BBC - 08 novembro 2010
O governo da Tailândia disse que dezenas de milhares de pessoas entraram no país pela fronteira com Mianmar fugindo dos confrontos entre soldados birmaneses e rebeldes que protestam contra as eleições realizadas pelo governo, em um pleito duramente criticado pelo Ocidente.
Segundo correspondentes, os choques começaram quando rebeldes da minoria karen invadiram um posto de votação em uma delegacia na cidade de Myawaddy, perto da fronteira com a Tailândia.
A eleição de domingo, a primeira realizada em duas décadas no país asiático, foi boicotada pelo principal partido de oposição, a Liga Nacional para a Democracia (LND). Vários países ocidentais condenaram o pleito, marcado por restrições às campanhas e acusações de irregularidades.
Observadores internacionais e jornalistas estrangeiros não foram autorizados a acompanhar a votação.
A contagem dos votos está em andamento. Acredita-se que partidos ligados ao governo militar tenham tido um bom desempenho. Não está claro quando o resultado será divulgado.
O governo alega que o pleito marcará uma transição para um regime democrático civil, mas a oposição alega que o processo é uma farsa.
Padrões
O presidente americano, Barack Obama, disse que as eleições "não atenderam aos padrões reconhecidos internacionalmente" e a Grã-Bretanha afirmou que os resultados "já eram conhecidos previamente".
EUA e Austrália emitiram um comunicado conjunto pedindo pela libertação imediata de prisioneiros políticos, incluindo a vencedora do prêmio Nobel Aung San Suu Kyi, em prisão domiciliar.
As autoridades birmanesas rejeitaram as candidaturas de partidos ligados a grupos étnicos minoritários e cancelaram a votação em áreas onde a composição étnica desfavorecem o governo.
As autoridades eleitorais também teriam imposto limites à campanha do principal partido da LND, partido liderado por San Suu Kyi. Em 1990, seu partido venceu as eleições, mas foi impedido de assumir o poder.
Um correspondente da BBC em Yangun, a maior cidade do país, diz que não houve clima de campanha nas ruas nem filas nos postos de votação. Eleitores relataram ao correspondente que funcionários públicos birmaneses estavam sendo pressionados a votar em candidatos dos partidos da junta militar.
Participaram do pleito 37 partidos e cerca de 3 mil candidatos, sendo que dois terços deles concorrem em legendas apoiadas pela junta.
A Constituição reserva mais de um quarto dos assentos no Parlamento aos militares e dezenas de generais deixaram recentemente o Exército para ingressar no principal partido pró-governo, a União para Solidariedade e Desenvolvimento (USD).
A combinação destes dois grupos garantiria poder de veto sobre qualquer tentativa de mudança legislativas.
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O governo da Tailândia disse que dezenas de milhares de pessoas entraram no país pela fronteira com Mianmar fugindo dos confrontos entre soldados birmaneses e rebeldes que protestam contra as eleições realizadas pelo governo, em um pleito duramente criticado pelo Ocidente.
Segundo correspondentes, os choques começaram quando rebeldes da minoria karen invadiram um posto de votação em uma delegacia na cidade de Myawaddy, perto da fronteira com a Tailândia.
A eleição de domingo, a primeira realizada em duas décadas no país asiático, foi boicotada pelo principal partido de oposição, a Liga Nacional para a Democracia (LND). Vários países ocidentais condenaram o pleito, marcado por restrições às campanhas e acusações de irregularidades.
Observadores internacionais e jornalistas estrangeiros não foram autorizados a acompanhar a votação.
A contagem dos votos está em andamento. Acredita-se que partidos ligados ao governo militar tenham tido um bom desempenho. Não está claro quando o resultado será divulgado.
O governo alega que o pleito marcará uma transição para um regime democrático civil, mas a oposição alega que o processo é uma farsa.
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O presidente americano, Barack Obama, disse que as eleições "não atenderam aos padrões reconhecidos internacionalmente" e a Grã-Bretanha afirmou que os resultados "já eram conhecidos previamente".
EUA e Austrália emitiram um comunicado conjunto pedindo pela libertação imediata de prisioneiros políticos, incluindo a vencedora do prêmio Nobel Aung San Suu Kyi, em prisão domiciliar.
As autoridades birmanesas rejeitaram as candidaturas de partidos ligados a grupos étnicos minoritários e cancelaram a votação em áreas onde a composição étnica desfavorecem o governo.
As autoridades eleitorais também teriam imposto limites à campanha do principal partido da LND, partido liderado por San Suu Kyi. Em 1990, seu partido venceu as eleições, mas foi impedido de assumir o poder.
Um correspondente da BBC em Yangun, a maior cidade do país, diz que não houve clima de campanha nas ruas nem filas nos postos de votação. Eleitores relataram ao correspondente que funcionários públicos birmaneses estavam sendo pressionados a votar em candidatos dos partidos da junta militar.
Participaram do pleito 37 partidos e cerca de 3 mil candidatos, sendo que dois terços deles concorrem em legendas apoiadas pela junta.
A Constituição reserva mais de um quarto dos assentos no Parlamento aos militares e dezenas de generais deixaram recentemente o Exército para ingressar no principal partido pró-governo, a União para Solidariedade e Desenvolvimento (USD).
A combinação destes dois grupos garantiria poder de veto sobre qualquer tentativa de mudança legislativas.
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