ORLANDO CASTRO, jornalista – NOTÍCIAS LUSÓFONAS
Portugal e o seu governo socialista continuam a dar provas do que (nada) valem. Ana Paula Vitorino, ex-secretária de Estado dos Transportes, terá testemunhado em tribunal que Mário Lino, ex-ministro das Obras Públicas, a tentou sensibilizar (um eufemismo) para os problemas que existiam entre o empresário Manuel Godinho (o único arguido em prisão preventiva no processo Face Oculta) e a Rede Ferroviária Nacional (Refer), alegando que aquele empresário (tal como muitos outros) era “amigo do PS”.
E como todos sabem, ser amigo do PS é, foi e será (enquanto eles forem os donos do país) mais do que meio caminho andado para se conseguir tudo e mais alguma coisa. Enquanto Portugal não for um Estado de Direito, é mesmo assim que as coisas funcionam.
Este pedido de intervenção de Mário Lino, segundo o jornal Público, terá acontecido numa altura em que o sucateiro Manuel Godinho queria mais contratos com a empresa, mas o presidente da Refer, Luís Pardal, não queria a adjudicação de mais concursos a este empresário.
O processo Face Oculta investiga casos de corrupção relacionados com empresas privadas e do sector empresarial do Estado. Até ao momento, foram constituídos mais de 20 arguidos, incluindo Armando Vara, ex-ministro socialista e vice-presidente do BCP, que suspendeu as funções, José Penedos, presidente da REN, suspenso de funções pelo tribunal, e o seu filho Paulo Penedos, advogado da empresa SCI-Sociedade Comercial e Industrial de Metalomecânica SA. Esta é a empresa que está no centro da investigação e o seu proprietário.
Este é mais um caso que mostra que a Portugal já não há nada que lhe valha. É claro que, no meio desta enorme teia de corrupção, há lugares para todos, mas sobretudo para os invertebrados, quase todos amigos do José e do Joaquim. Do primeiro para agradar ao soba, do segundo para não perderem o emprego.
Com a hipocrisia típica e atávica que caracteriza os donos da verdade em Portugal, até vemos os josés e os joaquins do reino a recordar, comovidos, os milhões de portugueses que já estão quase diplomados (não ao domingo mas durante todos os dias da semana) a viver sem comer.
Na altuta do Orçamento de Estado socialista para 2009, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, José Sócrates, disse que “neste momento todas as famílias portuguesas precisam da ajuda do Estado”, pelo que o Orçamento versa essencialmente medidas de apoio às empresas e famílias, que são as possíveis pois “ir mais além seria alimentar o défice excessivo”.
Isso foi em 2009. Hoje é diferente. As empresas e as famílias já não precisam de ajuda do Estado. O que o secretário-geral do PS queria, de facto, dizer em 2009 e continua a dizer hoje, é que “neste momento todas as famílias portuguesas precisam da ajuda do Partido Socialista” se, agora digo eu, quiserem sobreviver.
É que, nas ditas ocidentais praias lusitanas a norte de Marrocos, existem dois tipos de portugueses (isto para além das outras 150 nacionalidades): os de primeira (socialistas, de preferência com cartão de militância e sem coluna vertebral), e os de segunda (todos os outros).
Aliás, já prevendo que todos os não socialistas (os tais portugueses de segunda) iriam precisar da ajuda do PS, há muito que a solução é conhecida. E a solução foi, é e será a seguinte:
1. Fazer o download da ficha de militante do PS (em formato PDF) e imprimi-la;
2. Lê-la (se souber) e preencher (se souber, se não... alguém o fará por si) todos os campos;
3. Enviar a ficha devidamente preenchida e assinada (ou com impressão digital), por CTT, para:
Partido Socialista - Departamento Nacional de Dados, Largo do Rato, 21269-143 Lisboa.
Se preferir, poderá optar por entregar a ficha de militante na secção do PS da sua zona de residência. Se não existir nenhuma, o que será caso raro, avise que o secretário-geral manda logo arranjar uma.
Se tiver dúvidas relacionadas com o preenchimento, poderá ligar para a Linha Azul PS (o azul é só para disfarçar!) 808 201 695 808 201 695.
27.10.2010 - orlando.s.castro@gmail.com
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Portugal e o seu governo socialista continuam a dar provas do que (nada) valem. Ana Paula Vitorino, ex-secretária de Estado dos Transportes, terá testemunhado em tribunal que Mário Lino, ex-ministro das Obras Públicas, a tentou sensibilizar (um eufemismo) para os problemas que existiam entre o empresário Manuel Godinho (o único arguido em prisão preventiva no processo Face Oculta) e a Rede Ferroviária Nacional (Refer), alegando que aquele empresário (tal como muitos outros) era “amigo do PS”.
E como todos sabem, ser amigo do PS é, foi e será (enquanto eles forem os donos do país) mais do que meio caminho andado para se conseguir tudo e mais alguma coisa. Enquanto Portugal não for um Estado de Direito, é mesmo assim que as coisas funcionam.
Este pedido de intervenção de Mário Lino, segundo o jornal Público, terá acontecido numa altura em que o sucateiro Manuel Godinho queria mais contratos com a empresa, mas o presidente da Refer, Luís Pardal, não queria a adjudicação de mais concursos a este empresário.
O processo Face Oculta investiga casos de corrupção relacionados com empresas privadas e do sector empresarial do Estado. Até ao momento, foram constituídos mais de 20 arguidos, incluindo Armando Vara, ex-ministro socialista e vice-presidente do BCP, que suspendeu as funções, José Penedos, presidente da REN, suspenso de funções pelo tribunal, e o seu filho Paulo Penedos, advogado da empresa SCI-Sociedade Comercial e Industrial de Metalomecânica SA. Esta é a empresa que está no centro da investigação e o seu proprietário.
Este é mais um caso que mostra que a Portugal já não há nada que lhe valha. É claro que, no meio desta enorme teia de corrupção, há lugares para todos, mas sobretudo para os invertebrados, quase todos amigos do José e do Joaquim. Do primeiro para agradar ao soba, do segundo para não perderem o emprego.
Com a hipocrisia típica e atávica que caracteriza os donos da verdade em Portugal, até vemos os josés e os joaquins do reino a recordar, comovidos, os milhões de portugueses que já estão quase diplomados (não ao domingo mas durante todos os dias da semana) a viver sem comer.
Na altuta do Orçamento de Estado socialista para 2009, o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, José Sócrates, disse que “neste momento todas as famílias portuguesas precisam da ajuda do Estado”, pelo que o Orçamento versa essencialmente medidas de apoio às empresas e famílias, que são as possíveis pois “ir mais além seria alimentar o défice excessivo”.
Isso foi em 2009. Hoje é diferente. As empresas e as famílias já não precisam de ajuda do Estado. O que o secretário-geral do PS queria, de facto, dizer em 2009 e continua a dizer hoje, é que “neste momento todas as famílias portuguesas precisam da ajuda do Partido Socialista” se, agora digo eu, quiserem sobreviver.
É que, nas ditas ocidentais praias lusitanas a norte de Marrocos, existem dois tipos de portugueses (isto para além das outras 150 nacionalidades): os de primeira (socialistas, de preferência com cartão de militância e sem coluna vertebral), e os de segunda (todos os outros).
Aliás, já prevendo que todos os não socialistas (os tais portugueses de segunda) iriam precisar da ajuda do PS, há muito que a solução é conhecida. E a solução foi, é e será a seguinte:
1. Fazer o download da ficha de militante do PS (em formato PDF) e imprimi-la;
2. Lê-la (se souber) e preencher (se souber, se não... alguém o fará por si) todos os campos;
3. Enviar a ficha devidamente preenchida e assinada (ou com impressão digital), por CTT, para:
Partido Socialista - Departamento Nacional de Dados, Largo do Rato, 21269-143 Lisboa.
Se preferir, poderá optar por entregar a ficha de militante na secção do PS da sua zona de residência. Se não existir nenhuma, o que será caso raro, avise que o secretário-geral manda logo arranjar uma.
Se tiver dúvidas relacionadas com o preenchimento, poderá ligar para a Linha Azul PS (o azul é só para disfarçar!) 808 201 695 808 201 695.
27.10.2010 - orlando.s.castro@gmail.com
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