DEPOIS DO CHERNE VEM O GORAZ

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Miguel Macedo, voraz goraz

PORTUGAL DIRETO

OS VAMPIROS AGORA SÃO PEIXÕES

Inspirada num poeta, o epíteto carinhoso que a mulher de Durão Barroso lhe emprestou deu brado e ficou nas memórias dos portugueses que pelo país se esqueceram do nome de registo do político e o tratavam e tratam por Cherne. Não com carinho mas decerto por consideraram que o seu olhar parado, inexpressivo, tenha algo em comum com aquele peixe caríssimo, que não é acepipe para a maioria das bolsas dos pobretanas de Portugal, também em maioria.

Barroso, o Cherne, do PSD, aquele pescado, foi e é de preço tão elevado que teve de emigrar para o aquário gigante da UE em Bruxelas fornecido de escamas guelras valiosas made in George W. Bush por via de uma patranha de substâncias e armamento satânico em posse de Sadan Hussein. E o Cherne por lá continua a nadar entre milhares e milhões por recompensa. Como é o dito: favores dos Açores também em Bruxelas se pagam.

Também do PSD surge agora outro denunciado peixão: Miguel Macedo, líder parlamentar. Goraz e voraz.

Goraz, porque olhando-lhe para os olhos e recorrendo à memória do peixão Barroso, aliás, o Cherne, encontramos-lhe parecenças no olhar com aquele escamudo e oneroso exemplar piscícola de alto mar.

Voraz, porque demonstra a sua esfaimada tendência para considerar que o que é negado aos que quase nada têm, aos que já estão praticamente na miséria, será a salvação da crise, pretendendo fazer-nos ignorar que é ele e os da sua espécie, os peixões, que a troco de escandalosas e vorazes comezainas e mordomias depauperam os bens do estado, do desértico oceano português.

Este Miguel Macedo, suposto representante e defensor dos interesses dos seus eleitores, teve a prosápia de dizer à Lusa que o “governo”, ou quem o disser, está a “fantasiar sobre o desmantelamento do estado social”, como se isso não fosse verdade, como se quotidianamente não deparássemos com esse mesmo desmantelamento ao recorrermos ao Serviço Nacional de Saúde e outros serviços sociais que existiam, que funcionavam, e que agora não existem ou se ainda semi-existem não funcionam, ou funcionam praticamente sem modo de satisfazer o que constitucionalmente, só constitucionalmente, ainda nos é garantido. Na prática, em inúmeros exemplos, isso já é mentira.

Temos assim um Goraz voraz que recorre a retirar aos que já quase nada têm em vez de o fazer aos da sua espécie gorda e anafada, física e bancáriamente.

O nojo que estes peixes ditos finos causam leva-nos às náuseas. Não temos médicos de família, falecemos sem os cuidados devidos e garantidos constitucionalmente porque ficámos atascados em listas de espera de cuidados médicos que não andam nem desandam. Vimos as reformas valerem cada vez menos, vimos as idades de reforma serem aumentadas com a política do “trabalhar até morrer porque precisamos de explorar mais”. Vimos subsídios, apoios familiares a famílias carenciadas, etc, etc, serem negados ou reduzidos… Vimos os peixões Gorazes, Chernes, Moreias, Tubarões, Deputados, Ministros, Assessores, Presidentes, Gestores, etc, e mais chusma parasitária, empanturrar-se qual Goraz voraz, sem que a isso seja posto cobro.

Saibamos interpretar (vide o espécimen): os olhos e a expressão do Goraz mostram que correspondem à sua voracidade. Não por acaso o outro então cantava, em alerta, que Eles Comem Tudo. Eles eram Vampiros então. Porque Mudam os Tempos Mudam as Vontades os Vampiros deram em airosos charlatães, mergulharam e transformaram-se em enormes e vorazes peixes, insaciáveis.

PSD acusa Governo de "fantasiar" ataque ao Estado Social

Agostinho Leite (LUSA)

Lisboa, 11 set (Lusa) - O líder parlamentar do PSD acusou hoje o Governo de "fantasiar" sobre o desmantelamento do Estado Social, considerando que as declarações de Teixeira dos Santos sobre o Serviço Nacional de Saúde mostram que é necessário reduzir a despesa.

"Tal como temos vindo a afirmar repetidamente, a preocupação em relação à despesa é enorme e o senhor ministro das Finanças não está mais do que a refletir isso [nas suas declarações], essa nossa preocupação não tem nada a ver com uma política de ataque ao SNS", afirmou à agência Lusa Miguel Macedo.

O presidente da bancada 'laranja' referia-se às palavras do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, que na sexta feira considerou que o SNS tem pela frente um grande desafio, que "exige melhorias na sua gestão" e no "cumprimento dos prazos de pagamento" aos fornecedores.

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