ORLANDO CASTRO, jornalista – NOTÍCIAS LUSÓFONAS
O secretário de Estado da Administração Local de Portugal, José Junqueiro, disse no dia 20 de Junho, em Baião, algo que define de forma exemplar (para Portugal, para a Europa, para o Mundo e o mais que houver) o primeiro-ministro. Disse ele que "José Sócrates é uma oportunidade para o país, mas também um exemplo para a Europa".
Sabendo-se que se está a falar do reino lusitano a norte, embora cada vez mais a sul, de Marrocos, já nada é de estranhar. E se dúvidas existissem quanto às condições para se ser deste PS, basta ouvir José Junqueiro e os restantes compadres.
E as condições são: subserviência total, coluna vertebral amovível (ou, preferencialmente, ausência dela) e disponibilidade total para estar sempre de acordo com o dono do partido e, na circunstância, do país e – é claro – das "mexiânicas" empresas públicas.
"O que nós precisamos é de homens públicos que saibam estar à altura das responsabilidades", afirmou José Junqueiro sobre o chefe do Governo, a propósito das dificuldades económicas por que passava, passa e passará Portugal e outros países europeus.
Crê-se, aliás, que para além de uma notável demonstração de subserviência, a tese de Junqueiro visa o lançamento da candidatura de José Sócrates a um qualquer Prémio Nobel, nem que seja de inglês técnico ou de vendedor de banha da cobra.
O secretário de Estado lembrou então o défice de 9,3 por cento em Portugal, mas também os 11 por cento dos EUA e os 12 por cento do Reino Unido. "Na quinta economia, a da França, e na primeira economia, a da Alemanha, tal como nas outras economias poderosas, as coisas não vão de feição", acrescentou.
Pois é. Daí que que Nicolas Paul Stéphane Sarkozy de Nagy-Bocsa e Angela Dorothea Merkel, entre muitos – mas mesmo muitos – tenham já pedido a erudita ajuda do perito dos peritos lusos, de seu nome José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
José Adelmo Gouveia Bordalo Junqueiro, um professor universitário de Aveiro, que não deixa os seus créditos por louvaminhas alheias, considerou que o Governo de Portugal está a tomar as medidas adequadas para corrigir o défice e lembrou os sinais de recuperação da economia portuguesa nos primeiros meses de 2010.
E a quem se deve tão esforçado trabalho em prol dos 700 mil desempregados, dos 20% de portugueses que estão na miséria e de outros 20% que já a têm a bater à porta? Claro. A José Sócrates.
"Portugal cresceu a um ritmo recorde em toda a Europa no primeiro trimestre. Já sei que no segundo trimestre vai repetir a mesma dose. O crescimento de Portugal está em marcha", enfatizou Junqueiro, sem deixar tempo a que a audiência tivesse dúvidas sobre a similitude entre Deus (no céu) e José Sócrates (na terra).
"O primeiro-ministro é o motor desse ânimo e dessa esperança para vencer as dificuldades", salientou Junqueiro, acrescentando que José Sócrates, "com a sua determinação, tem um discurso positivo, um discurso da resistência e ganhador".
O secretário de Estado e dirigente nacional do PS criticou depois o PSD, considerando "não ser um bom exemplo para o país" o maior partido da oposição "aconselhar Portugal a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) ou a fundos europeus".
"Isso dá um sinal de fragilidade", observou José Junqueiro, lembrando que esse tipo de discurso pode conduzir às quedas das bolsas e de outros indicadores económicos. Limitou-se, sem originalidade, a dizer o que dissera o seu chefe.
Mas, reconheço, repetir o que o chefe diz é meio caminho andado para qualquer tacho "mexiânico", desde logo porque José Sócrates não esquece os seus vassalos.
14.11.2010 - orlando.s.castro@gmail.com
O secretário de Estado da Administração Local de Portugal, José Junqueiro, disse no dia 20 de Junho, em Baião, algo que define de forma exemplar (para Portugal, para a Europa, para o Mundo e o mais que houver) o primeiro-ministro. Disse ele que "José Sócrates é uma oportunidade para o país, mas também um exemplo para a Europa".
Sabendo-se que se está a falar do reino lusitano a norte, embora cada vez mais a sul, de Marrocos, já nada é de estranhar. E se dúvidas existissem quanto às condições para se ser deste PS, basta ouvir José Junqueiro e os restantes compadres.
E as condições são: subserviência total, coluna vertebral amovível (ou, preferencialmente, ausência dela) e disponibilidade total para estar sempre de acordo com o dono do partido e, na circunstância, do país e – é claro – das "mexiânicas" empresas públicas.
"O que nós precisamos é de homens públicos que saibam estar à altura das responsabilidades", afirmou José Junqueiro sobre o chefe do Governo, a propósito das dificuldades económicas por que passava, passa e passará Portugal e outros países europeus.
Crê-se, aliás, que para além de uma notável demonstração de subserviência, a tese de Junqueiro visa o lançamento da candidatura de José Sócrates a um qualquer Prémio Nobel, nem que seja de inglês técnico ou de vendedor de banha da cobra.
O secretário de Estado lembrou então o défice de 9,3 por cento em Portugal, mas também os 11 por cento dos EUA e os 12 por cento do Reino Unido. "Na quinta economia, a da França, e na primeira economia, a da Alemanha, tal como nas outras economias poderosas, as coisas não vão de feição", acrescentou.
Pois é. Daí que que Nicolas Paul Stéphane Sarkozy de Nagy-Bocsa e Angela Dorothea Merkel, entre muitos – mas mesmo muitos – tenham já pedido a erudita ajuda do perito dos peritos lusos, de seu nome José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
José Adelmo Gouveia Bordalo Junqueiro, um professor universitário de Aveiro, que não deixa os seus créditos por louvaminhas alheias, considerou que o Governo de Portugal está a tomar as medidas adequadas para corrigir o défice e lembrou os sinais de recuperação da economia portuguesa nos primeiros meses de 2010.
E a quem se deve tão esforçado trabalho em prol dos 700 mil desempregados, dos 20% de portugueses que estão na miséria e de outros 20% que já a têm a bater à porta? Claro. A José Sócrates.
"Portugal cresceu a um ritmo recorde em toda a Europa no primeiro trimestre. Já sei que no segundo trimestre vai repetir a mesma dose. O crescimento de Portugal está em marcha", enfatizou Junqueiro, sem deixar tempo a que a audiência tivesse dúvidas sobre a similitude entre Deus (no céu) e José Sócrates (na terra).
"O primeiro-ministro é o motor desse ânimo e dessa esperança para vencer as dificuldades", salientou Junqueiro, acrescentando que José Sócrates, "com a sua determinação, tem um discurso positivo, um discurso da resistência e ganhador".
O secretário de Estado e dirigente nacional do PS criticou depois o PSD, considerando "não ser um bom exemplo para o país" o maior partido da oposição "aconselhar Portugal a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) ou a fundos europeus".
"Isso dá um sinal de fragilidade", observou José Junqueiro, lembrando que esse tipo de discurso pode conduzir às quedas das bolsas e de outros indicadores económicos. Limitou-se, sem originalidade, a dizer o que dissera o seu chefe.
Mas, reconheço, repetir o que o chefe diz é meio caminho andado para qualquer tacho "mexiânico", desde logo porque José Sócrates não esquece os seus vassalos.
14.11.2010 - orlando.s.castro@gmail.com
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