foto Pedro Granadeiro/Global ImagensJORNAL DE NOTÍCIAS - 19 novembro 2010
O secretário Geral da UGT, João Proença, manifestou-se hoje, sexta-feira, convicto de que na próxima quarta-feira os portugueses farão uma "grande greve geral", porque o descontentamento é muito grande em relação às políticas.
"Temos a certeza que vai ser uma grande greve geral", sublinhou, durante uma conferência de imprensa em Coimbra, após uma visita a diversas instituições, onde disse ter sentido essa sensibilidade das pessoas.
Na sua perspectiva, os trabalhadores "têm demonstrado que estão seguros de que com uma greve geral poderão contribuir para uma mudança das políticas, para umas políticas mais adequadas à defesa dos seus interesses".
"Precisamos da solidariedade de todos, da greve de todos para que todos juntos possamos dizer que as políticas têm de ser diferentes e têm de corresponder às efectivas necessidades dos trabalhadores, desempregados, pensionistas e também daqueles que ainda não entraram no mercado de trabalho", sublinhou.
João Proença disse que nem o aumento da pobreza e da precariedade no trabalho impedirão esse objectivo, e que terá o apoio da generalidade da população.
"Compreendemos as dificuldades, mas elas também se ultrapassam se nos unirmos. É essa a união que faz a força", sublinhou, deixando o repto para que os trabalhadores não receiem represálias dos empregadores, por ser a greve é um direito fundamental.
Para o secretário geral da UGT, é necessário forçar a mudanças nas "políticas erradas que estão a ser conduzidas".
"É necessário que os sacrifícios exigidos à população sejam distribuídos de uma maneira justa, de acordo com os rendimentos de cada um. O que acontece é que são as pessoas de mais baixo rendimentos que são vítimas do combate ao défice", sublinhou.
Para João Proença, se as políticas de combate ao défice não foram acompanhadas de políticas de crescimento e de emprego o país entrará em recessão e os sacrifícios pedidos às pessoas não terão resultados, como acontece com a Grécia.
O secretário geral da UGT em Coimbra visitou a Escola Secundária Infanta Dona Maria, a EDP e a Câmara Municipal, e teve reuniões com os presidentes da Câmara e da Associação Académica de Coimbra.
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