
CORREIO DO MINHO – 19 setembro 2010
O Presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, manifestou-se preocupado com a situação na vizinha Guiné-Conacry, sublinhando que a instabilidade registada naquele país poderá ter repercussões na Guiné-Bissau.
“Há muita coisa ainda a fazer para estabilizar também a Guiné-Conacry”, afirmou o Presidente guineense, momentos após ter aterrado no aeroporto internacional de Bissau proveniente da cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que decorreu sexta feira em Abuja, na Nigéria, e de uma visita à Guiné-Conacry.
“É um bocado preocupante, porque efetivamente entre os dois candidatos parece que é difícil fazerem entender-se”, afirmou.
“A instabilidade na Guiné-Conacry poderá ter logo repercussões na Guiné-Bissau, mas não é só isso. É que a instabilidade na Guiné significa instabilidade no continente”, sublinhou.
“Portanto, se a nossa sub-região, que já se libertou da confusão da Serra Leoa, da Libéria e agora está a caminhar para se libertar da confusão da Guiné-Bissau, entrar outra vez na confusão da Guiné-Conacry francamente será triste. Esperemos que isso não venha a acontecer”, salientou.
“Nós na Guiné encontramos agora um caminho de saída e que os nossos irmãos da Guiné-Conacry tenham a coragem, foi o que lhes disse, paciência, capacidade e inteligência para conduzirem aquele processo até ao fim, afirmou Malam Bacai Sanhá.
A segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Conacri, que deveria acontecer no domingo, foi adiada devido a falta de preparação.
O anúncio do adiamento aconteceu após uma reunião, também na quarta feira, entre o primeiro ministro interino da Guiné-Conacri, Jean-Marie Dore, e os dois candidatos presidenciais, Cellou Dalein Diallo e Alpha Conde.
A preparação das eleições tinha sido posta em causa pela violência provocada pela convicção da existência de fraude realizada por dois funcionários eleitorais.
A primeira volta das eleições, realizada em 27 de junho, foi considerada como a primeira votação democrática na Guiné-Conacri desde sua independência, em 1958, aumentando as esperanças do fim do regime militar e autoritário naquele país rico em minerais.
Diallo, que é considerado favorito depois de ganhar 43,69 por cento dos votos, segundo os resultados oficiais da primeira volta, manifestou-se contra o adiamento.
O seu adversário, Conde, que obteve 18,25 por cento dos votos, de acordo com o escrutínio, exigiu a nomeação de um novo presidente do CENI.
Na semana passada, seguidores de Conde e Diallo envolveram-se em confrontos de que resultaram pelo menos um morto e 50 feridos, o que levou o Governo a suspender as campanhas eleitorais.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo ortográfico ***
O Presidente guineense, Malam Bacai Sanhá, manifestou-se preocupado com a situação na vizinha Guiné-Conacry, sublinhando que a instabilidade registada naquele país poderá ter repercussões na Guiné-Bissau.
“Há muita coisa ainda a fazer para estabilizar também a Guiné-Conacry”, afirmou o Presidente guineense, momentos após ter aterrado no aeroporto internacional de Bissau proveniente da cimeira da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que decorreu sexta feira em Abuja, na Nigéria, e de uma visita à Guiné-Conacry.
“É um bocado preocupante, porque efetivamente entre os dois candidatos parece que é difícil fazerem entender-se”, afirmou.
“A instabilidade na Guiné-Conacry poderá ter logo repercussões na Guiné-Bissau, mas não é só isso. É que a instabilidade na Guiné significa instabilidade no continente”, sublinhou.
“Portanto, se a nossa sub-região, que já se libertou da confusão da Serra Leoa, da Libéria e agora está a caminhar para se libertar da confusão da Guiné-Bissau, entrar outra vez na confusão da Guiné-Conacry francamente será triste. Esperemos que isso não venha a acontecer”, salientou.
“Nós na Guiné encontramos agora um caminho de saída e que os nossos irmãos da Guiné-Conacry tenham a coragem, foi o que lhes disse, paciência, capacidade e inteligência para conduzirem aquele processo até ao fim, afirmou Malam Bacai Sanhá.
A segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Conacri, que deveria acontecer no domingo, foi adiada devido a falta de preparação.
O anúncio do adiamento aconteceu após uma reunião, também na quarta feira, entre o primeiro ministro interino da Guiné-Conacri, Jean-Marie Dore, e os dois candidatos presidenciais, Cellou Dalein Diallo e Alpha Conde.
A preparação das eleições tinha sido posta em causa pela violência provocada pela convicção da existência de fraude realizada por dois funcionários eleitorais.
A primeira volta das eleições, realizada em 27 de junho, foi considerada como a primeira votação democrática na Guiné-Conacri desde sua independência, em 1958, aumentando as esperanças do fim do regime militar e autoritário naquele país rico em minerais.
Diallo, que é considerado favorito depois de ganhar 43,69 por cento dos votos, segundo os resultados oficiais da primeira volta, manifestou-se contra o adiamento.
O seu adversário, Conde, que obteve 18,25 por cento dos votos, de acordo com o escrutínio, exigiu a nomeação de um novo presidente do CENI.
Na semana passada, seguidores de Conde e Diallo envolveram-se em confrontos de que resultaram pelo menos um morto e 50 feridos, o que levou o Governo a suspender as campanhas eleitorais.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo ortográfico ***
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