ECONÓMICO - LUSA
As Organizações de protesto contra a NATO esperam cerca de 10 mil pessoas na manifestação de sábado.
Numa conferência de imprensa da Plataforma Anti-Guerra Anti-Nato (PAGAN) e do International Coordinating Comittee (ICC) da coligação No to War No to NATO, um dos dirigentes explicou que as iniciativas de "desobediência civil" são "estritamente não violentas", como demonstra a história das suas acções.
"A desobediência civil tem uma longa tradição na nossa democracia. Com estas ações podemos pôr o foco nas injustiças e é uma forma de expressarmos a nossa oposição, mas sem violência na resistência", afirmou Andreas Speck, do ICC.
Por isso mesmo, os activistas contestam o facto de - segundo contam - alguns elementos terem sido proibidos de entrar no país, como aconteceu com um pacifista alemão, advogado, que à chegada ao aeroporto de Lisboa foi impedido de entrar e mandado de volta para o seu país.
Segundo outro membro do ICC, Reiner Braun, o pacifista em causa tinha com ele o programa da cimeira e a lista de iniciativas de desobediência civil nas quais pretendia participar.
Os dirigentes da iniciativa consideram que este comportamento demonstra "quão fraca é a NATO" e asseguram que não irão parar "perante esta repressão do Estado português".
"Não podemos compreender que as pessoas não consigam vir à Cimeira, fazendo parte da contra-cimeira e das manifestações. Isto significa que a NATO não tem nada a ver com a democracia", sublinhou.
Afirmando terem em sua posse uma lista de pessoas que não conseguiram entrar no país, os pacifistas anti-NATO garantiram que tal nunca lhes tinha acontecido antes e que "não há base legal para aquilo que está a ser feito".
Questionados sobre a possível infiltração de activistas violentos como os Black Blok nas manifestações pacíficas, o ICC assegura não ter até ao momento qualquer informação da sua presença em Portugal.
Contudo, salvaguarda que experiências anteriores, como a cimeira em Estrasburgo, mostraram que o lugar "mais seguro para se estar é nas manifestações de desobediência civil", por serem levadas a cabo por pessoas com grande treino de resistência à forma e à violência, sem reagir.
Na opinião do ICC, a informação de que existem elementos dos Black Blok em Portugal serve apenas como pretexto para justificar as tentativas de desmobilizar os movimentos de contestação.
Questionados sobre se receiam acções violentas por parte da polícia portuguesa, Reiner Braun assegurou que as forças de segurança têm se mostrado "muito abertas" e "educadas" nas conversas mantidas com a plataforma -- como também o foram quando expulsaram o pacifista que veio da Alemanha.
"Isto mostra que existe uma ordem clara e rígida dos líderes políticos que a polícia tem que cumprir", afirmou.
"A polícia não é nosso inimigo. Esperamos não ser alvo de força policial. Temos a experiência de outros países em que a polícia reage violentamente às nossas iniciativas pacíficas. Esperamos ver que Portugal é mais maturo nesta matéria", acrescentou.
Questionados ainda sobre se têm autorização do Governo Civil para se manifestar, o mesmo responsável respondeu que não, mas que têm as coisas "acordadas" com a polícia.
"O termo desobediência civil implica alguma ilegalidade. Vamos ultrapassar algumas barreiras legais, mas sempre sem violência", disse, acrescentando que as forças de segurança não estão informadas de quais serão as suas iniciativas.
Este grupo, que se assume anti-NATO por ser contra a guerra e contra a política belicista, espera "mais de 10 mil pessoas a participar na grande manifestação e acima de tudo pessoas vindas de mais de 30 países, o que até agora nunca aconteceu".
As Organizações de protesto contra a NATO esperam cerca de 10 mil pessoas na manifestação de sábado.
Numa conferência de imprensa da Plataforma Anti-Guerra Anti-Nato (PAGAN) e do International Coordinating Comittee (ICC) da coligação No to War No to NATO, um dos dirigentes explicou que as iniciativas de "desobediência civil" são "estritamente não violentas", como demonstra a história das suas acções.
"A desobediência civil tem uma longa tradição na nossa democracia. Com estas ações podemos pôr o foco nas injustiças e é uma forma de expressarmos a nossa oposição, mas sem violência na resistência", afirmou Andreas Speck, do ICC.
Por isso mesmo, os activistas contestam o facto de - segundo contam - alguns elementos terem sido proibidos de entrar no país, como aconteceu com um pacifista alemão, advogado, que à chegada ao aeroporto de Lisboa foi impedido de entrar e mandado de volta para o seu país.
Segundo outro membro do ICC, Reiner Braun, o pacifista em causa tinha com ele o programa da cimeira e a lista de iniciativas de desobediência civil nas quais pretendia participar.
Os dirigentes da iniciativa consideram que este comportamento demonstra "quão fraca é a NATO" e asseguram que não irão parar "perante esta repressão do Estado português".
"Não podemos compreender que as pessoas não consigam vir à Cimeira, fazendo parte da contra-cimeira e das manifestações. Isto significa que a NATO não tem nada a ver com a democracia", sublinhou.
Afirmando terem em sua posse uma lista de pessoas que não conseguiram entrar no país, os pacifistas anti-NATO garantiram que tal nunca lhes tinha acontecido antes e que "não há base legal para aquilo que está a ser feito".
Questionados sobre a possível infiltração de activistas violentos como os Black Blok nas manifestações pacíficas, o ICC assegura não ter até ao momento qualquer informação da sua presença em Portugal.
Contudo, salvaguarda que experiências anteriores, como a cimeira em Estrasburgo, mostraram que o lugar "mais seguro para se estar é nas manifestações de desobediência civil", por serem levadas a cabo por pessoas com grande treino de resistência à forma e à violência, sem reagir.
Na opinião do ICC, a informação de que existem elementos dos Black Blok em Portugal serve apenas como pretexto para justificar as tentativas de desmobilizar os movimentos de contestação.
Questionados sobre se receiam acções violentas por parte da polícia portuguesa, Reiner Braun assegurou que as forças de segurança têm se mostrado "muito abertas" e "educadas" nas conversas mantidas com a plataforma -- como também o foram quando expulsaram o pacifista que veio da Alemanha.
"Isto mostra que existe uma ordem clara e rígida dos líderes políticos que a polícia tem que cumprir", afirmou.
"A polícia não é nosso inimigo. Esperamos não ser alvo de força policial. Temos a experiência de outros países em que a polícia reage violentamente às nossas iniciativas pacíficas. Esperamos ver que Portugal é mais maturo nesta matéria", acrescentou.
Questionados ainda sobre se têm autorização do Governo Civil para se manifestar, o mesmo responsável respondeu que não, mas que têm as coisas "acordadas" com a polícia.
"O termo desobediência civil implica alguma ilegalidade. Vamos ultrapassar algumas barreiras legais, mas sempre sem violência", disse, acrescentando que as forças de segurança não estão informadas de quais serão as suas iniciativas.
Este grupo, que se assume anti-NATO por ser contra a guerra e contra a política belicista, espera "mais de 10 mil pessoas a participar na grande manifestação e acima de tudo pessoas vindas de mais de 30 países, o que até agora nunca aconteceu".
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