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Várias pessoas ficaram hoje feridas numa intervenção “violenta e com força bruta” das forças de segurança marroquinas no acampamento saraui de Gdaim Izik, perto de El Aaiun, disse à Lusa o delegado da Frente Polisário em Espanha.
Várias pessoas ficaram hoje feridas numa intervenção “violenta e com força bruta” das forças de segurança marroquinas no acampamento saraui de Gdaim Izik, perto de El Aaiun, disse à Lusa o delegado da Frente Polisário em Espanha.
“Agora, estamos com as comunicações cortadas. Mas a última informação referia haver já vários feridos”, disse Bucharaya Beyun.
As forças de segurança pediram primeiro, por altifalantes, que as mulheres e as crianças saíssem do acampamento e depois entraram no local com canhões de água e gases lacrimogéneos para desalojar os mais de 20 mil sarauís que ali vivem, segundo testemunhas citadas pelas agências espanholas.
Beyun explicou que a ação envolve forças policiais, unidades anti-motin e militares, apoiados por helicópteros que estão a voar “a baixa altitude para intimidar e assustar as pessoas no acampamento”.
“Durante a noite, começaram a fazer os preparativos para o ataque de hoje que começou cerca das 06:30 de hoje (hora local, mesma hora em Lisboa). E ontem [domingo], já tinha havido confrontos com jovens sarauís em Al Aaiun, também com vários feridos”, afirmou.
Classificando a ação de hoje como “uma declaração de guerra de Marrocos”, Beyun recordou que o desmantelamento do acampamento ocorre no mesmo dia em que está previsto o arranque das negociações entre Marrocos e a Frente Polisário, sob auspícios da ONU, em Nova Iorque.
“Fazem isto no mesmo dia em que começamos as negociações. É uma escalada de violência e de tensão que demonstra a prepotência e a intransigência de Marrocos e que pretende obstaculizar e dinamitar as negociações”, afirmou.
“A comunidade internacional, incluindo o secretário-geral da ONU, pediu para que as partes baixassem a tensão,
acalmassem a violência. Marrocos responde assim, com prepotência e intransigência e, aparentemente, sem querer negociar”, disse.
Nas declarações à Lusa em Madrid, Beyun apelou ainda para que a comunidade internacional responda a esta provocação de Marrocos.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico***
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