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Lisboa, 21 nov (lusa) - Os 42 ativistas detidos em Lisboa em ações anti-NATO foram libertados durante a noite de hoje, após serem ouvidos pelo Ministério Público e constituídos arguidos por "desobediência à ordem de dispersão de manifestação", revelou o advogado de defesa.
Em declarações à agência Lusa, José Preto referiu que todos os ativistas das manifestações anti-NATO detidos perto de Cabo Ruivo foram ouvidos por uma procuradora do Ministério Público entre as 18:00 e as 24:00 de sábado, tendo sido libertados, após serem constituídos arguidos por aquele crime de desobediência, de "sanção relativamente leve", que admite pena de "prisão até um ano".
O advogado esclareceu que os ativistas só começaram a ser ouvidos pela procuradora às 18:00 devido a "atrasos sucessivos de expediente", que lhe pareceram "gerados pela polícia".
Uma vez libertados, os ativistas estrangeiros podem "regressar às suas terras" e os portugueses "às suas casas", mas a investigação prossegue, cabendo à polícia portuguesa entregar as suas provas e, caso haja acusação, a defesa irá pronunciar-se, esclareceu o causídico.
Pela "versão dos factos" apresentada pela polícia, José Preto entende que nada justificava o "incómodo" causado às pessoas, observando que, durante a Cimeira da NATO, sempre que contactou a polícia, mesmo ao falar com oficiais corteses, achou-os "muito tensos" e um "polícia tenso em princípio gera mais problema do que aqueles que resolve".
Fazendo um balanço da situação, concluiu: "Pareceu-me que começou mal, com alguns disparates e exageros e acabou o menos mal possível".
Os activistas detidos tinham sido levados para a zona prisional de Monsanto.
José Preto já havia criticado o procedimento da polícia, considerando-o "absolutamente ilegal" e lembrando que "a liberdade de manifestação não pode ser criminalizada".
Activistas anti-NATO participaram numa acção de protesto perto do Parque das Nações, onde decorreu a cimeira da Aliança Atlântica, com vários deles acorrentados no cruzamento entre a avenida Infante D. Henrique e a avenida de Pádua.
Os activistas pintaram-se de vermelho para simbolizar o sangue derramado na guerra e tiveram de ser soltos pelos bombeiros que utilizaram material próprio para partir as correntes que unia cada três manifestantes.
Além das palavras de ordem anti-NATO, os pacifistas sentaram-se no chão a impedir a circulação rodoviária na zona.
***Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico***
Lisboa, 21 nov (lusa) - Os 42 ativistas detidos em Lisboa em ações anti-NATO foram libertados durante a noite de hoje, após serem ouvidos pelo Ministério Público e constituídos arguidos por "desobediência à ordem de dispersão de manifestação", revelou o advogado de defesa.
Em declarações à agência Lusa, José Preto referiu que todos os ativistas das manifestações anti-NATO detidos perto de Cabo Ruivo foram ouvidos por uma procuradora do Ministério Público entre as 18:00 e as 24:00 de sábado, tendo sido libertados, após serem constituídos arguidos por aquele crime de desobediência, de "sanção relativamente leve", que admite pena de "prisão até um ano".
O advogado esclareceu que os ativistas só começaram a ser ouvidos pela procuradora às 18:00 devido a "atrasos sucessivos de expediente", que lhe pareceram "gerados pela polícia".
Uma vez libertados, os ativistas estrangeiros podem "regressar às suas terras" e os portugueses "às suas casas", mas a investigação prossegue, cabendo à polícia portuguesa entregar as suas provas e, caso haja acusação, a defesa irá pronunciar-se, esclareceu o causídico.
Pela "versão dos factos" apresentada pela polícia, José Preto entende que nada justificava o "incómodo" causado às pessoas, observando que, durante a Cimeira da NATO, sempre que contactou a polícia, mesmo ao falar com oficiais corteses, achou-os "muito tensos" e um "polícia tenso em princípio gera mais problema do que aqueles que resolve".
Fazendo um balanço da situação, concluiu: "Pareceu-me que começou mal, com alguns disparates e exageros e acabou o menos mal possível".
Os activistas detidos tinham sido levados para a zona prisional de Monsanto.
José Preto já havia criticado o procedimento da polícia, considerando-o "absolutamente ilegal" e lembrando que "a liberdade de manifestação não pode ser criminalizada".
Activistas anti-NATO participaram numa acção de protesto perto do Parque das Nações, onde decorreu a cimeira da Aliança Atlântica, com vários deles acorrentados no cruzamento entre a avenida Infante D. Henrique e a avenida de Pádua.
Os activistas pintaram-se de vermelho para simbolizar o sangue derramado na guerra e tiveram de ser soltos pelos bombeiros que utilizaram material próprio para partir as correntes que unia cada três manifestantes.
Além das palavras de ordem anti-NATO, os pacifistas sentaram-se no chão a impedir a circulação rodoviária na zona.
***Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico***
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