JEF - LUSA
Coimbra, 09 nov (Lusa) - A ativista saaraui Aminatur Haidar disse hoje em Coimbra que "há centenas de detidos e dezenas de feridos" no acampamento de protesto de Gadaim Izik, perto da capital do Saara Ocidental, El Aaiun.
Na sequência da operação marroquina, na segunda-feira, para desmantelamento do acampamento de protesto de saarauis, onde estariam concentradas mais de vinte mil pessoas, também ocorreram várias mortes e muitos feridos, acrescentou a ativista.
Aminatu Haidar, que falava aos jornalistas em Coimbra, onde se deslocou para ser homenageada pela Universidade desta cidade, sublinhou, no entanto, não ter informações mais concretas, pois o ambiente que se vive na região é de "absoluta confusão".
"Os próprios movimentos saarauis" que estão no terreno "não conseguem" ter uma "ideia detalhada" sobre a situação, sendo certo, contudo, que confirmam a morte de "pelo menos um civil", um homem de 33 anos de idade, adiantou.
Além das centenas de detidos e dezenas de feridos registam-se também "muitos desaparecidos", afirmou.
Aminatu Haidar recebeu hoje a medalha da Universidade de Coimbra, numa sessão que teve lugar na Biblioteca Joanina, sob a presidência do reitor Fernando Seabra Santos.
Coimbra, 09 nov (Lusa) - A ativista saaraui Aminatur Haidar disse hoje em Coimbra que "há centenas de detidos e dezenas de feridos" no acampamento de protesto de Gadaim Izik, perto da capital do Saara Ocidental, El Aaiun.
Na sequência da operação marroquina, na segunda-feira, para desmantelamento do acampamento de protesto de saarauis, onde estariam concentradas mais de vinte mil pessoas, também ocorreram várias mortes e muitos feridos, acrescentou a ativista.
Aminatu Haidar, que falava aos jornalistas em Coimbra, onde se deslocou para ser homenageada pela Universidade desta cidade, sublinhou, no entanto, não ter informações mais concretas, pois o ambiente que se vive na região é de "absoluta confusão".
"Os próprios movimentos saarauis" que estão no terreno "não conseguem" ter uma "ideia detalhada" sobre a situação, sendo certo, contudo, que confirmam a morte de "pelo menos um civil", um homem de 33 anos de idade, adiantou.
Além das centenas de detidos e dezenas de feridos registam-se também "muitos desaparecidos", afirmou.
Aminatu Haidar recebeu hoje a medalha da Universidade de Coimbra, numa sessão que teve lugar na Biblioteca Joanina, sob a presidência do reitor Fernando Seabra Santos.
Esta é uma "distinção que a Universidade de Coimbra não banaliza", disse o reitor, lembrando que a medalha é uma das apenas duas "condecorações previstas nos estatutos" da instituição (a outra é o doutoramento 'honoris causa').
"Faz todo o sentido a atribuição desta medalha à ativista Aminatu Haidar por parte de uma Universidade que já conferiu a D. Ximenes Belo e a Ramos Horta distinção idêntica pelo exemplo de resistência e pelas convicções na defesa das lutas do seu povo", disse Seabra Santos.
A homenagem da Universidade de Coimbra configura "um justo ato de reconhecimento não só do carácter" de Aminatu Haidar, mas também da "sua luta por valores nos quais a Universidade não pode deixar de se rever: a liberdade e dignidade humanas, a resistência por meios pacíficos, o direito a escolher o destino próprio", sublinhou o reitor.
Doravante "consideramos Aminatu Haidar, por direito próprio, membro da numerosa galeria de personalidades que fazem a história e o prestígio, tanto nacional como internacional, da nossa comunidade de universitários empenhados" na investigação académica e científica, mas também e por isso mesmo, "constantemente atentos ao mundo".
A medalha da Universidade de Coimbra foi atribuída a Aminatu Haidar por decisão do reitor, depois de ouvido o Senado e na sequência de uma proposta, nesse sentido, da Faculdade de Economia.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
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