JOFFRE JUSTINO – NOTÍCIAS LUSÓFONAS
Mais uma vez o meu amigo Edmundo Monteiro Ferreira virá a terreiro dizendo que lhe copio as teses, o que não é verdade, mas que corresponde sim a uma verdade – há, entre nós e mais alguns, um percurso próximo que passa pela teimosia em explicar algumas teses, não nossas, (não necessitamos de ser originais), que nasceram e se desenvolveram com Marx e muitos outros sociais-democratas históricos, que não se deixaram embalar pelos populismos “anticapitalistas” nem pelos liberalismos antisocialistas. Amigos e não amigos “queixam-se” da minha verve, dizem eles “pró socrática” e, claro, para eles, reaccionária.
Vi tal renascer em textos como o de uma senhora, que se denomina e eu acredito que seja verdade, Lurdes Martins, que me critica incomodadamente, só porque ficou claro – a) que a Democracia é bem melhor que a Ditadura salazarenta ; b) que, goste-se ou não, tal se deve às governações Socialistas e Sociaisdemocratas deste pós 25 de Abril.
É claro que nem sei se esta senhora é de Esquerda ou de Direita, embora me pareça que sofra de um anticapitalismo dito esquerdista que, hoje, neste texto, procurarei desmontar.
É curioso que esta senhora, procurando talvez humilhar-me, me recorde que eu fui sancionado por uma governação socialista, sendo eu socialista, com o apoio de, acentua ela, sociaisdemocratas.
Esclareço antes do mais – eu fui proibido de ser remunerado e de deter capital social de qualquer tipo de organizações por um consenso que partiu das Nações Unidas, (como sabem estas Nações Unidas primam por tudo menos pela Democracia), à União Europeia, (onde como sabem existem bons reflexos antidemocráticos que levam, por exemplo, ao menosprezar do Parlamento Europeu), e, claro ao Estado português, (eu costumo dizer que o azar de Estaline foi ter sido ditador de uma continental URSS, porque se tivesse sido ditador do Império português, e o salazarento da dita URSS, o Mundo hoje ainda teria o “comunismo” e certamente bem mais próspero, dada a tipificação das populações em um e outro Império…), em consequência do violento ataque das transnacionais petrolíferas e do confronto DeBeers/URSS/Canadá, à UNITA, em nome do “Estado de Direito”, (na verdade partido/Estado comunista, em transição, que era), diziam eles, o MPLA.
Na verdade, fui e honro-me de tal, dirigente da UNITA ao tempo do dr. Jonas Savimbi.
Mal ficaram os que se calaram ao tempo deste Combate pela Democracia, pelo Desenvolvimento Sustentável em Angola.
Problema deles que foram bem mais que o PS do engenheiro Guterres, e o PSD do dr Durão Barroso, pois passou por todos os restantes partidos portugueses .
Mas quem faz um Combate sabe que pode ganhar, tal como pode perder.
É humano.
Hoje embrulhem-se os que apoiaram explicita ou implicitamente o MPLA/PT, nesta autoritária Democracia angolana, nestes 30% de cidadãos e cidadãs, angolanos e angolanas, a viverem com um dólar por dia!
A par de incomensuráveis riquezas dominadas por uma ultra minoria de Angolanos e Angolanas, a par enfim da mais violenta não distribuição da riqueza que alguma vez existiu no território que hoje se chama Angola, de construção bem portuguesa, mas imperial, não este portugalinho de Velhos do Restelo!
Porque se eu perdi no Combate, a verdade é que saio com honra desse Combate feito, e, por isso, sem necessidade de odiar ninguém e mais, bem ciente do papel, com laivos até de progressivismo, que as fortunas de dos Santos e da sua família podem ter no seio da CPLP e portanto de Portugal também.
Realmente, nunca fui “anticapitalista”, estudioso que fui de Marx, que sempre explicou que não era pela destruição do capitalismo que se chegaria à sociedade sem propriedade, ao Socialismo.
Aliás, conhecendo bem Angola conheço bem, convivi com ele, o resultado da destruição do capitalismo - Miséria, Fome, Barbárie.
Tal qual sucedeu na destruição, brutal também, do capitalismo de estado, na URSS, e nos países de leste, com particular relevo para a velha e simpática Jugoslávia de Tito, que nunca deixou de ter a minha simpatia.
Eis porque não alinho nos esquerdismos populistas anticapitalistas com anseios de destruição do capitalismo que alguns acham ser a atitude autêntica de Esquerda.
Pobre Marx que sempre criticou violentamente essa “esquerda”.
Porque o capitalismo não se destrói – supera-se!
Mantendo, reforçando até, as formas organizativas e as forças produtivas, em outros bem diversos moldes, baseados na Participação, na Democracia produtiva, e na tendencial superação destas formas de apropriação serôdias que ainda temos, mas que correspondem de facto às nossas mentalidades e formas de viver.
De facto, os populismos “esquerdistas” anti capitalistas foram sempre denunciados por Marx como sendo a ideologia do lumpenproletariado e não a do proletariado revolucionário.
Que dizer então hoje quando as estruturações económicas e sociais geram outras formas vivenciais onde o proletariado se situa em países periféricos e não nos países do Centro?
Na verdade, esta Globalização exige que se repense os pressupostos, os objectivos e as formas e locais de Combate, de forma a que nos deixemos de discursos de facto bem “burgueses”, na visão clássica, marxista, deste conceito.
Imaginar uma sociedade imparável no crescimento e no Bem Estar é imaginar o impossível pois o Humano é reconhecer os avanços e recuos, a necessidade de saber reconhecer e emendar o erro para o superar e melhorar, com saltos qualitativos necessários.
E imaginar o impossível é viver no engodo e gerar os erros dos anticapitalismos, (pois eles eram anticapitalistas), de Mussolini, de Hitler e até do salazarento Salazar.
Sejamos sérios – Repensar o futuro em Portugal é aceitar que é impossível continuar uma lógica de crescimento centrada no endividamento externo, seja ele baseado nas especiarias das Índias, nos financiamentos da União Europeia, ou nos abençoados e necessário dólares da comunista Republica Popular da China.
O que significa que urge reconhecer a necessidade de pagar esse antigo endividamento, com redução, temporária, na capacidade de consumo, mas mantendo uma capacidade de investimento, publico e privado, que potencie a retoma da economia interna e não somente da economia exportadora e ou deslocalizada.
Daí que, assumo-o, entenda desnecessária, totalmente inútil e delapidadora, esta Greve Geral, e digo-o com pena, pois vejo socialistas, camaradas meus, a apoiar a mesma.
Mas, note-se e relevo, o direito à Greve é um direito inalienável, pelo que por errada que a Greve Geral seja, acontecendo, dela não virá nada de bem, mas também não haverá muito mal na sua concretização a não ser um pequena perca na produção nacional.
Poupava-se tal, neste momento de Crise importada, de necessária reestruturação da tipologia da produção e de refluxo da capacidade de consumo.
De qualquer forma com ela nada de mal virá ao Mundo, será somente mais um exemplo de uma forma de combate errada, típica desta Esquerda incapaz de se reconhecer nos dias de hoje e incapaz de se adaptar aos mesmos.
Recordo por exemplo a inexistência de qualquer combate da Esquerda em volta da riqueza absurda acumulada pelas empresas de distribuição, que mal pagam impostos acentuo-o, com a cumplicidade também de toda a Esquerda, via Poder Autárquico, a par dos mais baixos salários, ou das empresas de restauração, e ainda dos silêncios em volta de sectores que se mantêm estranhamente atrasados, como é o da Cortiça, apesar de estar quase monopolizado por uma empresa/grupo empresarial de raiz comunista….
De facto, os Combates de hoje, à Esquerda, deveriam passar pela defesa, e até imposição, da Inovação na Economia, por forma a neutralizar as formas retrógradas de enriquecimento que vemos em sectores autenticamente delapidadores, por mal geridos, como sucede na Cortiça….como pela denuncia dos que fogem aos pagamentos de Impostos como fazem as grandes cadeias de distribuição….
Como deveriam passar pela promoção da Economia Social, pela criação de organizações da Economia Social que não fossem somente as da Igreja Católica, incentivando-se um Empreendedorismo Social entre os Jovens, apoiando a criação de Cooperativas, de empresas autogestionárias, e incentivando a Democracia participativa nas restantes organizações.
Esse é o caminho da superação do capitalismo.
Um caminho positivo, característico do meu “…espírito optimista de humorista… non sense. Dá-nos jeito, a nós, os portugueses que só nos rimos da desgraça”, como refere a senhora Lurdes Martins…. Que visivelmente prefere as lógicas destrutivas anticapitalistas.
Pela simples razão de nunca ter conhecido ou vivido em um país de capitalismo destruído….
Eu que vi surgir esse conceito no concreto social Angolano, prefiro combates positivos.
Como o combate pela vitória de Manuel Alegre nas próximas eleições presidenciais, ou o combate pela superação da crise aceitando os apoios globalizantes de Angola e da República Popular da China, sem temer distinguir-me de ambas vias que estes países mostram.
.
Mais uma vez o meu amigo Edmundo Monteiro Ferreira virá a terreiro dizendo que lhe copio as teses, o que não é verdade, mas que corresponde sim a uma verdade – há, entre nós e mais alguns, um percurso próximo que passa pela teimosia em explicar algumas teses, não nossas, (não necessitamos de ser originais), que nasceram e se desenvolveram com Marx e muitos outros sociais-democratas históricos, que não se deixaram embalar pelos populismos “anticapitalistas” nem pelos liberalismos antisocialistas. Amigos e não amigos “queixam-se” da minha verve, dizem eles “pró socrática” e, claro, para eles, reaccionária.
Vi tal renascer em textos como o de uma senhora, que se denomina e eu acredito que seja verdade, Lurdes Martins, que me critica incomodadamente, só porque ficou claro – a) que a Democracia é bem melhor que a Ditadura salazarenta ; b) que, goste-se ou não, tal se deve às governações Socialistas e Sociaisdemocratas deste pós 25 de Abril.
É claro que nem sei se esta senhora é de Esquerda ou de Direita, embora me pareça que sofra de um anticapitalismo dito esquerdista que, hoje, neste texto, procurarei desmontar.
É curioso que esta senhora, procurando talvez humilhar-me, me recorde que eu fui sancionado por uma governação socialista, sendo eu socialista, com o apoio de, acentua ela, sociaisdemocratas.
Esclareço antes do mais – eu fui proibido de ser remunerado e de deter capital social de qualquer tipo de organizações por um consenso que partiu das Nações Unidas, (como sabem estas Nações Unidas primam por tudo menos pela Democracia), à União Europeia, (onde como sabem existem bons reflexos antidemocráticos que levam, por exemplo, ao menosprezar do Parlamento Europeu), e, claro ao Estado português, (eu costumo dizer que o azar de Estaline foi ter sido ditador de uma continental URSS, porque se tivesse sido ditador do Império português, e o salazarento da dita URSS, o Mundo hoje ainda teria o “comunismo” e certamente bem mais próspero, dada a tipificação das populações em um e outro Império…), em consequência do violento ataque das transnacionais petrolíferas e do confronto DeBeers/URSS/Canadá, à UNITA, em nome do “Estado de Direito”, (na verdade partido/Estado comunista, em transição, que era), diziam eles, o MPLA.
Na verdade, fui e honro-me de tal, dirigente da UNITA ao tempo do dr. Jonas Savimbi.
Mal ficaram os que se calaram ao tempo deste Combate pela Democracia, pelo Desenvolvimento Sustentável em Angola.
Problema deles que foram bem mais que o PS do engenheiro Guterres, e o PSD do dr Durão Barroso, pois passou por todos os restantes partidos portugueses .
Mas quem faz um Combate sabe que pode ganhar, tal como pode perder.
É humano.
Hoje embrulhem-se os que apoiaram explicita ou implicitamente o MPLA/PT, nesta autoritária Democracia angolana, nestes 30% de cidadãos e cidadãs, angolanos e angolanas, a viverem com um dólar por dia!
A par de incomensuráveis riquezas dominadas por uma ultra minoria de Angolanos e Angolanas, a par enfim da mais violenta não distribuição da riqueza que alguma vez existiu no território que hoje se chama Angola, de construção bem portuguesa, mas imperial, não este portugalinho de Velhos do Restelo!
Porque se eu perdi no Combate, a verdade é que saio com honra desse Combate feito, e, por isso, sem necessidade de odiar ninguém e mais, bem ciente do papel, com laivos até de progressivismo, que as fortunas de dos Santos e da sua família podem ter no seio da CPLP e portanto de Portugal também.
Realmente, nunca fui “anticapitalista”, estudioso que fui de Marx, que sempre explicou que não era pela destruição do capitalismo que se chegaria à sociedade sem propriedade, ao Socialismo.
Aliás, conhecendo bem Angola conheço bem, convivi com ele, o resultado da destruição do capitalismo - Miséria, Fome, Barbárie.
Tal qual sucedeu na destruição, brutal também, do capitalismo de estado, na URSS, e nos países de leste, com particular relevo para a velha e simpática Jugoslávia de Tito, que nunca deixou de ter a minha simpatia.
Eis porque não alinho nos esquerdismos populistas anticapitalistas com anseios de destruição do capitalismo que alguns acham ser a atitude autêntica de Esquerda.
Pobre Marx que sempre criticou violentamente essa “esquerda”.
Porque o capitalismo não se destrói – supera-se!
Mantendo, reforçando até, as formas organizativas e as forças produtivas, em outros bem diversos moldes, baseados na Participação, na Democracia produtiva, e na tendencial superação destas formas de apropriação serôdias que ainda temos, mas que correspondem de facto às nossas mentalidades e formas de viver.
De facto, os populismos “esquerdistas” anti capitalistas foram sempre denunciados por Marx como sendo a ideologia do lumpenproletariado e não a do proletariado revolucionário.
Que dizer então hoje quando as estruturações económicas e sociais geram outras formas vivenciais onde o proletariado se situa em países periféricos e não nos países do Centro?
Na verdade, esta Globalização exige que se repense os pressupostos, os objectivos e as formas e locais de Combate, de forma a que nos deixemos de discursos de facto bem “burgueses”, na visão clássica, marxista, deste conceito.
Imaginar uma sociedade imparável no crescimento e no Bem Estar é imaginar o impossível pois o Humano é reconhecer os avanços e recuos, a necessidade de saber reconhecer e emendar o erro para o superar e melhorar, com saltos qualitativos necessários.
E imaginar o impossível é viver no engodo e gerar os erros dos anticapitalismos, (pois eles eram anticapitalistas), de Mussolini, de Hitler e até do salazarento Salazar.
Sejamos sérios – Repensar o futuro em Portugal é aceitar que é impossível continuar uma lógica de crescimento centrada no endividamento externo, seja ele baseado nas especiarias das Índias, nos financiamentos da União Europeia, ou nos abençoados e necessário dólares da comunista Republica Popular da China.
O que significa que urge reconhecer a necessidade de pagar esse antigo endividamento, com redução, temporária, na capacidade de consumo, mas mantendo uma capacidade de investimento, publico e privado, que potencie a retoma da economia interna e não somente da economia exportadora e ou deslocalizada.
Daí que, assumo-o, entenda desnecessária, totalmente inútil e delapidadora, esta Greve Geral, e digo-o com pena, pois vejo socialistas, camaradas meus, a apoiar a mesma.
Mas, note-se e relevo, o direito à Greve é um direito inalienável, pelo que por errada que a Greve Geral seja, acontecendo, dela não virá nada de bem, mas também não haverá muito mal na sua concretização a não ser um pequena perca na produção nacional.
Poupava-se tal, neste momento de Crise importada, de necessária reestruturação da tipologia da produção e de refluxo da capacidade de consumo.
De qualquer forma com ela nada de mal virá ao Mundo, será somente mais um exemplo de uma forma de combate errada, típica desta Esquerda incapaz de se reconhecer nos dias de hoje e incapaz de se adaptar aos mesmos.
Recordo por exemplo a inexistência de qualquer combate da Esquerda em volta da riqueza absurda acumulada pelas empresas de distribuição, que mal pagam impostos acentuo-o, com a cumplicidade também de toda a Esquerda, via Poder Autárquico, a par dos mais baixos salários, ou das empresas de restauração, e ainda dos silêncios em volta de sectores que se mantêm estranhamente atrasados, como é o da Cortiça, apesar de estar quase monopolizado por uma empresa/grupo empresarial de raiz comunista….
De facto, os Combates de hoje, à Esquerda, deveriam passar pela defesa, e até imposição, da Inovação na Economia, por forma a neutralizar as formas retrógradas de enriquecimento que vemos em sectores autenticamente delapidadores, por mal geridos, como sucede na Cortiça….como pela denuncia dos que fogem aos pagamentos de Impostos como fazem as grandes cadeias de distribuição….
Como deveriam passar pela promoção da Economia Social, pela criação de organizações da Economia Social que não fossem somente as da Igreja Católica, incentivando-se um Empreendedorismo Social entre os Jovens, apoiando a criação de Cooperativas, de empresas autogestionárias, e incentivando a Democracia participativa nas restantes organizações.
Esse é o caminho da superação do capitalismo.
Um caminho positivo, característico do meu “…espírito optimista de humorista… non sense. Dá-nos jeito, a nós, os portugueses que só nos rimos da desgraça”, como refere a senhora Lurdes Martins…. Que visivelmente prefere as lógicas destrutivas anticapitalistas.
Pela simples razão de nunca ter conhecido ou vivido em um país de capitalismo destruído….
Eu que vi surgir esse conceito no concreto social Angolano, prefiro combates positivos.
Como o combate pela vitória de Manuel Alegre nas próximas eleições presidenciais, ou o combate pela superação da crise aceitando os apoios globalizantes de Angola e da República Popular da China, sem temer distinguir-me de ambas vias que estes países mostram.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário