segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Acordos e contratos assinados em Lisboa valem 1.000 milhões de dólares

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AC – JCS – RBV - LUSA

Pequim, 08 nov (Lusa) -- A imprensa chinesa estimou em mil milhões de dólares o montante dos acordos e contratos empresariais assinados no domingo em Lisboa durante a visita do presidente chinês, Hu Jintao.

"Hu Jintao e o Primeiro-ministro português, José Sócrates, presidiram à assinatura de acordos e contratos sobre projetos de infraestruturas, energias renováveis e turismo no valor de 1.000 milhões de dólares", disse hoje o jornal China Daily.

O presidente chinês regressou a Pequim hoje de manhã (hora local), concluindo uma visita de quatro dias a França e Portugal.

Num texto de primeira página, ilustrado com uma fotografia a quatro colunas de Hu Jintao com o homologo português, Aníbal Cavaco Silva, o China Daily realçou que a viagem do presidente chinês "fortaleceu os laços económicos e políticos com a Europa".

"Os acordos da China com Portugal e França mostraram a forte confiança e o apoio de Pequim às suas economias", disse um académico chinês citado pelo China Daily.

No caso de Portugal, "as duas partes acordaram esforçar-se para duplicar o comércio bilateral até 2015", salientou também o jornal.

Hu Jintao foi o primeiro presidente chinês recebido em Lisboa em mais de uma década e além de Cavaco Silva e José Sócrates, encontrou-se com Jaime Gama, presidente da Assembleia da República.

A visita ficou marcada pela assinatura de quatro acordos de cooperação institucional e nove acordos comerciais envolvendo grandes empresas dos dois países, entre as quais a PT, EDP, Huawei, Millenium BCP e o ICBC (Industrial and Commercial Bank of China), considerado o maior banco do mundo.

Pelas contas chinesas, nos primeiros nove meses deste ano, o comércio entre a China e Portugal cresceu 40,7 por cento em relação a igual período de 2009, atingindo 2396 milhões de dólares.

As exportações portuguesas aumentaram 61,4 por cento, para 549,9 milhões de dólares, mas como acontece com grande parte dos países da União Europeia, o saldo da balança comercial bilateral é largamente favorável à China.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
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