sábado, 20 de novembro de 2010

"Precisamos de fazer mais quanto à situação da Guiné-Bissau" - SG ONU

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IEL - VM - LUSA

Lisboa, 20 nov (Lusa) - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, considerou hoje, em Lisboa, que a ONU precisa "de fazer mais" para estabilizar a situação política e mobilizar recursos económicos e sociais para a Guiné-Bissau.

"Precisamos de fazer mais quanto à situação da Guiné-Bissau", declarou o secretário-geral da ONU aos jornalistas, no Palácio de Belém, no final de um encontro com o Presidente da República, Cavaco Silva.

Questionado sobre se a ONU apoia a presença de uma força internacional na Guiné-Bissau, que chegou a ser pedida pelo Governo guineense, mas que entretanto recuou, falando apenas em apoio técnico, Ban Ki-moon não respondeu diretamente à pergunta.

"A Guiné-Bissau é um dos pontos mais importantes da agenda das Nações Unidas, que eu tenho acompanhado muito de perto com os representes portugueses, o Brasil, Angola, e outros países", começou por responder.

Em seguida, o secretário-geral da ONU saudou a parceria entre a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na questão da Guiné-Bissau.

As Nações Unidas estão "preocupadas com a situação política, assim como com a situação humanitária, e com as condições económicas e sociais" da Guiné-Bissau, acrescentou.

"Nós temos de fazer mais, em primeiro lugar, para estabilizar a situação política e para mobilizar recursos económicos e sociais", concluiu Ban Ki-moon.

O último episódio da instabilidade política da Guiné-Bissau registou-se a 01 de abril último, numa intervenção militar liderada pelo vice-chefe das Forças Armadas, António Indjai, que levou à destituição do líder dos militares, Zamora Induta.

Entretanto, Indjai foi nomeado para a chefia máxima das Forças Armadas e Induta continua detido.

Devido a esta intervenção, os Estados Unidos anunciaram a suspensão da ajuda à reforma das forças de defesa e segurança da Guiné-Bissau e a União Europeia fez saber que vai rever toda a ajuda ao país.

Entretanto, a comunidade internacional criticou igualmente a nomeação de Bubo Na Tchuto, considerado pelo Departamento dos Tesouro norte-americano como um dos principais traficantes de droga do país, para a chefia da Armada guineense.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
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