Civil foge de agressão evidentePEDRO DUARTE - ECONÓMICO - 20 novembro - 13.14
A Aliança Atlântica assinou hoje com o Afeganistão um tratado de parceria no qual promete proteger o país contra todas as ameaças, mesmo depois de 2014.
"Nós assinámos um tratado de parceria no longo prazo. Não retiraremos até a nossa missão estar cumprida", disse o secretário-geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen, depois da cimeira entre a Aliança e o Afeganistão que se realizou hoje em Lisboa e contou com a presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.
Rasmussen mostrou-se confiante na capacidade de transferência da gestão das operações militares para a liderança afegã nos próximos quatro anos, tendo afirmado que "actualmente, o exército e a polícia do país já com 260 mil homens, um número que subirá para os 300 mil no final do ano que vem".
Já presidente afegão Hamid Karzai agradeceu o empenho da NATO na segurança do seu país, mas sublinhou que manifestou junto dos líderes aliados as preocupações do seu povo "em relação às baixas civis" e também sobre "a postura" que as forças da NATO assumem no pais.
O secretário-geral da ONU Ban Ki-Moon mostrou-se mais cauteloso, notando que, embora "o caminho para a transição esteja definido", "não pode haver uma solução militar", sendo necessário muita paciência e margem para negociações genuínas.
"Temos que ser guiados por realidades. O objectivo de um Afeganistão em paz permanece uma necessidade", disse.
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