Catarina Cruz, Carlos Varela e Gina Pereira - Jornal de Notícias - 20 novembro 2010
Um grupo não organizado que pretendia juntar-se à manifestação contra a NATO, que decorre em Lisboa, foi cercado pelo corpo de Intervenção da PSP junto ao Marquês de Pombal
A intervenção policial deu-se mesmo a pedido dos organizadores da manifestação que perceberam que mais de 100 pessoas preparavam-se para integrar o protesto. A polícia, fortemente armada, cercou o grupo na cauda do cortejo.
Alguns elementos deste grupo possuíam bandeiras com símbolos anarquistas.
A forte vigilância policial marca a manifestação que está a decorrer em Lisboa. Faixas vermelhas e muitas bandeiras do Partido Comunista dominam o cortejo, ao qual se juntaram várias organizações sindicais e outros grupos não organizados.
"Nem mais um cêntimo para a guerra", "Portugal fora da NATO", são as frases inscritas em alguns cartazes.
Ao cordão lateral de homens com coletes vermelhos, juntam-se vários carros alegóricos, com bombas e mísseis de plásticos com várias mensagens, além de gigantones e os zés pereiras de Via Longa, que tocam os seus tambores.
De 10 em 10 metros, é possível visualizar a presença das forças policiais, que colocaram ainda alguns agentes à paisana entre os manifestantes.
No fim do Parque Eduardo VII, estão estacionadas mais de uma dezena de carrinhas do Corpo de Intervenção da PSP e alguns agentes desta força da polícia estão equipados e colocados no cruzamento da rua Alexandre Herculano com a avenida da Liberdade.
Há ainda agentes da PSP ao longo de toda a avenida.
De manhã, funcionários da Câmara Municipal de Lisboa e agentes da PSP estiveram a recolher algumas pedras soltas ao longo da Avenida.
Rui Nunes, encarregado de obras da Câmara de Lisboa, afirmou ao JN que a PSP pediu à autarquia para "tapar" alguns buracos da calçada.
O restaurante da cadeia norte-americana McDonalds do Rossio tapou, com autocolantes, o símbolo da marca e a loja italiana Prada, que fica na avenida da Liberdade, protegeu as montras com tapumes de madeira.
Também uma ourivesaria que fica na esquina da avenida da Liberdade com a rua das Pretas tem a fachada protegida com placas de alumínio e encontra-se fechada.
Encerrada está também a joalharia David Rosas, do lado oposto da avenida, que tem as montras cobertas com tapumes de madeira.
Apesar de protegida e com um segurança à porta, a Prada mantém-se aberta ao público.
» Veja as fotos da manifestação aqui
.
Sem comentários:
Enviar um comentário