... em África
.
SK – LUSA
Pequim, 09 dez (Lusa) -- Na expansão dos seus interesses no continente africano, a China é um concorrente económico "danoso" e "desprovido de moral", refere o secretário de estado adjunto dos EUA, em telegramas diplomáticos divulgados pelo site WikiLeaks.
"A China é um concorrente económico muito agressivo e danoso, desprovido de moral. A China não está em África por razões altruístas", refere o secretário de Estado Adjunto norte-americano para os Assuntos Africanos, Johnnie Carson, num telegrama datado de 23 de fevereiro de 2010, enviado ao consulado-geral dos Estados Unidos em Lagos, Nigéria.
A China "está em África para servir primeiro os interesses da China", enfatiza o alto responsável norte-americano, acrescentando que o objetivo de Pequim é "garantir os votos dos países africanos nas Nações Unidas".
De vários documentos secretos norte-americanos divulgados nos últimos dias pelo Wikileaks, depreende-se que Washington -- preocupado com o peso crescente da China em África -- tem seguido, em pormenor, os projetos, casos de corrupção e dificuldades que os chineses enfrentam no continente africano.
As ambições chinesas na Nigéria são, segundo o correio diplomático divulgado, as que mais preocupações despertam.
Os diplomatas norte-americanos destacam que aquele país africano é o "principal fornecedor de petróleo à China", e que Pequim tudo fará para garantir a continuidade desse fornecimento.
Mas Washington também acompanha com especial interesse as actividades chinesas em Angola, um país rico em recursos petrolíferos e minerais, revela o correio diplomático divulgado.
Um dos telegramas descreve como, depois da guerra civil angolana, "na ausência de uma conferência internacional de doadores ocidentais para ajudar a financiar a sua reconstrução, Angola se virou para os chineses".
No mesmo documento, os diplomatas norte-americanos lembram que o "ritmo dos investimentos chineses em Angola diminuiu em 2009 devido à crise económica, que afetou o setor petrolífero e dos diamantes angolanos".
O correio diplomático também cita o embaixador da China em Luanda, segundo o qual, o governo de Pequim teve de repatriar "mais de 25 mil trabalhadores", já que o governo angolano não tinha como pagar os seus salários.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
.
Pequim, 09 dez (Lusa) -- Na expansão dos seus interesses no continente africano, a China é um concorrente económico "danoso" e "desprovido de moral", refere o secretário de estado adjunto dos EUA, em telegramas diplomáticos divulgados pelo site WikiLeaks.
"A China é um concorrente económico muito agressivo e danoso, desprovido de moral. A China não está em África por razões altruístas", refere o secretário de Estado Adjunto norte-americano para os Assuntos Africanos, Johnnie Carson, num telegrama datado de 23 de fevereiro de 2010, enviado ao consulado-geral dos Estados Unidos em Lagos, Nigéria.
A China "está em África para servir primeiro os interesses da China", enfatiza o alto responsável norte-americano, acrescentando que o objetivo de Pequim é "garantir os votos dos países africanos nas Nações Unidas".
De vários documentos secretos norte-americanos divulgados nos últimos dias pelo Wikileaks, depreende-se que Washington -- preocupado com o peso crescente da China em África -- tem seguido, em pormenor, os projetos, casos de corrupção e dificuldades que os chineses enfrentam no continente africano.
As ambições chinesas na Nigéria são, segundo o correio diplomático divulgado, as que mais preocupações despertam.
Os diplomatas norte-americanos destacam que aquele país africano é o "principal fornecedor de petróleo à China", e que Pequim tudo fará para garantir a continuidade desse fornecimento.
Mas Washington também acompanha com especial interesse as actividades chinesas em Angola, um país rico em recursos petrolíferos e minerais, revela o correio diplomático divulgado.
Um dos telegramas descreve como, depois da guerra civil angolana, "na ausência de uma conferência internacional de doadores ocidentais para ajudar a financiar a sua reconstrução, Angola se virou para os chineses".
No mesmo documento, os diplomatas norte-americanos lembram que o "ritmo dos investimentos chineses em Angola diminuiu em 2009 devido à crise económica, que afetou o setor petrolífero e dos diamantes angolanos".
O correio diplomático também cita o embaixador da China em Luanda, segundo o qual, o governo de Pequim teve de repatriar "mais de 25 mil trabalhadores", já que o governo angolano não tinha como pagar os seus salários.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
.
Sem comentários:
Enviar um comentário