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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Greve Geral - Representações diplomáticas: Normalidade em Timor-Leste

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Adesão em Angola, Moçambique e Macau

MUNDO PORTUGUÊS - 24 novembro 2010

Em Timor-Leste os serviços consulares abriram hoje normalmente e todos os departamentos estiveram em funcionamento, não se sentindo os efeitos da greve geral convocada em Portugal. Fonte da Embaixada informou à Agência Lusa que "apenas uma pessoa" de nacionalidade portuguesa aderiu à greve e "os serviços estiveram a trabalhar normalmente". A Caixa Geral de Depósitos, que em Timor-Leste adopta a designação BNU, registou hoje grande afluência e alguma demora no atendimento, mas também ali a greve não se fez sentir. "O movimento foi o normal que se verifica todos os meses, quando se aproximam os dias de pagamento, e a demora no atendimento é a habitual nestas alturas. Com os outros bancos aqui instalados é a mesma coisa, e não são portugueses", disse à Lusa uma funcionária timorense. Refira-se que tanto a Missão Portuguesa como a CGD/BNU têm um número diminuto de funcionários portugueses, sendo a maioria colaboradores locais.

Em Angola, a embaixada de Portugal está a funcionar com os serviços mínimos apesar da esmagadora maioria dos funcionários administrativos terem aderido à greve geral, disse à Lusa fonte diplomática.

A funcionar estão também os dois consulados gerais naquele país: o de Luanda mantém os serviços abertos embora afectados pela greve, e o de Benguela está em pleno funcionamento, com todos os trabalhadores a comparecerem no local de trabalho.

Segundo fontes diplomáticas contactadas pela Lusa em Angola, apesar da garantia de serviços mínimos, tanto nos consulados, sendo que o de Benguela está a funcionar em pleno, como na embaixada, alguns assuntos podem não ter a resposta correspondente devido ao impacto da greve na rede diplomática portuguesa, incluindo em Lisboa.

Paralisações em Moçambique e Macau

Em Moçambique, os funcionários consulares paralisaram as actividades, enquanto a embaixada e a escola portuguesa em Maputo não aderiram à greve geral, informaram a Lusa fontes das duas instituições.

A cônsul de Portugal em Maputo, Graça Gonçalves Pereira, confirmou à Lusa que os 18 funcionários da instituição aderiram à greve."Mas eu não estou em greve", assinalou. Já a embaixada portuguesa abriu normalmente e todos os departamentos estão em funcionamento, não se reflectindo os efeitos da greve geral convocada em Portugal.

Também a Escola Portuguesa em Maputo não aderiu à greve por "ser complicado", disse à Lusa a directora daquele estabelecimento de ensino, Dina Trigo de Mira. "É complicado nós aderirmos, nem pensamos nisso", explicou. "Temos alunos, alguns deles são moçambicanos e de outras nacionalidades, sem nenhuma ligação directa com o que se passa Portugal", disse.

Também em Macau a greve geral paralisou o atendimento ao público no Consulado Geral de Portugal, confirmou à agência Lusa o cônsul Manuel Carvalho. O mesmo responsável escusou-se, contudo, a comentar números da adesão à greve remetendo qualquer explicação para a Secretaria de Estado das Comunidades em Lisboa. No entanto, acrescentou ainda, "não existiam condições para se proceder ao atendimento ao público". O Consulado Geral de Portugal em Macau tem inscritos cerca de 130 mil cidadãos, maioritariamente portugueses de etnia chinesa, e presta também serviços consulares aos portugueses residentes em Hong Kong.

Já o Instituto Português do Oriente e a Escola Portuguesa de Macau, com professores sobretudo contratados localmente, mantiveram as portas abertas e as aulas decorreram normalmente.

A greve geral, convocada pelos principais sindicatos portugueses em protesto contra as medidas de austeridades adoptadas pelo Governo de José Sócrates, teve início às 00h00 de hoje em todo o país.
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