silveira Machado (14 anos), Rafael Pereira da Silva (14 anos) e Karine Lorraine Chagas (14 anos).

Assim como no sepultamento de outras vítimas do massacre à escola, no Cemitério do Murundu, várias pessoas precisaram de atendimento médico durante a cerimônia de sepultamento. Em decorrência do problema de lotação, o corpo de Rafael Pereira da Silva foi velado em um local improvisado em um corredor do cemitério.

Durante as cerimônias, um helicóptero da Polícia Civil sobrevoou o local e jogou pétalas de flores sobre as pessoas.

Psicopata mata 12 estudantes em colégio municipal

Manhã de 7 de abril de 2011. São 8h20 de mais um dia que parecia tranquilo na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste. Mas o psicopata que bate à porta da sala 4 do segundo andar está prestes a mudar a rotina de estudantes e professores, que festejam os 40 anos do colégio. Wellington Menezes de Oliveira, um ex-aluno de 24 anos, entra dizendo que vai dar palestra. Coloca a bolsa em cima da mesa da professora, saca dois revólveres e dá início a um massacre em escola sem precedentes na História do Brasil. Nos minutos seguintes, a atrocidade deixa 12 adolescentes mortos e 12 feridos.

Transtornado, o assassino atacou alunos de duas turmas do 8º ano (1.801 e 1.802), antiga 7ª série. As cenas de terror só terminam com a chegada de três policiais militares. No momento em que remuniciava dois revólveres pela terceira vez, o assassino é surpreendido por um sargento antes de chegar ao terceiro andar da escola. O tiro de fuzil na barriga obriga Wellington a parar. No fim da subida, ele pega uma de suas armas e atira contra a própria cabeça.

Na escola, a situação é de caos. Enquanto crianças correm — algumas se arrastam, feridas —, moradores chegam para prestar socorro. PMs vasculham o prédio, pois havia a informação da presença de outro atirador. São mais cinco minutos de pânico e apreensão. Em seguida, começa o desespero e o horror das famílias.

A notícia se alastra pelo bairro. Parentes correm para a escola em busca de notícias. O motorista de uma Kombi para em solidariedade. Ele parte rumo ao Hospital Albert Schweitzer, no mesmo bairro, com seis crianças na caçamba, quase todas com tiros na cabeça ou tórax.

Wellington, que arrasou com a vida de tantas famílias, era solitário. Segundo parentes, jamais teve amigos e passava os dias na Internet ou lendo livros sobre religião. Naquela mesma escola, entre 1999 e 2002, período em que lá estudou, foi alvo de ‘brincadeiras’ humilhantes de colegas, que chegaram a jogá-lo na lata de lixo do pátio.

A carta encontrada dentro da bolsa do assassino tenta explicar o inexplicável. Fala em pureza, mostra uma incrível raiva das mulheres — dez dos 12 mortos — e pede para ser enrolado num lençol branco que levou para o prédio do massacre. O menino que não falava com ninguém deixou seu recado marcado com sangue de inocentes estudantes de Realengo.



1 comentário:

Anónimo disse...

não contem para ninguém:

o assassino era um homossexual soropositivo, mas isso não vai sair na mídia brasileira, já que essa é dominada por homossexuais.

não contem para ninguém, tá?