domingo, 10 de outubro de 2010

A SÓCRATES NÃO BASTA ROUBAR, AINDA GOZA COM AS VÍTIMAS...

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ORLANDO CASTRO, jornalista – NOTÍCIAS LUSÓFONAS

O organismo responsável pela cobrança de impostos em Portugal (cada vez mais não se trata de cobrança mas de assalto, de roubo) resolveu em época de vacas esqueléticas comemorar os seus 160 anos. Vai daí, pouco preocupado com os 700 mil desempregados, com os 20% de portugueses que vivem na miséria e os outros 20% que para lá caminham, fez uma festa em que - no mínimo - gastou a módica quantia e 220 mil euros.

De facto, foi essa a verba que a Direcção-Geral das Contribuições e Impostos (DGCI) diz ter gasto com a comemoração. Tudo se passou em Novembro de 2009, época em que todos os portugueses de segunda já sabiam que havia crise da grossa.

Estas despesas, segundo o DN, incluem os gastos do jantar pago a todos os directores das Finanças, mas - por lapso ou por mais uma manifesta passagem de um atestado de estupidez aos portugueses - não contemplam as despesas de pernoita de cerca de 900 pessoas que se deslocaram a Lisboa para assistir às comemorações.

Não está mal. E depois ainda aparece o primeiro-ministro, José Sócrates, a querer que os portugueses acreditem que Portugal é um Estado de Direito...

Mas, para o actual governo, não há jantares de primeira e de segunda para os seus acólitos. Não importa que cada vez mais portugueses estejam a aprender a viver sem comer, o que releva é que os socialistas estão acima da plebe.

A dar prova dessa equidade, um jantar de comemoração dos 20 anos da ANACOM custou a módica e austera quantia de 150 mil euros.

Regressemos, contudo, ao austero e socialista exemplo da DGCI. Só o jantar propriamente dito, servido como mandam as regras socialistas pela Casa do Marquês, custou 73 mil euros, e o aluguer de um espaço condigno (pois claro!) no Pavilhão Atlântico levou 47 mil euros.

Foram também pagos 38 500 euros à empresa Springbreak, Lda (cujo registo não consta do portal do Ministério da Justiça) por "serviços prestados no evento". E como festa socialista que se preze não pode abdicar das novas tecnologias, foram gastos 25 mil euros no aluguer de equipamento audiovisual e ainda 7500 euros para que fosse criado um vídeo comemorativo.

Também é claro que, em época de crise para os portugueses de segunda, os de primeira (socialistas) merecem que tudo seja feito como mandam as regras dos bons ladrões. Já este ano, José Sócrates manteve o contrato de aquisição e manutenção de arranjos florais, estabelecendo um contrato de três anos no valor de 63 mil euros.

E mesmo que seja nos Açores, os socialistas são os mesmos, Vai daí, o Turismo dos Açores pagou 1,5 milhões de euros à sociedade New Seven Wonders, para que fosse organizada a cerimónia das 7 Maravilhas Naturais do Portugal socialista.

Enquanto isso, aos portugueses de segunda não basta serem fididos como ainda têm de pagar para ser serem roubados.

10.10.2010 - orlando.s.castro@gmail.com
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