... de estarem a preparar terreno para o FMI
.DESTAK – LUSA
O candidato do PCP às eleições presidenciais, Francisco Lopes, acusou hoje Cavaco Silva, o PS e o PSD de estarem a preparar o terreno para a intervenção do FMI e a medidas mais drásticas para os portugueses.
“Eles querem ainda tomar medidas mais drásticas mas dizer que a culpa não é deles, não é do PS, nem do PSD, nem do atual presidente da República e, então, preparam o terreno para vir o FMI [Fundo Monetário Internacional]”, disse num almoço com apoiantes, em Bragança.
Para o candidato comunista, “é esclarecedor que o presidente do PSD (Pedro Passos Coelho) tenha vindo dizer uma coisa espantosa: é que não se importa de governador com o FMI”.
“Agora, o que é verdadeiramente espantoso é que alguém que quer ter responsabilidades políticas no país, venha dizer aos portugueses que abdica da soberania e da independência nacional”, declarou.
Francisco Lopes atribuiu a mesma estratégia ao PS e ao actual Presidente da República e também candidato às presidenciais, Cavaco Silva.
“Até aqui, queriam o orçamento aprovado para meter no Orçamento do Estado (OE) todas as malfeitorias. Passado o OE estão a preparar-se para a etapa seguinte e querem tomar medias ainda mais drásticas mas dizer que a culpa não é deles”, disse.
O candidato comunista considerou que as atuais políticas estão”a conduzir o país para um desastre nacional” e disse que “é preciso ir ao regime fascista para encontrar um pacote de retrocesso social que o OE e as medidas que lhe estão associadas representam”.
Francisco Lopes falou ainda do desinvestimento no interior do país, nomeadamente em zonas como Bragança, criticando “a estratégia do cortar e fechar (serviços públicos), que criam mais dificuldades para fixar as populações, particularmente as gerações mais jovens”.
“Hoje temos uma geração com uma qualificação académica como nunca houve no nosso país, mas é exatamente essa geração que está a ser empurrada para o desemprego e para a precariedade”, afirmou.
A partir de uma região onde o PCP tem pouca expressão eleitoral, o candidato comunista apelou aos portugueses para que “votem, não em função do passado histórico ou das sondagens”.
“Não há nenhuma decisão antecipada, será tomada no dia 23 de janeiro”, sublinhou, dirigindo-se ainda àqueles que protestaram participando na greve geral de 24 de novembro que têm uma nova oportunidade votando nesta candidatura” nas presidenciais”.
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