sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O QUE A WIKILEAKS AINDA NÃO MOSTROU

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EUGÉNIO COSTA ALMEIDA * – PULULU – 09 dezembro 2010

O portal (ou os vários portais) da Wikileaks tem tornado público, como é do conhecimento global, um número inusitado de documentos confidenciais da política externa norte-americana. A maioria pertence a zonas sensíveis para a política externa das sucessivas administrações de Washington, nomeadamente, Europa, China, Médio Oriente e Brasil.

Mas o que até ao momento a Wikileaks ainda não mostrou, salvo uma referência ligeira e natural a Cabo Verde por causa da visita que a Secretária de Estado, HillaryClinton, fez ao arquipélago em 2009, foi nada sobre os países afro-lusófonos, nomeadamente, e por todas as razões, entre elas o facto de ser só o 6º fornecedor de crude aos EUA e ser uma plataforma importante no Golfo da Guiné, qualquer referência a Angola.

Mas também ainda não se sabe nada de Guiné-Bissau, apesar de alguns dos seus dirigentes serem acusados de tráfico de droga e o país estar conectado como uma plataforma logística para o transporte de droga entre a América Latina e África ou entre aqueles e a Europa; nem sobre São Tomé e Príncipe, onde os norte-americanos ponderaram colocar uma base naval, semelhante a de Diego Garcia, e onde eventualmente ficaria estacionada a AFRICOM, além de manterem uma estação de radar na ilha do Príncipe; nem sobre Moçambique, principalmente pelo facto de ser uma das portas mais importantes para o Zimbabué com quem os norte-americanos e os europeus mantém um “simpático” litígio de opiniões; nem, tão-pouco, sobre Timor-leste e a sua posição geoestratégica na sensível zona da Indonésia nem sobre a questão do petróleo timorense e Austrália. (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)

Publicado no portal "Perspectiva Lusófona" de hoje

* Um lusofónico angolano-português, licenciado e mestre em Relações Internacionais, a preparar um Doutoramento em Ciências Sociais - ramo Relações Internacionais -; nele poderá aceder a ensaios académicos e artigos de opinião, relacionados com a sua actividade académica, social e associativa.
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