sábado, 20 de novembro de 2010

Lisboa - CI da PSP cerca grupo de manifestantes anarquistas

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foto Hugo Correia

Catarina Cruz, Carlos Varela e Gina Pereira - Jornal de Notícias - 20 novembro 2010

Um grupo não organizado que pretendia juntar-se à manifestação contra a NATO, que decorre em Lisboa, foi cercado pelo corpo de Intervenção da PSP junto ao Marquês de Pombal

A intervenção policial deu-se mesmo a pedido dos organizadores da manifestação que perceberam que mais de 100 pessoas preparavam-se para integrar o protesto. A polícia, fortemente armada, cercou o grupo na cauda do cortejo.

Alguns elementos deste grupo possuíam bandeiras com símbolos anarquistas.

A forte vigilância policial marca a manifestação que está a decorrer em Lisboa. Faixas vermelhas e muitas bandeiras do Partido Comunista dominam o cortejo, ao qual se juntaram várias organizações sindicais e outros grupos não organizados.

"Nem mais um cêntimo para a guerra", "Portugal fora da NATO", são as frases inscritas em alguns cartazes.

Ao cordão lateral de homens com coletes vermelhos, juntam-se vários carros alegóricos, com bombas e mísseis de plásticos com várias mensagens, além de gigantones e os zés pereiras de Via Longa, que tocam os seus tambores.

De 10 em 10 metros, é possível visualizar a presença das forças policiais, que colocaram ainda alguns agentes à paisana entre os manifestantes.

No fim do Parque Eduardo VII, estão estacionadas mais de uma dezena de carrinhas do Corpo de Intervenção da PSP e alguns agentes desta força da polícia estão equipados e colocados no cruzamento da rua Alexandre Herculano com a avenida da Liberdade.

Há ainda agentes da PSP ao longo de toda a avenida.

De manhã, funcionários da Câmara Municipal de Lisboa e agentes da PSP estiveram a recolher algumas pedras soltas ao longo da Avenida.

Rui Nunes, encarregado de obras da Câmara de Lisboa, afirmou ao JN que a PSP pediu à autarquia para "tapar" alguns buracos da calçada.

O restaurante da cadeia norte-americana McDonalds do Rossio tapou, com autocolantes, o símbolo da marca e a loja italiana Prada, que fica na avenida da Liberdade, protegeu as montras com tapumes de madeira.

Também uma ourivesaria que fica na esquina da avenida da Liberdade com a rua das Pretas tem a fachada protegida com placas de alumínio e encontra-se fechada.

Encerrada está também a joalharia David Rosas, do lado oposto da avenida, que tem as montras cobertas com tapumes de madeira.

Apesar de protegida e com um segurança à porta, a Prada mantém-se aberta ao público.

» Veja as fotos da manifestação aqui
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